Alguns dias se passaram e a relação entre Taehyung e Jimin havia se tornado conturbada, trocavam poucas palavras, quando resolviam falar alguma coisa, já que tentavam ao máximo não conversar. O Kim realocou o rosado para outras funções, como por exemplo: fazer as compras da boate, preferiu organizar sua agenda sozinho. Claro que não iria demitir Jimin, ou coisa do tipo, era extremamente profissional, então preferiu se ocupar com outras coisas, essas que eram totalmente importantes. Trabalho e mais trabalho. Óbvio que sentia falta do baixinho, a algum tempo atrás não conseguia parar de pensar no mesmo, e depois que o beijou pela primeira vez, o tocou e foi tocado pelo pequeno, não conseguiu passar uma noite sem lembrar daquele dia.
— Taehyung? — ouviu a voz de seu primo, o tirando de seus pensamentos. — Escutou alguma palavra que eu disse? — Negou.
— Desculpe, Gukkie. — Suspirou. — Eu estava pensando.
— No Jimin. — Jeon complementou, então o Kim concordou. — Tae, sei que não mandamos nos nossos sentimentos, mas você não acha que está na hora do Jimin tomar uma iniciativa. Você não pode ser o único que corre atrás. Ele é meio doidinho e lento às vezes, eu sei. — O moreno riu — Mas se ele continuar sendo cabeça dura não vai ser saudável, para nenhum dos dois.
— Você tem razão. — Respirou fundo. Mesmo não acontecendo como queria, Jimin não havia aceitado seus sentimentos como o Kim fez, agora teria que seguir em frente, mesmo que sem o Park.
[...]
O som da porta de entrada foi ouvido, mas ignorado completamente pelo baixinho sentado no sofá em uma espécie de transe. Yoongi adentrou o apartamento, completamente cansado pelo dia corrido, passou reto para cozinha para beber água e só depois reparou no estado de coma em que Jimin se encontrava. Ainda com o copo na mão foi até a sala encarando o baixinho e sendo novamente ignorado por este.
— O que você está fazendo aí, bancando as visões da Raven?! — o amigo piscou algumas vezes até focar no outro.
— Não torra, Yoon. Eu realmente não estou bem. — tentou voltar ao estado de transe, mas foi interrompido pelo amigo sentando ao seu lado no pequeno sofá.
— Qual é, Jimin. O que está acontecendo? Você está assim por causa da briga com o primo do Gukkie? Se for isso, eu juro que vou dar um murro bem dado nessa sua cara sonsa já que você fez o contrário do que te falei e agora está aí com essa cara de bunda.
— Eu não estou... — pensou em mentir de novo, mas isso era impossível porque o mais velho o conhecia dos pés até o último fio de cabelo quimicamente tratado. — Está bem, eu estou assim por causa do Taehyung. Ele não fala mais comigo direito, mal um bom dia bem pra dentro, como se não quisesse mais estar perto. Ele me mudou de setor e a gente não tem contato nenhum, eu não achei que ele fosse se afastar completamente e eu entendo que eu reclamava sempre que ele estava ali me perturbando, mas agora eu sinto falta daquele sorriso idiota e convencido dele e ele nem sorri mais em momento nenhum, pelo menos não quando eu estou perto.
Jimin soltou tudo de uma vez, todo o turbilhão de sentimentos que ele vinha engolindo e já estava a ponto de sufocar. O amigo bufou ao seu lado, não de maneira aborrecida, e o puxou para um abraço acolhedor.
— Eu te falei, não falei? Você sempre complica as coisas Park Jimin, por que não admitiu de uma vez o que estava sentindo e evitou toda essa confusão? O Taehyung gosta de você, pelo menos foi isso que o Gukkie falou, só que ele cansou de correr atrás, uma hora cansa já que a pessoa em questão se diz 'não interessada'. — um bico já estava formado nos lábios do Park que tinha os olhos marejados e fungava evitando ao máximo chorar, afinal ele sabia que só estava passando por aquilo por escolha própria.
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Entre beijos e protestos!
HumorPark Jimin, um jovem estudante de dança está a procura de um emprego e o seu maior inimigo é uma boate muito popular em sua rua. Seu ódio se torna cada vez mais palpável à medida que a música alta incomoda suas noites de sono e seus sonhos com seu i...