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-‹←‹← Nossa Responsabilidade →›→›-<<°✿°>>
O sol estava alto no céu, sua luz ofuscante brilhava através das rachaduras das folhas da árvore, caindo em cascata em várias pétalas. Raios de luz refletidos nas folhas úmidas fazem com que a água que nelas se vaporiza e volte a subir como parte do ar onde nasceu. O orvalho pousou em suas bochechas suavemente como beijos da própria Grande Mãe antes de Neteyam acordar sua irmã do banho de sol com um toque, percebendo que ela estava se afastando da conversa.
O conselho de guerra já estava acontecendo há algum tempo, o clã elogiando Neteyam por seguir os passos de seus pais e os dois por serem profundos guerreiros. As crianças ouviram, reconhecendo que este era o único resultado da orientação e ensino do clã, e ouviram o seu pai prometer-lhes lealdade e soberania.
No ambiente incandescente, At'anau captou movimentos pelo canto do olho. Ela identificou seu irmão que estava ao seu lado há um piscar de olhos, escapando da reunião.
Pela mudança de postura, a menina percebeu que seu irmão também tinha visto o irmão mais novo deles sair dali. Sutilmente, o menino mais velho olhou para os adultos que aparentemente não tinham notado o desaparecimento do filho devido a todo o retorno positivo que receberam um do outro.
Neteyam percebeu que sua irmã não importava muito com o seu futuro no clã, talvez porque ela estivesse na ilusão de sempre poder acompanhar seu irmão. Ela definitivamente conseguiria fazer isso, se não fosse pelas tarefas que ela era designada para fazer. Ela apenas estava sentada ouvindo a pregação e os elogios do clã, juntamente com futuras abordagens e gerenciamento de crises deles.
Neteyam foi escolhido para ser o próximo comandante do clã quando sua hora chegasse, por ser o primogênito dos gêmeos, mas verdade seja dita, nenhum dos pais tinha certeza de quem tinha o direito legítimo de ser chamado de primogênito oficial. No entanto, At'anau deixou claro que preferia dormir com morcegos do que se tornar Olo'eyktan.
Ela desejava fazer nada menos do que guiar com sucesso o clã para a vitória em todos os sentidos, mas ela era uma conselheira, não uma líder. Ela lutaria pela liberdade e assumiria toda a responsabilidade sozinha, desde que fosse toda a responsabilidade dela. Bem consciente de sua alma imprudente, ela não era perspicaz em tomar as decisões racionais corretas quando necessário.
Quando a reunião terminou, as duas crianças se afastaram dos pais sem dizer uma palavra. O mais velho tocou em seu comunicar pendurado em seu pescoço antes que sua irmã o impedisse. Fazer com que todos os comunicadores estivessem conectados entre si faria com que seus pais ficassem imediatamente cientes da situação.
E as duas crianças, não sendo delatores com coisas pequenas, como perder o conselho de guerra para poder vagar pela floresta depois de uma batalha com as pessoas do céu, que ainda poderiam retornar a qualquer segundo, eles não queriam correr para a mamãe para denunciar o seu irmão.
Neteyam olhou para sua irmã, cujos os Lagartos Leque giravam acima de sua cabeça.
- É o Lo'ak, ele provavelmente está atrás de uma árvore aqui perto. - Neteyam encolheu os ombros, convencendo a si mesmo e a sua irmã, embora não fosse um fato muito distante. Lo'ak não iria a nenhum lugar perigoso sozinho. Isso se ele estivesse sozinho.
- Tsenga tok Kiri? (Onde está a Kiri?)
Os dois reviraram os olhos em sincronia com a voz da avó e suspiraram de irritação. Depois que At'anau garantiu que levaria a irmã à tsahik assim que a encontrasse, os dois filhos seguiram pela aldeia para procurá-la. Não demorou muito para perceber que nenhuma das outras crianças estava na fronteira da aldeia, incluindo a mais nova, Tuk.
- Temos que contar para mãe e pro pai. - Neteyam disse enquanto faziam sua segunda viagem pela pequena aldeia. At'anau pensou nisso por uma fração de segundo antes de seu comportamento mudar e ela balançar a cabeça.
- Ok, vai.
Neteyam franziu as sobrancelhas observando sua irmã caminhar na direção oposta em direção às Montanhas Aleluia.
