Capítulo 4

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*FELCA*

Mais uma vez acordo num sobressalto e com uma ânsia do caralho. Essas merdas não me largam nunca.

Me levanto da cama e vou em em direção ao banheiro lavar meus dentes e meu rosto. Feito isso tomo meus remédios e desço para comer qualquer coisa. O bom de viver sozinho é que na sua casa nunca tem barulho de outras pessoas. Sempre que olho pra minha casa sorrio por ter conseguido ela sem ajuda de ninguém. Não quero nenhum merdoso colocando o pé aqui não.

Vou até a cozinha e pego guaraná, fiambre e queijo. Faço duas sandes e começo a comer até meu celular tocar e eu ver o nome da atirada da Viviane brilhando na tela do meu celular. Que saco.

Será que eu deveria parar de ficar com ela? Só porque a gente é ficante um do outro há dois anos ela fica sempre na minha cola. Vive pensando que eu sou namorado dela. E eu não tenho muita paciência pra esse tipo de coisa. Pra tudo que é festa ela quer me carregar e mostrar pras pessoas que a gente namora. Hoje é sábado e provavelmente tá querendo me alugar pra outra festa

Call ON

Felca-quê que foi desgraça?-atendo o celular

Viviane-poxa amor, que mau humor é esse?

Felca-fala logo o que você quer

Viviane-tem festa hoje e eu quero ir com você

falei que era mais uma dessas merdas

Felca-tô ocupado

Viviane-para com isso! Vai ficar fazendo oquê? Gravando vídeo pro Youtube?

Felca-nem que for, pelo menos me dá dinheiro

Viviane-eu passo aí quando forem 6 da tarde

Felca-eu falei que não v-paro de falar ao notar que ela desligou a chamada

Felca-Filha da puta-resmungo

Termino de comer e vou ver como que tá meu rendimento nas plataformas de marketing digital.


*Rayane*

Passei a noite na casa da Bia, noite essa que passei em claro, porque não consegui pregar o olho pesando em onde eu iria morar.

Bia-eu já sei!-diz sentando na cama

Rayane-sabe oquê?-pergunto

Bia-você lembra daquele apartamento do meu pai?-pergunta

Rayane-eu não vou viver na casa do seu pai-disse abanando a cabeça

Bia-você não vai, A GENTE vai-enfatiza

Rayane-como assim a gente?-pergunto

Bia-além do meu pai nem parar aqui no Brasil e estar sempre de viagem, a gente podia viver lá naquele apartamento

Rayane-você tem certeza?-pergunto

Bia-sim-responde

Rayane-o que você vai falar pra sua mãe?-pergunto

Bia-eu vou falar que vou entrar pra faculdade ou algo do género e que a faculdade é em São Paulo-disse

Rayane-tá bom-digo

Depois que a mãe da Bia chegou elas conversaram e a mãe dela ficou super feliz que a filha finalmente aceitou fazer faculdade. Nos despedimos dela e fomos logo pro ponto de ônibus.

Saímos do Rio quando eram 11 horas e chegamos em São Paulo  quando eram 5 da tarde.

Bia-finalmente chegamos-disse pousando as coisas na última estação

Rayane-a gente é pobre, então tem que andar de ônibus minha filha

Bia-agora é a parte mais leve-disse

Rayane-eu espero que você ainda lembre da localização certa da casa-digo

Bia-relaxa, tá comigo tá com Deus

Rayane-sei

Bia chamou um táxi que nos deixou debaixo do prédio. Quando descemos do carro eu olhei pra aquele arranha-céus e minha boca caiu

Rayane-nossa senhora das bucetas-exclamei de boca aberta-teu pai vive nesse palácio?

Bia-é né-disse simples

Rayane-"é né"?-pergunto pra ela-essa porra tem fim mesmo?-pergunto

Bia-tem em torno de 26 andares, pelo que eu lembro-disse

Rayane-bora subir que eu quero ver o interior disso-disse pegando as malas do chão e correndo pra dentro do prédio




FELCA: Felizes, Embora Lutando Contra a AnsiedadeOnde histórias criam vida. Descubra agora