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catalizador de caos –

   ・30 de outubro;
Daechi-dong, Seoul

 

  Três dias haviam se passado, e com a escolha do lugar já em decreto, foi dada a Jimin e Jungkook a tarefa de cuidar da reforma da nova propriedade que os três maridos iriam residir, com um prazo de dez dias para seu fim, mas em apenas dois, já era possível concluir que talvez terminassem antes do prazo estipulado.

  A área escolhida era grande, envolta de mata verde, mas de modo harmônico e agradável, de clima satisfatório e com uma vista exuberante da cidade. Ainda em Seoul, porém afastado da área urbana para que não fosse algo tão incômodo para o Jung e nem para o Kim, e já que Yoongi não demostrou aversão a escolha, as obras se iniciaram sem quaisquer problemas.

  No segundo dia, Hoseok foi até Gwangju, sentia falta do conforto de sua casa e queria por em ordem seus pensamentos num ambiente que lhe trouxesse calma para isso. Por lá, se viu cativo da presença indesejada do pai, que apesar de não abster mais do posto de líder, ainda agia como tal, ato esse que causava grande incômodo ao filho, em vista de não se sentir em um bom momento para lidar com o velho Jung. Em seu âmago, aquele ressentimento efêmero, dadas as circunstâncias e sua atual situação como “homem casado”, ainda era uma ferida aberta e inflamada que levaria um tempo longo para se curar. E talvez por isso, não ficou tanto tempo na sua cidade natal quanto desejaria, voltando durante o pico de temperatura naquela tarde quente, revolto de maiores tensões e estresse do que quando saiu.

  Taehyung, em contrapartida, não saiu de Seoul, se prendendo em Gangnam go como se um monstro o esperasse em casa. Assim como o Jung, ele também buscou por paz e refúgio para organizar as ideias pertinentes, mas acabou que também não obteve resultado positivo, já que ao findar daquele dia, quando ambos se encontram outra vez no apartamento em Daechi-dong, as horas seguintes foram repletas de álcool e cigarros importados, sem contato com Yoongi, que naquela noite dormiu sozinho pela primeira vez desde que chegou na Coréia.

  Talvez estivessem criando uma nova rotina.

  A verdade era que nenhum deles queria lidar com o marido caçula por um tempo. Não se sentiam preparados para o fazer, quando ainda estavam fadigados de incerteza e repletos de suspeitas, brigando internamente com seu lado racional e o que seu instinto gritava, a dúvida latejando num mar de incertezas tenebroso e profundo, de água traiçoeiras, que não sabiam navegar.

  Durante esses três dias, Hoseok e Taehyung se mantiveram atarefados entre suas novas diretrizes e funções divididas na nova organização da marfia, e visto que o processo para a união de Gyeogno e Bull kkoch, não estava realmente construída apenas com o casamento deles, essa era uma desculpa relevante e concreta para não haver tanto contato com o jovem Min, quanto foi esperado, e tudo isso se deu depois da ligação que os dois tiveram de Kim Namjoon. Decidiram que por hora, era melhor para suas mentes se manterem distante, até ter um plano real para seguir com aquilo, visto que seus pensamentos ainda estavam fervilhando com as informações passadas pelo outro líder.

  A lembrança pertinente das palavras do mais velho, ecoando sonoramente ao fundo como se fizesse parte da sonoplastia ambiente, se tornando cada vez mais densa, tomando forma e camuflando suas ideias para prosseguir em relação ao caçula, sendo constantemente postas em foco para propensa avaliação, pois tudo aquilo, além de suspeito era perigoso e exigia cuidado e atenção em demasia. Estavam pisando em ovos.


・27 de outubro

  Ao deixarem Yoongi e Seokjin no andar de baixo, os dois maridos subiram para o escritório do Kim. Outra vez foi Hoseok a pôr a senha e esperar a porta abrir, completamente chateado e entumecido de algo que ainda não foi verbalizado, mas que Taehyung sabia o que era, já que ele sentia-se da mesma forma.

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