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Após a comemoração da festa de aniversário, Luisa e Marcelo terminaram em mais uma noite avassaladora. Não precisamente selvagem como muita gente por aí, apenas seus corações batendo em sincronia, e suas mãos traçando cada centímetro de pele, ao mesmo tempo que professaram mutuamente seu amor profundo em palavras murmuradas ao pé do ouvido. Não existia nada mais importante que se sentir amada por sua família e no final do dia passar horas a fio nos braços de Marcelo, sabendo que entre eles estava o seu filho tão sonhado, e além disso sem ninguém para impedir sua felicidade com mentiras, tramóias, brigas e mal entendidos.
Após o estalo do último beijo antes de dormir, eles conversaram. Era um doce hábito que haviam adquirido ao longo do casamento.
— Esse foi o melhor aniversário de todos, desde que minha família partiu a anos atrás. Muito obrigada por tudo meu amor. — Disse olhando para seu marido, que sorria completamente rendido com tamanha beleza.
— Não precisa me agradecer por isso, eu fico muito feliz e realizado de te ver assim, completa, amada. É o mínimo que eu posso fazer pela mulher da minha vida, a mãe dos meus filhos, a pessoa que meu coração escolheu amar desde a minha adolescência. Eu te amo tanto Lu, a sua felicidade é a minha. Agora nesse casamento nós somos um, e no que depender de mim, eu dou a minha vida pra te ver sorrir. — Marcelo a puxou para mais perto encostando suas testas, e ao olhar aqueles olhos verdes, agradeceu a Deus por tantas bênçãos. Pousou a mão na barriga dela de cinco meses e a beijou.
— Sabe o que as meninas estão implorando pra fazer? — Luisa falou enquanto vestia sua camisola.
— O que meu bem?
— A Clau CISMOU em fazer aquela coisa brega de chá revelação, aí Marcelo você podia pelo amor de Deus convencer aquela criatura teimosa que eu não quero fazer isso? — Ele olhou pra ela todo bobo pedindo pra topar a ideia da cunhada.
Luisa o olhou revoltada, tudo estava conspirando contra si.
— AH NÃO MARCELO! Pode ir tirando essa carinha de pidão daí, eu não vou fazer chá revelação, isso é ridículo. —Marcelo decidiu não contrariar e a fez se acalmar.
— Lu? Minha baixinha marrenta diz pra mim, porque você não quer nem saber disso? A Cláudia só quer fazer algo especial pra vocês duas.
Luisa enumerou cada uma das razões com explicações parecendo uma promotora sem compaixão de nada e ninguém.
— Meu amor, o que mais importa é saber se vamos ter um menino ou uma menina, certo? — Ele concordou — Pra quê nós vamos encher a casa de gente, fazer uma decoração gigantesca, contratar um buffet, ou sobrecarregar a Nancy com isso, pra gente abrir um envelope e depois de cinco minutos a emoção acaba logo? E fica uma bagunça daquelas pra gente arrumar? Fora que essa festança toda é mais pra gente do que pro bebê. Eu não gosto, não me sinto confortável e nem quero ficar me desgastando com uma festa enorme dessas.
Marcelo a abraçou e sugeriu uma proposta diferente.
— É. No fundo você tem razão. — Luisa comemorou e o encheu de beijos. — Mas em vez disso, porque não fazemos uma gincana divertida? Você quer saber o que vai ser, não é?
— Eu queria suspense, mas eu sei o quanto você sonhou com isso Marcelo, e eu também odeio ficar curiosa, então nós vamos saber se vem um príncipe ou uma princesa.
