"você deixou aquela sua blusa, aquela azul escura aqui!"
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pedro tófani point of view ___________________________________________
ganhei corridas no qatar, agora, seis meses depois da última vez que vi o joão, estou finalmente voltando a são paulo, não posso negar a saudade que estou dele... também não posso negar o medo de finalmente termos uma conversa sobre nossos sentimentos um pelo outro sem que esse diálogo envolva ódio e discórdia.
eu anotei no meu caderno um "João: prós e contras" pra que eu tivesse certeza que ele é a pessoa certa, mas aquilo só me deixou com mais dúvidas então joguei o papel fora.
gosto da sensação de voltar pra casa, é um alívio... mas talvez esse sentimento não seja literalmente a minha casa...algumas pessoas são lares. Acho que alguém aí é o meu.
20:40 cheguei em são paulo. estou aflito e nervoso, milhões de " e se...?" na minha mente, minha blusa azul escura, por mais que sempre tenha sido confortável, faz eu me sentir sufocado. nesses momentos tudo faz eu me sentir assim.
21:02 meu motorista chegou. a ansiedade é tanta que ao parar o carro, dá para sentir ele se "chacoalhando" graças á minha perna que não para de tremer.
21:20...estou no elevador, prestes a finalmente reencontrar joão. estou sozinho.
21:21 e o som de três batidas na porta chega aos meus ouvidos. é isso, não tem pra onde fugir. ele já ouviu.
— quem é?! — a voz angelical do homem ecoou. eu não consegui responder, fiquei paralisado. — puta merda, quem é?! — ele disse num tom um pouco mais alto e abriu a porta rápido. ao me ver, ficou alguns segundos calado
— p-pedro... — ele gaguejou com um sorrisinho.
— oi joão, quanto tempo né? — eu sorri coçando a minha nuca
a confusão de sentimentos não durou tanto assim, logo após oque eu falei joão vitor me puxou pela camisa e me prendeu na porta. antes que eu pudesse esboçar qualquer tipo de reação, fui surpreendido com um beijo.
comigo em cima do seu colo, no sofá, no meio da sala...resolvi finalmente dizer algo.
— realmente esperou todo esse tempo por mim? — perguntei olhando profundamente em seus olhos
— eu esperaria milhões de anos...é um amor tão inescapavel que sobreviveria à todas as vidas. e oque são 183 dias perto disso?! — ele me disse enquanto passava suas mãos entre meus fios de cabelo.
eu sorri bobo com a fala dele...mas no fundo com medo de não ser verdade.
eu dormi na casa dele, foi um reencontro ótimo. não vejo a hora de acordar de manhã e ver esse rapaz ao meu lado.
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OO1: não sei se vão gostar do capítulo, mas espero que gostem!
