Capítulo 4: farinha

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🗨️Pov: Katakuri

Quando ela me pediu para revelar meu rosto meio que entrei em pane, como se minha mente fosse hackeada e atrapalhasse todo o sistema operacional do meu corpo, ela me passou confiança na sua decisão mas eu não sabia se realmente deveria revelar isso pra ela, por algum motivo a opinião dela é importante pra mim. Levo a mão só cachecol e respiro fundo, algo em mim desejava aprovação dela e ao pensar nisso me viro de costas sem coragem para terminar o que comecei, respiro fundo e tiro o pano que cobria meu rosto, junto força e me viro apenas o suficiente para mostrar meio rosto.

Quem vê o grande general da doçura, ou ministro da farinha pensa que não tenho sentimentos só por eu não demonstra-los, se eu fizer isso revelarei minhas fraquezas e voltaria a causar dor aqueles que são importantes para mim, quantas vezes tive que ouvir zombaria da minha boca e sendo comparado a uma enguia pelicano por conta do tamanho que ela pode ficar por esticar enquanto estou comendo, quando era criança isso não me importava até ver minha irmã ferida por minha causa, desse dia em diante decidi que não seria motivo de chacota e que preferia ser temido do que amado, assim ninguém ousaria a se aproximar ou tocar no que era meu, essa minha filosofia estava funcionando bem até Natsume aparecer no meu quarto.

Estava perdido nesses pensamentos até sentir sua mão na minha bochecha me fazendo olha-la de frente, pela primeira vez na vida senti um receio da rejeição, um frio na barriga, um medo assim dizer.

- Você tem razão, apenas crianças são fofas e você não é fofo. Ao ouvir isso sinto uma pequena dor no peito, minha mente repetia pra si mesma " eu já sabia", mesmo sem demostrar nenhuma reação eu me sentia decepcionado. - Você é lindo!! Ao ouvir essa frase fico surpreso e ao ver o sorriso dela meu coração dispara fazendo um rubor surgir nas minhas bochechas, se antes minha mente estava uma bagunça, agora então esta fora de controle - quem diria que o General ficava tão fofo vermelho, assim ta parecendo um morango.

Quanto mais ela falava mas desnorteado eu ficava, mas mantinha minha expressão o mais calma possível apesar de não conseguir disfarçar o vermelho das bochechas, BADUM...BADUM, meu coração gritava dentro do peito, meus olhos fitava os delas com tanta naturalidade que até eu estava acreditando que tudo estava calmo e que sabia bem como lidar com a situação, quando percebo estava tão perto de seu rosto que conseguia sentir sua respiração confrontando com a minha, levo minha mão direita em seu rosto, assim como ela segurava em mim, e minha mão esquerda foi de encontro sua cintura.

Não sabia ao certo o que fazer nesse momento, nunca tinha vivenciado nada do tipo, eu só sabia que queria tocar meus lábios nos dela, e fui me aproximando, e ela não se afastou, isso de certa forma era um alivio.

- irmaozão.....

Um fleche veio a minha mente, nisso me afasto rapidamente e cubro meu rosto, Natsume tem um olhar confuso pela minha reação repentina.

-Irmaozão....finalmente te achei, te procurei por toda parte. Flampe aparece cerca de 10 segundos depois, mas já tinha a visto por conta do haki de observação. - Eu preparei seus doces favoritos para você jantar. Minha irmã mais nova abraça minha perna toda alegre me contado sobre seu feito.

-Oii!!! FLampe certo? não tiver o prazer de me apresenta ainda, eu sou...

Natsume foi interrompida antes que pudesse ser gentil com a mais nova, e Flampe nem se quer mostrava interesse no que a mais alta falava.

- Eu sei quem você é, você só chegou aqui pra roubar o mano da gente, você é muito mal. Flampe começa a chorar, apesar de saber que era fingimento da parte dela, sabia que ela gostava de chamar minha atenção.

- Peço desculpas, bem eu não quero atrapalhar o momento de família então eu vou voltar pro quarto, Boa noite Flampe, e Boa noite General. Ela se distancia com passos rápidos como se quisesse fugir da situação de antes, Flampe continua agarrada na minha perna falando e chorando, fico de pé.

