Capítulo Onze

325 38 7
                                    

| Sábado - 21 de Janeiro - 2017

Olho pela a janela da cobertura Bonten, a noite brilhava enquanto meu coração apertava com saudades de um irmão que não tenho, de uma vida que nunca possuí, depois do meu trauma, não reconheci meu irmão Kisaki, aos poucos fui recobrando a consciência com as terapias de choque e pensar que tinha certeza de me manter longe de Manjiro...

Meus cabelos negros estavam longos, iam até os joelhos, meus olhos pernaneciam verdes, estes que eu acreditem que iriam escurecer, mas não aconteceu, estava tão distraída com meus sentimentos aquele que nunca existiu que não ouvi a porta abrir, então assim que senti braços gelados em volta de minha cintura, não consegui segurar um grito, peguei uma bola de vidro e rapidamente acertei no rosto de quem me abraçava.

━━━━━━ ◦ 🫧 ◦ ━━━━━━

Passo um algodão com remédio na sobrancelha de Mikey que se encontrava abraçado em meus quadris e mostrando o rosto apenas o suficiente para que eu cuidasse.

- Me desculpa amor, eu achei-

- Que era um bandido? Meu bem, ninguém é doente para entrar aqui sem permissão... - Sua voz é mais fria e seca do que antes, mas com minha interferência, passou a frequentar terapias para se expressar melhor comigo, depois de ouvir um boato que eu o deixaria.

- Eu achei que era um espírito, um demônio, sei lá... - Coloco um bandeide no seu machucado e sou atacada por ele que agarra meu rosto e me beija.

- Esta acordada até tarde, o que você tem, você tem uma mania de sono... - Ele ficava nervoso e muito paranóico quando falo de meus sentimentos que nasceram de minha imaginação, logo recomessa a remarcar tratamento e isso eu odeio.

- Você voltou tarde, fedendo a bebida e a fumo, vamos comparar?

- Desculpa, quer que eu pare? - Sua voz para qualquer um pareceria de deboche, mas no fundo, eu sabia o que era, suas mãos tremulas e agarradas em minha roupas o entregavam.

- Não, não voltando bêbado por mim não tem problema - Dou de ambros e me deito na cama o empedindo de deitar comigo.

- O que foi?

- Ninguem dorme comigo fedendo, vai tomar um banho ou dorme do lado de fora - Resmungo ao sentir minha cabeça latejando, tomo o remédio que o médico me receitou, sentindo minha nuca queimar.

- Fumie...

- Oi? - Ponho a mão na testa resmungando um pouco.

- Se um dia eu morrer, você se mataria para ficar comigo?

- Não, boa noite e vai tomar banho - Me viro apagando o abajur deixando o quarto escuro e sinto ele me abraçando por trás, mais forte que o de costume e quando estava quase dormindo, quase pude ouvi-lo falar uma coisa estranha.

- Se eu morrer, vou planejar sua morte em seguida, me recuso a te deixar seguir em frente com outro...

Talvez a pílulas estivessem me deixando mal do juízo, não é?

Fim

Olá, agradeço a todos vocês que leram até aqui, foi minha primeira fanfic terminada e gostaria da opinião de vocês com o final para melhorar nas próximas!

DIA DE OUTONO Onde histórias criam vida. Descubra agora