Capítulo 22

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Depois de comprar as coisas mais importantes, eles voltaram pra casa, o restante iriam comprar pela internet. Creusa havia feito a sopa como prometido e de fato era tudo que Helô precisava.

Eles fizeram de tudo pra Creusa aceitar que eles pagassem um hotel pra ela, mas ela se recusou, preferiu ir ficar com Brisa e Tininha, então Stenio deixou um motorista à disposição dela pra levar e buscar ela todos os dias.

— Baaaahhh baaaahhh... — Drika gritava brincando na sala com os brinquedos novos que eles tinham comprado.

— Pronto, amanhã só comprar a tinta e pintar...— Stenio disse terminando de tirar as coisas do quarto de treino como ele chamava.

— Juliana e Flora conseguiram adiar a visita até semana que vem, acho que dá pra gente organizar tudo. — Helô disse.

— Certo, vamos escolher logo os móveis do quarto dela... — Ele disse sentando do lado dela no sofá.

— Eu estava vendo apartamentos e casas... — Helô disse.

— Hummmmm, você quer o que? — Ele perguntou.

— Não sei, quer dizer, eu morei minha vida toda em apartamento... — Ela falou.

— Quando eu era criança, eu gostava de morar casa, meu pai fazia guerra de bexiga com água no verão e minha mãe ficava louca que a gente sujava a casa de lama. — Stenio disse.

— Você nunca tinha me contado isso... — Ela disse curiosa.

— É que depois da morte dele, o irmão dele expulsou a gente da casa, alegando que porque eles não eram casados e o terreno estava no nome da minha vó, a gente não tinha direito. — Stenio disse.

— E foi por isso que vocês foram morar com seu avô.... — Helô disse, essa parte da história ela sabia.

— E era horrível, eles odiavam meu pai e tudo que ele representava, um pobre que se apaixonou pela princesinha dele era um absurdo. — Stenio disse. — E daí ele quis me fazer o espelho dele.

— Você não é igual a ele. — Helô falou fazendo carinho no rosto dele.

— Óbvio, eu tenho cabelo e ele não tinha! — Stenio disse pra brincar e aliviar o clima.

— Confesso que essa era uma das minhas maiores preocupações quando a gente começou a namorar.... — Ela disse rindo.

— Hahahahah! — Drika riu de alguma coisa que apareceu na televisão.

— Tá, mas voltando, eu acho que casa é melhor pra ela se desenvolver, explorar... — Stenio disse.

— Mas uma boa casa, está muito mais caro que um apartamento e ainda tem toda a mobília, não sei se vai dar, mesmo com o valor do seguro.... — Helô disse vendo os imóveis.

— Eu dou metade! — Ele disse.

— Claro que não Stenio... — Ela disse revirando os olhos como se fosse óbvio que ela não iria deixar.

— Você me pediu pra adotar ela, e eu disse que não seria só no papel, ainda não iniciamos o processo, mas pra mim, ela já é minha filha Helô. — Ele disse. — E você sabe que eu faria isso pelos nossos filhos....

— Stenio, mas eu não posso aceitar. — Ela disse.

— Se eu pagar metade e você metade, a gente coloca no nome da Drika e fica tudo resolvido... — Stenio disse. — Além disso, quando eu adotar, ela vai ser minha única herdeira de qualquer forma...

— Eu não sei... — Helô não sabia o que dizer.

— Pensa e depois me fala... — Ele disse.

— Papai, papai... — Drika se aproximou dele.

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