- vamos, me mostre o que fez pra mim. Ela fica em pé sorrindo feliz e começa a correr na frente rumo ao castelo, ela correu até meu quarto dizendo que deixou tudo preparado no lado de dentro, apenas confirmo com a cabeça e como agradecimento faço carinho em seus cabelos no topo da cabeça, entro no quarto e ela sai dando pulos de alegria.

Novamente me encontro sozinho, mas não me sentia solitário, Natsume me fez me sentir bem comigo mesmo depois de muito tempo.

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💬Natsume

Uma semana Havia se passado desde da minha chegada em Whole Cake, desde da minha conversa com Katakuri naquele banco do jardim não o vi mais, nem na ilha e nem em seus aposentos, como ministro da farinha ele foi para ilha de Hakuriki, onde ele ficaria responsável pela supervisão da produção de farinha para o casamento, desde da ordem da mama, não vejo praticamente nenhum dos filhos dela no castelo, e isso estava me deixando entediada, a única com quem passei a conversar foi com Brulée, ela me deu um espelho de bolsa na qual usamos para nos comunicar, onde eu ia eu levava o espelho.

- Onde esta indo Summy ? Summy foi o apelido carinhoso que ganhei de Brulée, viro o espelho mostrando a ela que estava chegando na fabrica de Wholer Cake. - Vai fazer o que ai dentro?

- Pelo o que fiquei sabendo Katakuri estará na ilha hoje para dar o relatório da produção para mama, então vou fazer as rosquinhas que ele gosta. Escuto a mulher rir no outro lado e volto a virar o espelho pra mim, quando vejo fico envergonhada, katakuri está sentado ao lado dela escutando a conversa. - Oii General. Aceno um pouco sem jeito, o homem apenas levanta a mão acenando de volta.

- Pode fazer Summy, ele vai adorar. Depois de Brulée falar escuto Katakuri chamando a atenção de sua irmã, que apenas ria da situação, pra ela era de extrema satisfação alguém se importando com o irmão, com katakuri e não só com o general da doçura, logo a imagem do espelho some, e eu continuo meu caminho adentrando a fabrica

Adentro a enorme fabrica e lá dentro separo os ingredientes nescessário para o donuts de Katakuri, escolhi três recheios e cinco coberturas, todos teriam confetes coloridos decorando as rosquinhas.

Quando tudo fica pronto, ajeito todas as rosquinhas na bandeja, e o Bule de chá, caminho com cuidado levando para os aposentos do general, me esforcei para preparar tudo e deixar do agrado dele, talvez uma maneira de demonstrar que tava em paz com o que aconteceu da última vez, ou pelo que não aconteceu, meio que criei uma expectativa que foi interrompida pela sua irmã mais nova, ao chegar no quarto de Katakuri coloco a bandeja no carpete com as almofadas decoradas, não demorou para ouvir o som da espora que soava como seus passos.

- Bem vindo de volta general- Sorrio com um toque de gentileza vendo ele se aproximar, a última vez que estive nesse quarto fui expulsa aos gritos.

- Você não precisava se incomodar com as minhas refeições- O mais alto se senta com os braços cruzados, ele se acomoda no carpete.

- Não é incomodo, somos amigos agora então tá tudo bem, prova eu fiz de vários sabores- Katakuri abaixou de forma lenta o cachecol, ainda não tinha o visto comer, pegou uma rosquinha e mordeu um pequeno pedaço pra evitar que o papo da boca ficasse grande. Katakuri ainda demonstra vergonha e receio de Natsume também o comparar com enguia pelicano. - Eu vou te deixar a vontade- falo me levantando pronta para deixar o quarto, sabia que ele estava desconfortável e não queria isso.

Antes que pudesse me afastar sinto meu pulso sendo segurado, mas sem ter posto força, olho para o de cabelos vermelhos.

- Pode ficar- a voz grave chegou aos meus ouvidos, com um pequeno sorriso voltei a me sentar, ele estica a mão até mim, me entregando uma rosquinha.

- obrigada- falo antes de morder um farto pedaço, talvez se mostrasse descontrair enquanto comia ele faria o mesmo e ficaria mais a vontade.

Ser entregue ao general não foi tão ruim, ele era de certa forma educado e cavalheiro do jeitinho dele, meus pais estavam a salvos junto a minha ilha então não via um grande problema em me casar com um Charlotte.

Querido doce amargoOnde histórias criam vida. Descubra agora