Careggi University Hospital

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DRACO POV

Eu ainda estava com um sorriso bobo no rosto quando Harry entrou em sua casa, mas o meu sorriso cessou quando eu ouvi latidos altos e chamados desolados.

Liguei para o mesmo, mas ele se recusava a atender então comecei a caminhar pela calçada a fim de achar algo informativo pelo seu quintal.

No terraço da casa havia uma mulher de cabelos ruivos esvoaçantes e camisola listrada. Ela estava com os braços abertos no estilo Cristo Redentor e ela estava quase caindo do alto.

Arrombei a porta sem pudor e saí correndo para tentar segurar a mulher caso ela caia, já que não adiantaria eu subir até lá em cima e correr o risco de ela já ter caído na metade do caminho. A tal moça se virou de costas e seus lábios se mexeram, se jogando logo depois.

Eu chutava que daquela altura para o chão, eram 24 metros aproximadamente. O ar que a mulher respira poderia ficar rarefeito e enquanto ela girava no ar o sangue subiria sua cabeça e sufocaria seu cérebro, a matando.

Ela poderia morrer antes mesmo de tocar o chão.

Peguei ela no ar mas ela acabou escorregando dos meus braços pelo topo da cabeça, batendo desmaiada no chão. Descansei o corpo dela na grama molhada e liguei para Harry novamente. E nada.

O rosto da mulher era delicado e com sua pele fina, seus olhos abertos eram assustadoramente verdes, assim como os de Harry.

Aparentemente era a sua mãe.

Verifiquei o seu pulso, suas batidas eram fracas e com um intervalo de tempo grande.

— HARRY! — Gritei entrando dentro da casa, enquanto subia as escadas peguei meu celular e liguei para a ambulância. — HARRY!

Ele estava de joelhos sobre o chão cimentado do terraço. Seus braços estavam esticados para frente, ambos rente ao seu corpo. Sua cabeça estava caída para baixo.

— Harry — chamei baixinho tocando em seus ombros. Ele não respondia aos meus toques e nem aos meus chamados.

As orbes esverdeadas estavam arregaladas, vazias e sem brilho nenhum. Aquela mulher era importante para ele.

Fiz uma nota mental de agradá-lo mais tarde.

Ouvi as sirenes da ambulância ao longe e levantei Harry pelos braços, rodeando a cintura dele com a minha mão direita. — Vamos, meu amor.

O mesmo ainda olhava para baixo, segurei seu queixo o virando para mim. Sua cabeça estava leve, ali não havia força de vontade nenhuma.

Olhei seu lindo e delicado rostinho, que formava um biquinho quase imperceptível em seus lábios. Seus olhos me fitavam, mas não pareciam me ver de verdade, era como se algo dentro dele tivesse morrido.

Ele era um ser tão lindo para ficar triste deste jeito.

Eu queria poder remover toda a sua dor naquele momento, mas sabia que não seria possível.

Prometi para mim mesmo que a partir daquele dia, eu começaria a por em prática o meu plano de protegê-lo.

Se dependesse de mim, lágrimas de tristeza nunca mais rolariam pelas suas maçãs e esse biquinho chateado nunca mais desenharia seus lábios.

Nada e nem ninguém que o machucasse sairia ileso. Mexer com Harry Potter a partir de hoje, seria atiçar o diabo.

E ele tem sorte de ter o diabo ao seu lado, até o fim de sua vida.

Fomos para um hospital universitário que ficava perto do museu e a mãe de Harry foi atendida instantaneamente. Bom, isso foi depois de eu ter insistido em arrancar o nome de sua mãe de seus lábios.

HADE • DRARRYOnde histórias criam vida. Descubra agora