Capítulo 18

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*Felca*

Desci para pegar uma encomenda e advinhem quem eu encontrei no elevador? Ela mesmo. 

Ela tava bem gata. Tinha tirado aqueles shorts exagerados que ela costumava usar, tava com o cabelo preso num coque e super cheirosa. Importunei ela até chegar debaixo do prédio onde nos separamos.

Espero que ela vá até minha casa quando chegar. Não tinha nada de interressante por lá, só queria a companhia dela. Aliás, eu gosto, da companhia dela. Eu acho que a gente tá tendo alguma coisa, só não sei o que é.

Por um lado tá sendo legal, mas por outro lado não queria ter nada sério com ninguém. Aliás, dá sempre errado

(...)

Já eram 7 da noite e ela ainda não havia chegado. Ela disse que por ser o primeiro dia de trabalho, talvez nem demorasse tanto, mas já tá tarde. São quase 8 da noite. Resolvi mandar uma mensagem, mas ela não respondeu.

Se passaram cerca de 30 minutos e nada. Quando peguei meu celular pra ligar pra ela, ela já tava me ligando

Call ON

-Rayane cadê você?

-alô, você é parente da dona desse celular?

-com quem falo e porquê que você tá com o celular dela?-perguntei me levantando bruscamente do sofá

-é que eu encontrei ela caída aqui, há uns kilometros de um condomínio

-me diz exatamente onde vocês estão-falei e ouvi o som de uma sirene

-é melhor você ir para o hospital porque eu chamei uma ambulância

Felca-me passa a localização

Call OFF

Logo a tal mulher me passou a localização e eu logo desci, peguei o carro e fui para o hospital, que não era tão longe daqui. Prendi meu cabelo e comecei a dirigir

Chegando no hospital perguntei por ela e me disseram que ela estava sendo atendida naquele momento.

(...)

Se passaram 40 minutos em seguida vi um doutor saindo da sala de mergência

Felca-Doutor-chamei

Doutor-oi, você é familiar da-olhou na ficha-Rayane?-perguntou

Felca-sou sim-disse-o que foi que aconteceu com ela?-perguntei

Doutor-ela foi esfaqueada-disse-e foi profundo-disse

Felca-mas como ela tá? Ela vai ficar bem?-perguntei

Doutor-ela perdeu muito sangue. E esse sangue precisa ser reposto-disse

Felca-eu sou doador universal-falei-eu posso doar-falei

Doutor-menos mal, vamos logo-disse e assim fomos.

Eu odeio doar sangue. Me sinto mal. Me sinto fraco depois disso. Só pra não contar que não consigo ver sangue.

Chegamos na salinha e ouvi o doutor abrir a embalagem da agulha e meu estômago já se revirou. 

Desde que era mais novo, sempre que minha mãe me levasse pro hospital eu sabia que se tinha embalagem abrindo era porque ia levar injecção.

Ele ligou a agulha a bolsa que estava pendurada naquela vara e logo senti a agulha perfurar meu braço. Sentia o sangue saindo do meu braço e meus lábios já estavam se ressecando

(...)

Passados cerca de 15 minutos aquilo tava cheio e o doutor tirou a agulha do meu braço.

Doutor-você é um herói rapaz-falou o mais velho-pode salvar qualquer pessoa viu-disse

Pena que eu não doo sangue

Felca-cresci ouvindo isso-endireitei minha postura na cadeira para me levantar

Doutor-só levanta com cuidado-disse-pode sentir tontura. Mas é normal-disse e saiu da sala

Meu celular tocou e vi o nome do Kauan brilhando na tela. Eu acho que casei com ele e não sei

Call ON

Kauan-onde você se enfiou?-Eu tô na porta da sua casa a mô cota, por que você trocou a senha?

Felca-vem cá, por que você não pega suas coisas e se muda lá pra casa?-perguntei sarcástico

Kauan-olha, eu tô indo agora-falou

Felca-nem se atreva!-ameacei

Kauan-você vive nesse apartamento gigante sozinho-reclamou

Felca-olha, eu tô no hospital, dá pra gente falar depois?-disse

Kauan-hospital? Porquê?-perguntou

Felca-eu vim doar sangue-falei

Kauan-mas você disse que não d-cortei 

Felca-olha, a Rayane sofreu tentativa de homicídio tá legal? Eu tô com ela no hospital. Ela perdeu muito sangue e eu doei-disse

Kauan-pera, é oquê?-perguntou

Felca-depois eu explico. Só não fala nada pra Bia-falei e desliguei o celular

Call OFF

Esse cara fala demais. Não sei nem como virei amigo dele. A gente não tem nadda a ver. Me levantei da cadeira e senti minha visão escurecer. 

Droga! Levantei rápido demais...


FELCA: Felizes, Embora Lutando Contra a AnsiedadeOnde histórias criam vida. Descubra agora