Pâmela parte dois

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"Desde que o mundo é mundo, sempre há o bem lutando contra o mau. Por sorte ou destino, o bem sempre prevaleceu... bom, até pouco tempo atrás. A primeira coisa que você tem que saber Penny, é que você não é totalmente humana. Sua mãe também era um Sangue Puro, mas eu nunca imaginei que você seria... ela morreu lutando contra a Morte. Eu sei, parece impossível, como se luta com a Morte? Bom, o "Sangue Puro" tem o poder de cura. Ou seja, você pode curar um paciente com câncer, e como você devolve a vida a essa pessoa, a Morte tem uma alma a menos em seu mundo. Ela usa as almas como alimento, para manter-se forte. Quanto mais pessoas morrem, mas força ela obtém. Só existem dois Sangues Puros por vez, nada mais, nada menos. Sua mãe, e outro que não sabíamos quem era. Mas esse outro com certeza também foi morto, e, como você era descendente de uma, o poder passou para você. Só você, Penny, tem o poder de retardar a Morte. E é por isso que ela está entrando em sua mente e querendo te colocar medo. Ela não quer que você aja e acabe estragando os planos dela."

Quando Pâmela parou de falar, notei o quanto meu coração estava disparado e eu soava frio. Brad segurou minha mão e eu apertei a mão dele. Eu? Eu tinha esse poder? A pessoa mais covarde do planeta?

- E-então... Minha mãe... - minha voz vacilava. Minha mãe morreu salvando outras pessoas.

- Mas Pâ - Brad me interrompeu -, só há os Sangues Puros para proteger as pessoas?

- Não. Somos em muitos, cada um com seus poderes. Não somos como super heróis. É como se em nosso sangue corresse uma substância que nos dessem esses "poderes". Eu sou sensível a sentimentos. - ela encarou nossas mãos dadas pelo retrovisor. - Consigo ler seus sentimentos, mesmo que você os esconda. Posso controlar os sentimentos, também.

- E tem mais? - ele perguntou.

- Diversos! Tem os que controlam o clima, os que tem poderes com a natureza, os com poderes de cura, os que podem ler pensamentos, e mais muitos. Marco tem poderes medicinais, mas não é como o Sangue Puro. Ele também pressente o perigo que se aproxima. E é meu... Melhor amigo.

- Amigo né? - eu disse, sorrindo maliciosa.

- Chegamos. - disse ela, parando o jipe. Tenho certeza de que se eu pudesse ver através de sua pele negra, a veria completamente corada.

Sonhadora Incontrolável - A História de Penny BlackOnde histórias criam vida. Descubra agora