Playgirl

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ANDREA SACHS

Acordei sentindo um cheiro maravilhoso e sorrio ao pensar que já estava me habituando ao aroma, me acostumaria fácil a acordar todo dia assim. Levanto devagar para não acorda-la, mas não funciona, vejo ela se remexer na cama e ouço a voz de sono. 

- Tem tudo que precisa no banheiro Andrea, se quiser pegar alguma roupa fique a vontade - diz levantando-se como se não tivesse nem dormido, o cabelo estava impecável, o rosto não estava inchado e ela nem mesmo tinha marcas de sono, estava intacta, como quando deitou. 

- Bom dia, Miranda - Digo e abro o meu melhor sorriso, ela apenas me olha e sorri quase que imperceptivelmente - Vou me aprontar, as meninas já acordaram? 

 - Não, dormem até a hora do almoço no domingo.

- Beleza, vou rapidinho e peço um taxi, melhor que elas não me vejam por aqui ainda. 

- Eu levo você.

- Não precisa, fique com as meninas. 

- Eu. Levo. Você. 

- Tá bom - digo chegando perto dela enquanto amarrava o roupão e beijo seus lábios - Obrigada. Quando ela me disse " eu que mando" a um dia atrás eu devia ter prestado atenção, Miranda é uma rainha, linda, elegante, educada... Mas nunca se esqueçam, as rainhas que mandam. 

Tomo banho e coloco a mesma roupa de que vim e quando saio Miranda já estava pronta secando o cabelo, fico olhando ela finalizar e virar para mim para eu encara-la como sempre faço e cada vez ficava melhor, agora ela usava um vestido preto aberto nas costas, um salto nude de veludo e joias douradas. 

- Ah não! - digo e ela me encara vestindo o sobretudo.

- O que foi Andrea?  

- Você provavelmente é a mulher mais bonita do mundo e eu estou de pijama - faço cara de  dor, como a gente ia sair assim? 

- Não se preocupe com isso, está ótima - ela da risada.

Saímos da mansão e no carro conversamos sobre tudo, falo sobre minha família, amigos, sobre a faculdade, ela sobre as meninas, as viagens, etc. Falávamos sobre Veneza, quando o celular dela começou a apitar indicando que chagavam várias mensagens ao mesmo tempo, no início ela ignorou, mas depois começaram as chamadas. 

- Atenda, não tem problema algum. 

- Me de um minuto - ela atende o celular no viva voz enquanto estávamos no semáforo. 

- Emily, tem trinta segundos - diz em tom de irritação

- Desculpe Miranda, mas é urgente, precisamos que venha para Renuway. 

- Ficou louca? O que aconteceu?

- Ela está falando sério, é importante Mira - Agora uma voz masculina falava no telefone, alguém em que ela confiava muito deduzi, pois levou bem mais a sério o pedido. 

- Chego em trinta minutos - responde e desliga - Andrea, esses eram Emily e Nigel são meus braços na revista, não pediriam para ir se não fosse essencial...

- É claro Miranda, eu entendo. Ainda estamos longe, me deixe no shopping e peço um taxi. 

- Não, vamos até lá. Não vou demorar.

- Na Renuway, tem certeza? - digo chocada, combinamos de ir devagar e no primeiro dia eu já conheceria a revista multimilionária dela?

- Sim, será apenas nós três e a equipe de segurança. 

- Não posso descer lá de moletom Miranda - respondo já apavorada e vejo que ela segura a vontade de rir.

- Será apenas meu assistentes, ninguém vai ver. 

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