Gabriella Lima
A gente já estava numa salinha havia uns vinte minutos.
Estava igual no salão, esperando o nosso horário para eles fazerem nosso corte.
A Vitória e a Pamela estavam o tempo todo reclamando.
Gabriella: Vocês ficarem reclamando não vai mudar nossa situação - falei.
Pamela: Cala a boca! - mandou. - Ninguém aqui está falando com você - disse.
Gabriella: Tá bom, cabeça de coco! - falei. - Daqui a pouco eu vejo teu globão direitinho.
Ela bufou de raiva e encarou até a minha alma.
Pamela: Fica brincando com a minha cara. Quando eu te pegar na rua, eu vou te matar - falou.
Gabriella: Tá vendo, amiga, como ela é perigosa? - perguntei.
Fingindo que estava com medo.
Sofia: Nossa amiga, que medo da tanajura - falou.
Pamela: Vocês são duas ridículas, por isso são amigas. - disse.
Sofia: Vocês são duas putas, por isso são amigas. - falou.
Pamela se levantou e partiu para cima da Sofia.
Vapor: Ae, caralho! - chamou. - Te senta nessa porra aí, tu não tá na tua casa, não - falou.
Ela se sentou no lugar dela.
Vapor: Querem ficar latindo? - perguntou. - Latem, mas se comportem como gente - disse.
Assim que ele terminou de falar, a porta foi aberta.
Entrou outro vapor e logo em seguida o Talibã.
Talibã: O que diabos elas estão fazendo aqui? - perguntou.
Vapor: Estavam se matando lá no meio da praça. - falou. - Passei o radinho para o senhor, e você mesmo mandou que passássemos à zero.
Ele me encarou e depois voltou a falar com o vapor.
Talibã: Podem passar à zero! - Ordenou.
O vapor pegou a máquina.
Talibã: Por que vocês ainda não tinham feito? - perguntou.
Vapor: Estávamos passando em outras seis minas. - explicou.
Talibã: As que estavam brigando no beco 17? - perguntou.
Vapor: Essas aí mesmo! - confirmou. - Já foram liberadas, e já estão andando carequinhas aí pelo morro. - disse.
Talibã riu.
Talibã: Façam um trato com essas aí. - Ordenou.
Olhou para mim e para Sofia.
Talibã: Vocês duas! - apontou para nós. - Venham comigo! - Ordenou.
E saiu da sala.
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Fusão (Morro)
Fiksi PenggemarIsso que é vida "Só quem se arrisca merece viver o extraordinário."