CAPÍTULO CINCO

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O começo de um sonho

"A vida é o que acontece enquanto você está ocupado fazendo outros planos." — "O Apanhador no Campo de Centeio" de J.D. Salinger


Finalmente, meu primeiro dia na editora Timblado

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Finalmente, meu primeiro dia na editora Timblado.

A sensação de adentrar aquele prédio que sempre representou o marco dos meus sonhos era indescritível. As paredes eram revestidas de histórias, e o aroma dos livros impregnava o ar.

Minha sala de trabalho era dividida com outros colegas da mesma área, uma mesa repleta de manuscritos e livros ainda inexplorados aguardavam por minha leitura. A adrenalina pulsava em minhas veias quando me sentei diante do computador, pronta para fazer o que sei de melhor: ler.

As primeiras semanas foram fatigantes, mas emocionantes e desafiadoras. A equipe me recebeu calorosamente e meu entusiasmo pelo trabalho se traduzia em cada correção feita, em cada sugestão oferecida. Eu me sentia tão viva e completa naquele universo, que receber por fazer exatamente o que se ama deveria ser um objetivo mundial.

Meus colegas eram incríveis, sempre animados, nossos dias passavam rápidos quando nos reuníamos em reuniões, com autores. Os almoços eram permeados por conversas sobre os últimos lançamentos, debates sobre enredos, risadas sobre as cenas engraças e rolavam até lagrimas quando os livros emocionantes alcançaram os objetivos.

Eu não poderia estar em lugar melhor.

Imersa em um novo projeto, olhei no relógio e vi que já estava na hora de ir. Arrumei minhas coisas, guardei o manuscrito na bolsa para terminar a leitura em casa e me despedir dos colegas.

Enquanto caminhava de volta, me peguei imaginando o que Vitor, mesmo a quilômetros de distância, preparava como surpresa que mudaria minha vida, conforme as palavras dele.

Ele é louco e você é mais ainda, meu subconsciente falou para mim.

Passei em uma confeitaria para pegar a bomba de chocolate que meu pai mais ama. Sempre que posso, volto para casa com alguma guloseima. Adentrei no lugar, peguei a fila, esperei ser atendida, peguei o doce e continuei meu caminho.

Preciso tirar logo minha habilitação, ficar andando todos os dias é cansativo. Apesar de a empresa não ficar tão longe, a caminhada é tamanha e fora que o tempo que demoro para esperar o transporte público é inútil.

Ao chegar em casa, encontrei Vitor à porta de casa.

Ele veio!

Caminhei sorrindo em sua direção, mas minha felicidade foi morrendo gradualmente cada vez que me aproximava dele.

Seus olhos irradiavam raiva, mas não consegui identificar imediatamente o motivo.

— Onde você estava? — sua pergunta saiu ríspida.

Paixão Perigosa (ATO I COMPLETO)Onde histórias criam vida. Descubra agora