IX- Na cadeia

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                            ꧁☆​☆​☆​ ꧂

       Aquele dia foi o pior da vida de Arthur,  ele estava tão transtornado que foi preciso Alice lhe dar um calmante e ele dormiu.
    O garoto despertou lá para as oito horas da noite, levantou ainda fraco e se dirigiu até a janela do seu quarto pegando aquela friagem da noite de um céu estrelado. Arthur olhou para a pracinha e lembrou quando havia conhecido Sophia pela a primeira vez.
    Um toc-toc surgiu na porta do seu quarto e Alice Mitra entrou, estava com um vestido preto e diferente o qual Arthur jamais vira.

  __ Oi meu amor.__ A mãe falou.

  __ Oi mãe.

  __ Você está pronto filho?__ Ela perguntou.

  __ Pronto? Para o quê?

  __ Você não vai no velório? A Senhora Ferraz nos chamou.__ A mãe falou.

   Arthur virou de repente para e encarou sua mãe completamente assustado, ele achava que tudo não havia passado de sonho.

   __ Velório? Aconteceu mesmo então?.__ Ele chorou novamente.

   __ Eu sinto muito meu filho.__ Alice lhe abraçou fortemente. __ Se você achar melhor não ir...

  __ Eu vou.__ Falou ele limpando as lágrimas dos olhos. __ Eu só vou me arrumar e nos vamos.

   A mãe desceu a escada deixando o filho ali sozinho. Não demorou muito e Arthur também desceu trajado com uma calça jeans, uma camisa preta e os sapatos escuros.
    A família Mitra se dirigiram até a casa dos Ferraz onde muita gente olhavam a doce garota em seu esquife na sala. Sophia jazia tão bela mesmo depois da morte.
   O jovem chegou até o caixão e olhou sua amada, ele chorou amargamente lembrando os momentos em que viveram juntos. Débora Ferraz se dirigiu até o garoto, ela queria falar com ele e lhe dar também os pêsames, sabia que assim como ela o garoto sofria muito.

  __ Oi Arthur.

  __ Senhora. Eu sinto muito.__ Ela falou.

  __ Nós sentimos.  Minha filha sempre me falou de você,  como vocês se amaram e que pretendiam casar no futuro. Eu adoraria ter você como meu genro.

   A mulher abraçou o jovem, ela não era como seu marido e o que ela mais queria na vida era ver a filha feliz. Os dois ficaram conversando por horas, foi uma noite horrível para todos ali devido aquela perda. Mas então o dia surgiu ainda com o clima pesado, todos estavam cientes de que a hora do sepultamento era chegada e enquanto o cortejo se dirigia ao cemitério, na prisão Fabrício Ferraz era retirado da solitária.
    O motivo dele ter ido para lá, foi porque deu um soco no rosto de um policial que falou que ele ia pagar pelo o crime que cometera, por ter atirado contra a própria filha e ter ceifado sua vida.  O refeitório estava barulhento, não havia outro argumento ã não ser do magnata que matou a própria filha.
    Brunão, em sua mesa solitário, comia seu pão com sopa quando Joel, o policial agredido por Fabrício chegou até ele.

  __ Você também já sabe do homem que matou a própria filha?__ Disse o policial.

  __ Tô por dentro. Sei quem é.__ Falou Bruno.__ Ele queria que eu matasse um garotão ai, o carinha era super do bem, mas esse homem aí tem que pagar pelo o que ele fez.

  __ Ele me soqueou ontem e como não posso dar a surra que ele merece...

    O policial discretamente retirou do bolso 300R$ para dar ao detento, mas este recusou.

  __ Guarde o seu dinheiro, esse homem ferrou com a vida do meu amigo. Eu tenho prazer de fazer isso pelo Arthuzão.

   __ Vou dar um jeito de colocar ele na sua cela de tarde.__ O policial falou guardando o dinheiro.

    Brunão não falou nada, mas o policial sabia que ele havia concordado. Já quase a noite, os presos já tinham ido para seus cárceres, exceto o magnata que havia se recusado a tomar banho com os outros detentos. Este foi um bom motivo para Joel arquitetar seu plano, por isso resolveu esperar Fabrício de boa vontade.
    Os corredores estavam um pouco escuros quando Joel e Galbo ( Outro guarda ) conduziram Fabrício até a cela. Enquanto Joel levou o preso até seu devido lugar, Galbo ficara de longe vigiando os outros para não gritarem ( Era o que eles faziam toda a noite sem a companhia de um guarda.)
    O homem então foi deixado ali e os policiais tiveram que sair. Fabrício Ferraz sentou na cama, a mesma que pertenca a Arthur. Em sua frente, o homem viu que existia alguém deitado na outra cama sem dar uma única palavra, devido a pouca claridade que tinha Fabrício não o-conheceu.

  __ Olha aqui.__ Disse o magnata. __ Eu não tenho muita paciência tá? Fique aí no seu canto que eu fico no meu.

  __ Se não o quê?.__ A voz de Brunão surgiu.

  __ Eu já matei muitos camaradas aí viu. Sou bem perigoso e matar mais um que ousar me desafiar não me fará nenhuma diferença.

   __ A única que morreu pela a sua mão foi sua própria filha seu assassino.

    Brunão então levantou da cama e Fabrício viu ele e o-conheceu.

  __ Fique longe de mim. Se você tivesse matado aquele maldito minha filha ainda estava viva, então parte dessa culpa também é sua.__ Falou o homem.

  __ Era isso mesmo que você queria né seu covarde? Mas eu não matei o garoto e não me arrependo de ter feito isso. Um cara tão bom que nem o Arthur não devia ser morto pela sua faquinha de playboy.

  __ Me devolva minha faca.__ Pediu Fabrício.

  Brunão levantou o colchão e pegou a faca que este lhe dera, mas ele não lhe entregou e ele resolveu atingir o magnata com esta. O homem tentou se defender o tanto que pôde,  naquela noite houve bastante gritarias nas celas vizinhas e alguns guardas tiveram que correr para lá imediatamente.
   Ao chegar na porta da cela de Brunão, os policiais viram o famoso magnata morto no chão todo esfaqueado. Antes de um guarda abrir a cela para pegar Bruno, este usou a mesma faca para contar seu próprio pescoço.

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  Olá. Obrigado por ler este capítulo, muitas aventuras lhe aguarda pela a frente. Mais se você realmente gostou, peço por favor que possa curtir e comentar.

   
 

   
    

Arthur e SophiaOnde histórias criam vida. Descubra agora