CAPÍTULO DEZ

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Mais uma vez...

"Amor não é coisa que se possa pedir a alguém." — O Diário de Anne Frank, Anne Frank.


A luz frenética da festa ofuscava meus olhos enquanto eu caminhava pela sala repleta de risos e música alta

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A luz frenética da festa ofuscava meus olhos enquanto eu caminhava pela sala repleta de risos e música alta. Vitor, sempre confiante, me puxava pela mão, apresentando-me a seus amigos com uma expressão orgulhosa, eu sou a esposa troféu. Apresentada orgulhosamente a todos como se fossemos o casal mais incrível do mundo.

Porém, a atmosfera de divertimento não se incluía a mim. Eu estava à deriva naquela multidão, sentindo-me uma estranha em um mundo que, de alguma forma, se tornou hostil. As risadas pareciam distantes, e a música alta agora ecoava em meus ouvidos como um barulho chato.

Tentei interagir com os amigos de Vitor, mas minhas palavras pareciam se perder no vazio. Enquanto Vitor era o centro da atenção cercado por pessoas, fui ignorada, excluída de um círculo que eu não compreendia. Aqui parecia outra pessoa, era comunicativo, brincalhão e divertido.

Questionei-me mais uma vez se o problema não era eu. Talvez eu não o deixe confortável para ser que ele gostaria de ser.

Devo ser uma pessoa insuportável.

Então, um rosto familiar próximo a mim, o amigo de Vitor, André.

— E o coelhinho saiu da toca... — ele brincou.

— Olá, André — cumprimentei.

— Kalina, que bom te encontrar aqui!

Apenas sorri discretamente.

— Vitor te deixou aqui sozinha? — ele exclamou.

— Sabe como ele se empolga quando está com vocês.

— Gostaria de pedir um favor.

Olhei desconfiada, mas o deixei falar.

— Claro, o que posso ajudar?

— Gostei muito da sua irmã. Poderia me passar o número dela?

Sorri genuinamente pela primeira vez naquela noite, ele estava interessado na Anne?

Consegui finalmente relaxar e rir. André faz com certeza o estilo da Anne, mas papai ficaria uma fera em saber que eu os apresentei.

— Você não faz o estilo dela — comentei na esperança dele desistir.

— Faço o estilo de muitas.

— Eu não quero participar do seu plano, o máximo que posso falar é o perfil da rede social, o resto é com você — brinquei.

Ele me entregou o celular dele e me fez encontrar o perfil da minha irmã.

— Será um prazer tê-la como cunhada — sorri mais uma vez com o seu comentário e assim ele se afastou. Mas essa breve felicidade estava com os minutos contados.

Paixão Perigosa (ATO I COMPLETO)Onde histórias criam vida. Descubra agora