Arthur e Sophia

V- Fugitiva

                           ꧁☆​☆​☆​ ꧂

Sophia Ferraz estava sentada no sofá da sala ao lado de sua mãe. Fabrício, em pé na frente das duas estava furioso, sua esposa tentava acalmar ele.

__ Calma o quê Débora?. Essa garota me desrespeitou, vai saber quanto tempo eles estavam se encontrando, e pior, o que fizeram.

__ Querido, tente manter a calma. Vamos conversar.

__ Eu não quero a minha filha envolvida com esse marginal e pobretão.__ Falou o pai indignado.

__ Pai, eu amo ele e isso o Senhor não vai mudar.__ Sophia respondeu o pai.

Fabrício levantou a mão para dar mais um tapa no rosto da filha, mas parou logo em seguida.

__ Amanhã mesmo vou te mandar para os Estados Unidos, vamos ver se lá você vai se encontrar com esse vira lata.

__ Eu não queria ir mãe. __ Sophia chorava muito.

__ Enquanto você morar nesta casa você não tem querer, vai para seu quarto agora.

A jovem não deu mais nenhuma palavra e subiu chorando para seu quarto trancando a porta, de fato ela não queria ver ninguém naquele momento. Lá embaixo ainda se ouvia a discussão dos seus pais em discordância sobre Sophia ir para outro país.
Ela não queria ir morar lá nos Estados Unidos mesmo que este fosse seu sonho de infância, ela tinha que dar um jeito para não ir e então ela teve um ideia.
Fugir com seu amado parecia ser uma ótima ideia, Arthur lhe amava tanto que não ousaria em desistir. Ela pegou o seu celular para ver se ele ainda estava online no Instagram e lhe lançar o convite de fuga, mas infelizmente o wi-fi de sua casa havia sido desligado, talvez o pai saberia que ela ia conversar com o garoto.
Como conversar com ele sem Internet? Se ao menos ela ainda tivesse créditos no chip, mas ela não tinha mais.

__ E agora? Eu não quero ir embora.

Ela arquitetou um plano, mas ainda era cedo de mais para pôr em ação e porisso ela preferiu ficar no seu quarto quieta até o momento certo. Já era quase 1:00 hora da manhã, com certeza seus pais já estavam dormindo depois de longas discussões.
Como já havia visto em filmes, Sophia amarrou lençol por lençol e jogou para fora da janela e fugir, ela não ia ser tão burra de escapar pela a porta de entrada e ser descoberta pelo o alarme residencial.
O lado de fora estava congelante, mas ela não ia desistir de ir atrás de Arthur. Como sua mansão não era tão longe da pracinha e a praça não era longe da casa de Arthur, Sophia chegou lá bem rápido.
Eu nunca vou saber de como a donzela soube qual era a janela do quarto de Arthur, mas ela acertou uma pequena pedra na esperança dele abrir e ambos fugirem dali.
Mas o garoto não apareceu pois estava mesmo em um sono profundo depois daquela noite. Ela pegou outra pedra um pouquinho maior e atirou, Arthur Mitra não escutou, mas o cães vizinhos ouviram e começaram a latir.
Com medo de ser pega, Sophia resolveu fugir sozinha, poderia ligar para Arthur depois, mas ela não queria ser rastreada e por isso não levou o celular.

__ Desculpa meu amor. __ Ela jogou um beijo invisível em rumo a janela.__ Eu tenho que fugir, mas voltarei para te contar tudo.

A menina saiu dali o mais rápido possível, pois os cachorros latiam cada vez mais alto.
O dia seguinte surgiu com uma chuvinha fina, mas isso não impediu Alice colocar os filhos para tomar banho e se arrumar para irem a escola.
A família Mitra estavam reunidos na mesa para um belo café da manhã quando um toc-toc na porta surgiu e Alice se dirigiu até lá para abri-la. Como assim? Um policial estava em sua porta naquela manhã.

