X- Arthur e Sophia

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                           ꧁☆​☆​☆​ ꧂

    A família Ferraz perdeu pessoas importantes naqueles dias incluindo também a morte do magnata, a alegria de Débora Ferraz se foi, assim como o desejo de viver naquela cidade.
    Ela vendeu a casa e a empresa ff e foi embora para os Estados Unidos naquela dita semana. Arthur Mitra nunca mais foi o mesmo e quase entrou em depressão, mas tinha a ajuda de sua família e de seus amigos.
   Jamico nunca tinha visto o irmão naquela condição, ele já nem mais brincava com o garotinho, pois passava o dia trancado no seu quarto.

   __ Vem aqui meninos.__ Disse a mãe aos filhos menores.

   __ Oi mãe.__ Larissa falou.

   Alice sentou no sofá e pediu que os dois também sentassem, pois queria conversar com eles.

  __ Estou pensando em voltarmos para o Rio.__ Ela falou.__ Aqui vai ser difícil conviver com o Arthur sofrendo e lembrando todo o acontecido.

   Alice contou que ia alugar a casa pois um dia voltaria para aquela cidade, queria apenas passar uns tempos fora até Arthur parar de sofrer e em breve voltariam para preciosa novamente.
    Os dois menores acabaram concordando com a mãe, eles de fato só queriam que o irmão voltasse a ser feliz como era antes.
    O jovem Mitra descia a escada tristemente,  sua mãe o-chamou naquele instante.

   __ Mãe, podemos conversar depois?.__ Arthur falou com sua voz tristonha.

   __ Você vai sair Arthur?.__ O irmão menor perguntou.

   __ Vou dar uma volta Jamico.

   "Jamico?" Realmente a tristeza dominou mesmo Arthur, o garoto mais novo estava acostumado ver seu irmão lhe chamar de pivete, um ato de carinho que usara sempre.

  __ Tudo bem filho. Vá dar uma volta.__ Alice falou com sua voz calma.

   Arthur nem se despediu deles com um beijo ou abraço, algo que ele fazia sempre que saia. Abriu então a porta da casa e seguiu naquela noite fria ameaçada por chuvas no decorrer das horas.
    Ele caminhou cabisbaixo até a pracinha e deixou no dito banco de pedra como fizera outrora e olhou o céu nublado que avisava que não demoraria cair chuva. Lembrou a vez que aquela bela garota escorregara perto dele e ele foi ajudá-la. Meu Deus! Como ele queria que aquele tempo voltasse e então ele começou a chorar baixinho.

  __ Você está bem?.__ Uma voz conhecida.

   Ele sentou no banco, limpou as lágrimas e olhou para ela. Caroline estava ali perto dele, ela também estava tão triste por perder a melhor amiga.

  __ Eu vou ficar.__ Ele respondeu.

  __ Quer que eu fique aqui com você?.__ A garota perguntou.

  __ Não precisa. Eu prefiro ficar sozinho e ainda mais, vai chover daqui a pouco. Você tem que ir.__ Disse Arthur por fim.

  __ Tudo bem. Boa noite Arthur.

    Ela abraçou o jovem, sabia que ele precisava muito desse abraço e saiu deixando o garoto sozinho como ele pedira.
    Alguns instantes depois que a menina foi embora a chuva que ameaçava cair desabou em cima dele. Então muito calmo e sem se importar com o frio ou de ser molhado, Arthur saiu caminhando por aí, mas ele não voltou para a sua casa.
    Ele caminhou até a antiga casa abandonada da família de Caroline, atravessou o buraco no muro e chegou até a parte posterior da empresa ff.
    Arthur olhou para o alto, a lembrança de tudo que viveu com Sophia voltou a surgir e então ele se dirigiu até a escada que levara ao topo e subiu. Lá em cima a chuva parecia cair mais forte, o frio ainda era pior que tudo, mas mesmo assim ele deitou sobre a lage assim como sempre fazia com a sua amada.
   Passou alguns minutos de olhos fechado sentindo a água cair em seu rosto triste. Já era quase dez horas da noite e fazia muitas horas que ele havia saído de casa, o jovem não tava nem aí se a sua mãe estava preocupada com ele.
    A chuva ainda caia, mas agora um pouco mais fraca e ele ainda estava lá deitado naquele teto, estava distraído quando escutou uma voz,  uma voz que fez todos os pêlos do seu corpo arrepiar.

   __ Oi meu querido.

   Ele levantou assustado e viu Ela, sua amada bem ali parada em sua frente. Como podia ser? Como isso era possível? Será que ele havia dormido e estava sonhando? Só podia ser isso, mas não era.
    Sophia estava mesmo ali e por mais que as gotas de chuva pegasse nela, a mesma não chegava a se molhar.

   __ Sophia?__ Falou ele assustado. __ Como você está aqui? Você está morta.

    Ela sorriu para ele, porém não falou nada. Arthur até tentou pegar em sua mão quando ela ergueu, mas foi em vão. Uma lágrima caiu dos olhos do garoto e tudo o que ele mais desejava era poder tocar e beijar sua amada mais uma vez. Queria sentir o seu abraço apertado que ele estava com saudade de receber.

   __ Eu sinto muito a sua falta.__ Falou Arthur Mitra.

   Ela sorriu mais uma vez e se dirigiu mais perto de seu amado, ergueu mais uma vez a mão branca e meio transparente chamando-o.

  __ Então se você me ama vem comigo.

   O jovem então ergueu a sua mão e dessa vez possivelmente conseguiu tocá-la. Então lhe abraçou e beijou-lhe.
   Durante aquela noite fria, enquanto a chuva fraca caia, sobre o teto da empresa Arthur e Sophia dançaram ao som de uma música ( Perfect: Ed Sheeram ) que se ouvia nos alto-falantes que ficava lá em cima.
   Uma luz magnificamente surgiu ali e tanto Sophia quanto Arthur a-viram.

   __ Vem comigo meu amor.__ Disse Sophia.

   __ Eu não posso.__ Falou dessa vez Arthur Mitra.

   __ O que impede você de me acompanhar?

   E ela mostrou ao garoto o corpo dele sobre o teto, ele também havia morrido, Arthur nunca soube como isso acontecera. Ele sempre imaginou que doer doía muito ao ponto de tirar a vida, mas ele não sentira nada, nem mesmo uma dor naquele momento.
    Arthur voltou olhar para sua amada e nem poder fazer nada, ele a-acompanhou até aquela brilhante luz onde viveriam felizes por toda a eternidade.
   ....

   Mais tarde, o corpo de Arthur Mitra foi encontrado graças ao rastreamento usado por policiais. Alice preocupada com o filho foi até a delegacia. E assim como Débora Ferraz enterrara sua filha, agora era a vez de Alice Mitra enterrar seu filho amado também. A perícia constatou que Arthur Mitra morrera de causas naturais, como talvez um possível ataque cardíaco.
    A tristeza na família Mitra também foi tão grande que Alice e seus filhos tiveram que sair daquela cidade também.

         
                       Arthur e Sophia
                           para Sempre

  
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  Olá. Obrigado por ler este capítulo, muitas aventuras lhe aguarda pela a frente. Mais se você realmente gostou, peço por favor que possa curtir e comentar.

   

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