A Conexão do Universo - (Maiara Carla - S/n)

Bagunça Arrumada

Pov: Maiara Carla

Uma das cenas mais horríveis que já presenciei, minha anjinha estava em uma maca, toda deformada, eu nem consegui identificar ela, seu corpo estava todo machucado, com vários aparelhos respiratórios, seu coração estava quase parando, me vi desesperada naquele momento, pedindo para ela não me deixar
novamente, meus olhos já doíam de tanto chorar, minha irmã me abraçou fortemente, sussurrando que tudo ficaria bem, como vai ficar bem, se meu anjinho está quase morrendo? Me diz

— Amor, por favor não me deixe novamente - falo me sentando na cadeira ali e segurando sua mão

— Irmã, eu vou pegar um café pra gente tá - Maraisa fala e sai da sala chorando, eu conheço a maraisa, sei que ela está abalada com isso também, mas ela se mantém forte

— A durona da maraisa tá chorando muito - falo alisando sua mão - Para quem se estranhavam - dou uma pequena risada - Em pouco tempo você conquistou todo mundo, minha mãe ia amar te conhecer - falo sentindo mais lágrimas caírem

— Fico nervosa quando os pais de uma garota querem me conhecer - escuto a minha voz preferida, olho para a direção da voz e lá estava ela, encostada na porta com um sorriso genuíno

— Sn? - falo baixo, não acreditando no que estava vendo - Anjinhaaaaa - falo e corro para abraça-la sentindo seu doce aroma com menta, eu amo seu cheiro

— Também senti saudades baixinha - ela fala e me abraça forte

— Ganhei um novo apelido? - pergunto me separando de seu abraço, mas não me afasto de seu rosto

— Ganhou, mas você escolhe ruivinha, ou baixinha? - ela pergunta alisando meu rosto com sua mãos incrivelmente macias

— Os dois, eu gosto dos dois - falo sentindo um frio na barriga com sua aproximação

— Que bom que gostou dos dois minha princesa - ela fala me encantando com sua voz doce

— O que aconteceu Sn? Por que ficou todos esses dias sem dar um sinal de vida - me desespero, lembrando do motivo de eu vir no hospital

— É melhor a gente se sentar neh - ela fala me puxando para sentar no sofá pequeno que tinha ali

Nos sentando e percebi que antes de Sn sentar, ela encarou muito seu corpo, eu nem imagino o que ela esteja passando com toda essa situação, ela olhava com tristeza, como se ela soubesse que não vai mais voltar, me desespero com esse pensamento, eu a chamo e parece que isso a acordou, pois a mesma me olhou com um sorriso no rosto e se sentou ao meu lado

— Maiara - ela fala segurando nas minhas mãos, o que me chama atenção - Eu fiquei todos esses dias.... Desmaiada

— E qual foi o motivo? - pergunto olhando nossas mãos juntas

— Você - ela fala baixo e eu a encaro

— Eu? Por que eu? - pergunto em completa dúvida, o que eu fiz?

— Eu... eu... Eu não conseguir ver você escolhendo outra pessoa - ela molha os lábios - Ver você escolhendo o Matheus, foi como se eu tivesse sido atropelada mais uma vez, só que dessa vez, eu não iria conseguir levantar mais - ela abaixa a cabeça respirando fundo