O quarto de Miranda Priestly

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MIRANDA PRIESTLY

Roy estacionou próximo às três da madrugada, a noite estava gelada e o céu cheio de estrelas, quando ouço o carro dele já abro a porta para não precisarem tocar a campainha e acordar as meninas. Roy me olha para que eu o dispensa-se, não éramos de falar um com outro, depois de tantos anos juntos ele apenas me olhava e já sabia o que eu queria, era uma das poucas pessoas que tinha minha total confiança.

- Obrigado Roy, isso é tudo - digo e vejo Andrea descendo na porta de trás, ela usava uma calça de moletom cinza, uma regata preta, crocs de algum personagem de desenho e uma camisa xadrez pesada para protege-la do frio. Quando me vê abre um sorriso enorme, como se tivesse uma parceira de bagunças durante a madrugada, gostava do fato dela sempre transparecer o que sentia, para quem não tem muitas habilidades sociais como eu, essa característica facilita muito as coisas. - Entre, Andrea. Está frio. - digo dando espaço para ela passar.

ANDREA SACHS

Quando entro na casa dela meu queixo quase cai no chão, ela literalmente morava em uma mansão. A casa era enorme, tinham duas escadas para o segundo andar e parte de baixo mal dava para ver quantos cômodos eram. O lugar era todo em tons claros, branco e dourado, bem minimalista e elegante.

- Venha, não fique parada na porta- ela diz com a voz rouca, não sei se pela hora da madrugada ou pelo clima, mas confesso que achava extremamente sexy.

Vamos para a sala de estar que tinha um espaço como se fosse um bar com todos os tipos de bebidas e dois sofás, ela serve um copo de jack daniels sabor canela e enquanto prepara vejo que encarava meus pés.

- Não julgue meu crocs do Sullivan, até umas horas atrás não sabia que você era a dona da moda. - digo e ela sorri.

- Estava apenas pensando que dei uma igual a Cassidy no Natal passado, mas era do Harry Potter - Automaticamente olho os pés dela também, ela vestia uma pantufa preta com pelinhos, subo o olhar para as pernas torneadas que estavam nuas, usava apenas uma camisola branca de alcinhas, com um tecido leve de seda e que terminava acima dos joelhos, olho seu colo nu e os mamilos rígidos no pijama por causa do frio, as madeixas platinadas estavam apenas soltas desenhando seu rosto em um arte natural. Olho aquela mulher descaradamente, como fazia desde a primeira vez, penso que agora talvez eu tenha uma chance de tocar esse belo corpo, mordo os lábios já esperando ansiosamente por esse momento.

- Você que pediu para eu não tirar o pijama, Andrea. Acha que aguenta? - quando ouço fico vermelha pelo flagra, mas nunca vou conseguir me arrepender de olhar Miranda.

- Está um frio de zero graus, não achei que esses seriam seus trajes, não que eu esteja reclamando - respondo divertida e dando a volta no balcão para chegar perto dela - Aliás, eu adorei.

- Da próxima vez, pode perguntar exatamente o que não estou usando, assim não vai ter surpresas - diz e dá um pequeno passo para trás. Sinto um cheiro doce vindo de seus lábios, me aproximo, mas ela dá a volta no balcão indo em direção a porta com o copo que tinha servido.

- Você não vem - pergunta sem olhar pra mim e vejo que tinha congelado no lugar. Subimos as escadas e adentramos uma porta enorme, a maior do corredor era o quarto dela. Entramos e estava super quentinho pelo ar condicionado, por isso ela dorme quase pelada.

- Bem melhor aqui - falo tirando a jaqueta, Miranda senta em uma poltrona linda ao lado da cama e cruza as pernas exibindo o corpo que me levaria a loucura, nesse momento tomo a única decisão que poderia tomar - Deixa eu provar esse whisky - peço e ela estende seu copo, puxo seu braço com delicadeza, mas forte o bastante para ela levantar e colar seu corpo no meu, enlaço sua cintura com uma mão e a outra puxo sua nuca beijando os lábios macios com gosto de álcool, por alguns segundos ela não reage depois escuto o copo de vidro caindo no chão e sinto seus braços em meu pescoço, a beijo com todo o desejo que guardava desde que a vi, aperto sua cintura e desço uma das mãos para sua bunda, quando aperto o lugar sinto uma mordida nos meus lábios e sua mão em meu abdômen, empurrando um pouquinho para eu me afastar, obedeço contrariada.

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