Capitulo 11

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A rua estava totalmente silenciosa e vazia, com somente um poste de luz iluminando o galpão a frente de Aristoteles.

Não havia se passado muito tempo desde o incidente do museu,e ainda sim,mensagens estranhas foram enviadas para seu celular na manhã naquele dia. Bom,podia ser literalmente qualquer coisa. Era uma mensagem simples, pedindo para que ele fosse até o balcão 440 na Rua solares. Ninguém nunca tinha pedido para o encontrá-lo ali antes.

Aristoteles,para ser franco,estava pouco se fudendo.

Ele estava muito curioso com tudo aquilo,ele não iria hesitar em ir ao local,até porque não tinha motivos para não ir. Ele era o mais forte. Se algo acontecece,o lugar iria pelos ares em segundos. Ainda sim,Aristoteles podia ter uma ideia do que se tratava todo aquele encontro secreto. Ele já estava preparado. Então,se aproximou do balcão e empurrou o portão.

Já estava aberto.

Lá dentro,como o esperado,estava tudo muito quieto. Teles observou em volta. Um ser humano normal não teria percebido nada de diferente. Mas era Aristoteles ali. E ele conseguia sentir. Sentir tudo....era tao divertido. Como entrar num ninho de cobras.

17?não...20!20 aqui dentro?
porque tanta gente?Oque estavam planejando?seus corações estavam acelerados....

haha que fofo.

— vão logo e me digam oque querem,porque tem tanta gente aqui?

Abruptamente uma sombra pulou até em baixo, como um fantasma.

— Me chamo leia,vim negociar. Alex pegou as cinzas de nox,algo muito raro para os feiticeiros não? — disse a sombra. Era claramente uma mulher. Ela caminhava vagarosamente até Teles,em quanto isso mais duas sombras se juntaram ao seu lado.

— me desculpe mas quem é Alex? — Teles jogou a cabeça para o lado.

— não se faça de tonto. Você não se sente mal Aristoteles?não tendo todo o controle?oque será que eles vão fazer quando pegarem tudo para si?todas essas riquezas?

— sabe eu prefiro não conversar sobre isso com você. — Teles respondeu.

A mulher riu. Estava tentando provocá-lo. Provavelmente nunca o tinha visto de perto. Devia estar ansiosa. Curiosa. Queria tentar tirar dele algo. Mas Teles se acostumara ao longo dos anos com o tipo dela. Não iria funcionar.
Ela caminhou um pouco mais para perto,bem num centro de luz que vinha da rua. Teles foi capaz de ver o seu rosto. Traços firmes, cabelos negros e olhos âmbar.
— você só tem essa chance. — a mulher ameaçou.

— ou se não oque?

— se não...bom... — de repente várias pessoas pularam do alto para o chão,rodeando Aristoteles. Variando entre homens e mulheres,e cada um deles possuía uma especie de arma. — teremos que matar você.

— eu vou deixar um de vocês vivos,para que mande uma breve mensagem para esse tal de Alex. — Teles disse,sorrindo para aqueles que o rodeavam.

Como o imaginado,segundos depois de Teles abrir a boca,todas 20 pessoas que estavam naquele estabelecimento voaram em cima dele sem hesitar.
Bom,eles eram realmente suicidas. Foi estranho o fato deles nem sequer hesitarem. A mulher estava ali para um acordo certo?então porque as coisas acabaram tão rápido em morte?Isso era a ideia dela desde o começo?
Uma luz forte,azul escura,saiu das mãos de Aristoteles e explodiu em cima de todas as pessoas. Membros,órgãos e sangue voaram para todos os lados com a explosão,uma cena certamente terrível se diante de olhos humanos. Mas o dominador do universo não era humano. Teles observou cada braço,perna,olhos,tripas voarem, e quando o sangue das suas vítimas caíram sob seu rosto,ele sorriu.

— próximos?

Ele sentiu quando um homem tentou apunhala-lo nas costas com uma espada. Teles virou rápido o suficiente para segurar os dois braços do garoto —  que estranhamento não tinham sido levados com a explosão — e arrancá-los. Ele riu baixinho quando o sangue pingou no seu olho. Mas percebeu que talvez estivesse rindo alto demais, por que Leia o encarava com terror. Estava absolutamente assustada.

Mas oque ele podia fazer?aqueles eram são extintos. E era divertido. A mulher tinha feito uma escolha. Ele queria ter tido a chance de avisa-lá.

Mas ela imaginou desde o começo que aquele dia seria o dia de sua morte. Estava fazendo isso pelo seu mestre,pelos seus sonhos e seus planos,ela sabia e confiava nele para que as coisas funcionacem do seu modo. Ele iria revolucionar o mundo,e ela daria sua vida por ele. Foi com esse pensamento que ela levantou sua espada novamente, respirou fundo e foi para cima do monstro que estava a sua frente.

Teles sabia. Ele sabia que ela iria atacar antes mesmo dela pensar sobre aquilo. Era tão incrível,como ele podia sentir tudo,sentir o sangue das pessoas passando por suas veias,seus velhos e novos corações bombeando. Os cérebro funcionando ardentemente em busca de uma saída. Em busca de uma esperança. Não dessa vez.

Então quando uma luz vermelha como fogo veio queimando em sua direção,ele já sabia oque fazer.
Ele atravessou o estômago da mulher com a mão. Era nojento, mas era um dos treinamentos que ele tinha aprendido a anos. Tendo que empurrar sua mão em sacos de arroz, e logo depois em troncos de árvores. Era um tipo de golpe que necessitava de muito treinamento, alinhamento, força e técnica. E ele tinha acabado de fazê-lo com maestria.

Leia arregalou os olhos,ela tentou falar,mas nada além de sangue saiu de sua boca.

—vocês devem ser muito devotos,não?para aceitar morrer tão cruelmente por alguém. Isso me deixa até que bastante curioso. Queria que pessoas morrecem assim por mim também. — afirmou Teles.

Leia piscou. Uma lágrima desceu e fluiu pela ponta de seu nariz. Aristoteles se viu querendo abrir a sua mente para ler seus pensamentos. Estava triste, ele sentiu, mas por que?quem ela estava deixando para trás. Família?filhos?algum amante?
Ela não havia demonstrado fraqueza a ele nem um por segundo. Só ali, quase morta.
Com um som brutal Teles tirou o mão do estômago da mulher.

— seu idiota! — leia gritou, se esforçando muito para poder falar. — nem que morramos,nem que nós torture da forma mais cruel vamos parar de atacar!sabe porque? — leia puxou em dispositivo estranho de dentro do bolso. — porque fazemos tudo por ele. você é tão ingênuo em pensar que nós iríamos te chamar aqui a toa. Nós somos a isca seu filho da puta.

Seus dedos se mecharam sob o dispositivo e então tudo explodiu. Mas se Leia achava que poderia ser mais rápida que Aristoteles, ela estava enganada. Ele saiu ileso — sem contar um pedaço de sua calça queimada — por pouco,mais saiu. Teles não tinha, ainda,a capacidade de chegar a velocidade da luz, entretanto, ele podia ser bem mais rápido do que um acionador de bombas.
Naquele momento, já longe do galpão,observou em quanto tudo desmoronava e pegava fogo,e lembrou da frase."Você é tão ingênuo em pensar que nós te chamaríamos aqui a toa. Nos somos a isca"

Isca?claro. Ela sabia que ele não morreria por uma bomba patética.

— parece que eu mordi a sua isca não é?

Lírio Aranha: O herdeiro da água Onde histórias criam vida. Descubra agora