Capítulo 28

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Gabriella Lima

Já eram umas oito e pouca.

E eu já estava em casa.

Já havia me banhado e trocado de roupa.

Eu tava deitada na minha cama, enquanto mexia no celular.

Ouvir minha mãe me gritar.

Adriana: Oh Gabriella! - chamou.

Levantei da cama e saí do quarto.

Fui em direção a sala, e ela estava sentada no sofá.

Gabriella: Precisa de algo? - perguntei.

Adriana: Que história é essa, que você brigou em praça.

Me encarou serinha.

Gabriella: Eu só me defendi. - falei.

Ela apontou pro sofá.

Adriana: Senta agora! - ordenou.

Me sentei e ela se levantou, parando na minha frente.

Adriana: Eu não criei filha para estar brigando por macho, não. - disse.

Gabriella: Em nenhum momento eu briguei por macho, eu só tava defendo a minha dignidade. - falei.

Adriana: Não importa, Gabriella! - afirmou. - Você não parou para pensar que não pode haver briga no morro? - perguntou.

Gabriella: Eu tinha me esquecido, eu só tava com raiva no momento. - expliquei.

Ela me analisou inteira.

Adriana: O que você fez para continuar com cabelo? - perguntou.

Gabriella: O Talibã me liberou. - falei.

Adriana: E a Sofia? - perguntou. - Vi que ela também estava metida nisso.

Gabriella: Ele também liberou ela, só as outras duas que tiveram seus cabelos cortados.

Adriana: Você sabe que se não tivesse ficando com ele, ele não te liberaria né? - perguntou.

Assenti com à cabeça.

Gabriella: Ele nem teria porque passar por cima de suas próprias regras.

Adriana: Isso mesmo! - afirmou. - Eu não quero mais ouvir falar, que você está metida com essas garotas.

Assenti.

Adriana: Entendeu? - perguntou.

Gabriella: Entendi, mãe! - afirmei.

Adriana: Se eu sonhar com isso, você vai se ver comigo, e não vai ter Talibã que não deixe cortar teu cabelo.

Gabriella: Por que tá tão brava comigo? - perguntei.

Adriana: Porque eu não quero você metida em brigas, nem quero ninguém falando mal da minha princesa. - explicou.

Assenti.

Adriana: Isso é só preocupação, querida! - afirmou. - Não faça mais isso.

Gabriella: Não se preocupe, mãe! - falei.

Ouvimos bater no portão e ela foi até ela.

Ela abriu e logo deu passagem para alguém entrar.

Talibã: Desculpa o horário, dona Adriana! - pediu desculpas.

Fusão (Morro)Onde histórias criam vida. Descubra agora