__ Arthur se encontra?.__ O policial perguntou.

O jovem levantou da cadeira e foi até onde sua mãe estava.

__ O que foi mãe?

__ Este policial está procurando por você.

__ O Senhor poderia me acompanhar até a delegacia?.__ O policial pediu.

__ Por que? O que o Senhor está insinuando?.__ Alice perguntou assustada.

__ Calma mãe, pode ser só um mal entendido. __ Arthur tentou acalmar ela.

Ele então abraçou a mãe e acompanhou o policial. Alice estava muito preocupada com o filho, ela seguiu até seu quarto pegando a sua bolsa para ir até a delegacia.

__ Mãe, podemos ir com a Senhora?.__ Larissa perguntou.

__ Não. Vocês vão para a escola.__ Ela respondeu.

__ A Senhora acha mesmo que vamos conseguir estudar?

__ Então fiquem em casa, delegacia não é lugar para crianças.

Alice saiu apressadamente, Larissa se sentou no sofá, enquanto Jamico continuava seu café. A garota ficara bem brava, ela não era mais criança e odiava ser chamada assim, Jamico sim era, mas ela já estava perto dos 15.
Não demorou muito para que Alice chegasse na delegacia, ela não avistou o filho e perguntou para o policial que fora buscar.

__ Onde está meu filho?

__ Eu sinto muito dona. Mas ele está preso.

__ O quê? Isso só pode ter sido um mal entendido, o que foi que aconteceu?

Antes mesmo do policial responder, Alice ouviu uma voz masculina atrás dela, uma voz que ela já conhecia.

__ Ele sequestrou minha filha.

A mulher se virou e viu o dono da voz, o famoso dono da empresa ao qual ela também trabalhava.

__ Senhor Ferraz?

__ Então você é a mãe desse sequestrador?

__ Calma aí Senhor. __ Interrompeu o policial. __ Não temos provas que foi ele que levou sua filha.

__ Meu filho não faria uma coisa dessa.__ Alice falou em seguida.

__ Eu quero ele bem longe da Sophia viu ou eu não respondo por mim. __ O Senhor Ferraz falou com muita raiva.

O homem acenou com um gesto de cabeça ao policial e se dirigiu até a saída, porém resolveu parar e olhar para Alice Mitra.

__ E você está demitida.

Enquanto o homem saia, Alice sentou em uma cadeira perto dela e passou a mão sobre o cabelo.

__ Calma Senhora. __ Falou o policial. __ Eu tenho certeza que você vai encontrar outro trabalho.

__ Obrigada.__ Ela agradeceu.__ Se vocês não têm provas de que o Arthur sequestrou a garota, o que ele tá fazendo aqui?

__ O pai da jovem quis prendê-lo por sedução de menores.

__ Até quando ele ficará aqui?.__ Alice perguntou aflita.

__ Ele ficaria preso de 6 à 8 anos, mas de acordo com o pai da mesma, ela fará 17 anos amanhã mesmo. Como o código penal baixou a faixa etária para menores em relacionamentos, seu filho poderá sair amanhã também.

Alice respirou aliviada e depois de agradecer ao policial, ela perguntou se poderia conversar com o filho. E é claro que depois de ser autorizada pelo o delegado, Alice se encontrou com o filho na sala de visita.
Conversaram sobre todo o acontecido, como Arthur conhecera a garota e também que ele sairia dali no outro dia. Alice também contou que a jovem pela a qual o filho se apaixonou era filha do seu chefe e este acontecimento fez ela perder o seu emprego.
Arthur ficou muito triste, contou para a mãe que ele lhe ajudaria no que fosse preciso. A hora não demorou muito e Alice teve que deixar o filho naquele lugar, mas o que lhe conformava era que seu filho estaria em casa no outro dia.

꧁꧂

Olá. Obrigado por ler este capítulo, muitas aventuras lhe aguarda pela a frente. Mais se você realmente gostou, peço por favor que possa curtir e comentar.