𝐛𝐞𝐫𝐫𝐲 𝐧' 𝐜𝐚𝐤𝐞𝐬 ♥ 𝐛𝐢𝐧𝐜𝐡𝐚𝐧

𝐥𝐨𝐥𝐥𝐢

✩ 🎀 𝒷𝒾𝓃𝓃𝒾𝑒 🎀 ✩

Com a chegada do final do ano, o serviço diminuía conforme alguns pacientes iam para a casa dos filhos e passavam as festividades por lá. Como consequência, podia passar mais dias dormindo em casa.

Mas numa sexta-feira comum, seus horários estavam livres pela manhã, e a alegria subiu pelos pulmões no clima frio ao pensar num café gostoso e algum doce. Já tinha em mente onde iria, só não sabia bem o por que se dirigia à confeitaria e cafeteria toda rosa e cheirosa. Era pelo delicioso muffin e um café bem quente, e apenas isso, certo?

— Com licença — o sino da entrada ainda soava bem baixinho quando Bahng já estava no balcão — Oi.

O bochechudo baixinho hoje usava o avental todo atrapalhado e tinha respingos de glacê pela roupa toda. E mesmo com o comprimento simples, sequer extravagante, ele só conseguiu dar um sorriso de canto, um oi quase mudo e em seguida arrastou os pés até a parte da cozinha, fazendo um barulho engraçado com as pantufas que eventualmente usava.

Menos de dez segundos depois, a visão do bochechudo atrapalhado foi substituída pelo sorriso gigante de Jisung.

— Você por aqui? — ele pôs as mãos na cintura, lembrando em seguida de desfazer do sorriso e tentar, ao menos tentar, ser intimidante.

— Uhm, fiquei com vontade de um daqueles muffins de gatinho que vocês fazem... — Chan olhou a vitrine, procurando o que queria, o que salivava só de pensar, ficando minimamente decepcionado — Estão com muitas vendas?

— Ahm, sim. Final de ano estamos sempre cheios de encomendas e precisamos diminuir a produção na loja. Mas temos outras opções, caso queira — Jisung explicou, espirrando álcool num pano bege e em seguida passando na bancada, disponibilizando que Bang ficasse ali.

Ele olhou, analisou e desistiu. Ter que escolher quando era pego de surpresa o deixava agoniado, por que decidir novamente algo que já havia sido decidido?

— Quer saber? Vou querer um mocca e o doce você me surpreende, tô indeciso — passou o dedo pelo queixo, bagunçando a vontade de comer todos aqueles doces e a ansiedade ardente na palma das mãos.

Jisung acenou a cabeça e sorriu, apreciado pelo desafio.

O café foi entregue primeiro, sendo seguido duma linda e rosada fatia de rocambole. Ele era todo enfeitado de morangos, com um doce entre as partes fofinhas que deixava qualquer um ao menos curioso.

— Aqui está... aproveite — Jisung deixou o pratinho e ia dando as costas quando se prendeu numa questão inquietante: — Por que você rejeitou assim tão fácil?

— Rejeitei o que? — Chris o olhou por cima da xícara de café, absorto naquele amargo viciante.

— O número, apenas deixou aqui. Mas agora está aqui mais uma vez e não me parece afetado, sequer parece pensar nisso.