- Ei, espere, aonde você está indo?
- Vou verificar o perímetro rapidinho de cima. - A garota ajustou os dois fones de ouvido enquanto caminhava em um ritmo acelerado em direção às montanhas. - Eles não podem ter ido longe.
Neteyam balançou a cabeça pelas costas da garota.
-O quê? Não! - Ele caminhou ao lado dela, mas não teve nem mais um segundo para insinuar razões pelas quais ela não deveria ir além da fronteira.
- Se eles não estiverem em lugar nenhum, eu vou direto pro Norm. - Ela insinuou, recebendo um olhar torto de seu irmão, pois parecia quase desejar quebrar as regras de seu pai.
A garota diminuiu os passos enquanto ainda ajustava o comunicador em volta do pescoço e da orelha e soltou uma risada ofegante pelo nariz .
- Vamos lá, poderoso guerreiro, tenha um pouco de fé em sua irmã. - Ela deu um tapinha na lateral do braço dele uma vez para tranquilizá-lo. - Ele não vai estar longe. - Garantiu At'anau ao seu irmão.
- Não com a Tuk. - Ela apaziguou, querendo acreditar nisso.
Os pais não sabiam a quanto tempo havia se passado, mas o eclipse chegaria logo e as crianças ainda não haviam voltado para casa. Em seus Ikrans, Neytiri e Jake vagavam por entre as montanhas flutuantes a procura da outra metade de sua família.
Quando Jake havia perguntado onde sua irmã estava, Neteyam respondeu ao encontrá-la com Norm, deixando-a de fora da procura pra além da fronteira de segurança. Ele silenciosamente esperava que ela estivesse no laboratório, mas conhecendo bem como ela era, ele tinha dúvidas.
Jake estava feliz com a sua filha, que havia procurado por soluções diferentes para um problema e não hesitou em pedir ajuda à tecnologia moderna independente da sua educação autenticidade.
- Cão Demônio, aqui é o Olho de Águia, câmbio. - A primeira chamada passou pelo comunicador deles, e Jake, o Cão Demônio, respondeu imediatamente.
- Olho de águia, o que você vê, câmbio. - Com os dedos apoiados no botão do transmissor, o pai esperou pela resposta.
- Estou de olho em alguns caras. - Lo'ak falou em tom abafado. - Eles parecem Avatares, mas estão completamente camuflados e usando equipamentos da RDA. - Ficou quieto por um momento antes dele continuar. - São seis deles, câmbio.
O pai trocou um olhar com a mãe, que começou a parecer mais confusa do que preocupada.
- Qual é a sua posição? Câmbio. -Jake perguntou e demorou um segundo.
Lo'ak hesitou antes de olhar para Spider e respondeu:
- Estamos na velha cápsula.
Jake imediatamente os localizou no campo de batalha e olhou para seu filho mais velho, que estava obviamente tão descontente quanto ele. Jake não perdeu uma única palavra que o filho disse e questionou:
- Quem está aí com você? - Ele nem usou uma linguagem profissional, pois era o pai deles falando agora.
- Eu, Spider, Kiri, ... - Lo'ak respondeu, beliscando a própria pele antes de responder entre os dentes cerrados - E a Tuk.
Neytiri respirou fundo olhando para o marido que cerrava os dentes por hábito e baixou a voz, expressando o peso da situação:
- Filho, você me escute com muita atenção. - Sua voz grave prosseguiu. - Afaste-se agora. Não faça barulho. Dê o fora daí, entendeu? - Para seu apaziguamento, o menino imediatamente obedeceu e respondeu:
- Sim, senhor, estamos nos retirando.
No ar, os dois pais seguiram o filho mais velho, que revelou ter se recordado de um atalho para o local que ele desejava que sua irmã nem pensasse em ir.
Do outro lado da linha, At'anau escutava tudo.
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ᵀʰʳᵒᵘᵍʰ ᵀʰᵉ ⱽᵃˡˡᵉʸ • ᴬᵒ'ⁿᵘⁿᵍ
Hayran KurguNão há dúvidas de que os laços pessoais entre gêmeos podem ser fortes, mas não há evidências de que esse vínculo seja algo misterioso ou inexplicável. Se ao menos um soubesse a dor que causaria um ao outro quando essa conexão se partisse. Os Na'vi d...