CAPÍTULO SEIS

34 3 0
                                    

Família Fontela

"Você quer um coração? Você não sabe o quão sortudo és por não ter um. Corações nunca serão práticos enquanto não forem feitos para não se partirem." — O Mágico de Oz, L. Frank Baum.  

  

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


Chegou o grande dia para conhecer a família de Vitor.

A princípio, os Fontela transmitiam serenidade, a casa era cercada por vários porta-retratos na parede. Realmente, a mãe dele o amava muito, pois as fotos eram sempre dele, uma ou outra do Alessandro... e nenhuma do George.

Ao chegar à cozinha, fui recebida por Rita, a mãe de Vitor. Uma senhora de semblante severo e aterrador, contrastou com sua saudação calorosa.

— Kalina, querida! Tive finalmente a oportunidade de conhecê-la. Vitor sempre fala tão bem de você, estávamos tão ansiosos por sua chegada. — Expressou Rita, seus olhos parecendo vasculhar tudo em mim, como se procurasse por qualquer defeito.

Fico feliz em saber que escolhi a roupa certa, um vestido longo de malha todo soltinho na cor preta.

— É um prazer conhecer a senhora, Dona Rita. O Vitor também me falou muito da mãe — respondi, tentando ser o mais cordial possível.

Rita, apesar de sua aparência austera, tratava-me com bondade, oferecendo-me um chá, que Vitor disse que amo, enquanto aguardávamos pela chegada de Vitor e dos demais membros da família.

Enquanto esperávamos, Rita começou a compartilhar histórias sobre a infância de Vitor, ressaltando como ele sempre fora um filho exemplar. Muito estudioso, inteligente e gentil. Todos os amam, ele tem facilidade em fazer amizades, conversador e muito espontâneo.

Ela falava bem demais, demonstrava tanto orgulho.

Mas sua aparência de mulher conservadora e religiosa, tinha contradição entre a imagem que ela tentava demonstrar ser, suas palavras despertou uma curiosidade inquietante.

— Ele sempre foi meu orgulho. Desde pequeno, demonstrava maturidade e responsabilidade. Sempre foi um bom filho — disse Rita com um sorriso, mas seus olhos denunciavam algo além da superfície.

— E ele sempre foi o filho perfeito? — perguntei.

Ela me fitou por alguns segundos e sorriu friamente.

— Claro! Um verdadeiro homem honrado que criei — falou orgulhosa.

— Falando de mim, mamãe? — ele perguntou com sarcasmo.

Eles se encararam por um tempo, estava rolando alguma coisa aí, mas eu não soube identificar o que era.

— Falei o que precisava ser falado: Que você é o filho perfeito.

Ele deu de ombros a ignorou.

O encontro estava longe de ser o que eu esperava. O ambiente se tornou mais tenso quando os demais finalmente chegaram. Todos pareciam tomar cuidado do que falar e como agir em minha frente.

Paixão Perigosa (ATO I COMPLETO)Onde histórias criam vida. Descubra agora