𝐇𝐈𝐒𝐓𝐎𝐑𝐈𝐀𝐒 || "Ser um meio-sangue é perigoso. É assustador. Na maioria das vezes, acaba com a gente de um jeito penoso e detestável."
Onde uma pobre escritora iniciante cria pequenas histórias com o personagem Peter Johnson (ou Percy Jacks...
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TODOS OS JOVENS do acampamento meio-sangue estavam reunidos em torno da grande fogueira. Eles riam, conversavam, contavam histórias de terror e relembravam suas aventuras — tais que não ficavam muito distantes da categoria "histórias de terror".
Enquanto assava um marshmallow e conversava com uma de suas irmãs de chalé, Charlotte Lykaios pode sentir como se alguém estivesse a observando, o que ela achou estranho, julgando que poucas pessoas prestavam atenção nela e a conheciam.
Quando olha ao redor em um movimento extintivo ela percebe que realmente estava sendo observada, mas não era por nenhuma das garotas que viviam a tirar sarro dela por qualquer coisa que fazia ou roupa que usava, era por Percy Jackson. Ele não tinha uma expressão de julgamento, era algo mais parecido com admiração e Charlotte, como notou isso, achou que seria uma boa ideia dar um sorriso — o que fez o garoto abaixar a cabeça no mesmo instante.
Ao se dar conta do que estava pensando, a filha de Atena não conseguiu evitar dar uma risada dela mesma. Como qualquer pessoa poderia cogitar que Percy Jackson, o filho de um dos tres grandes, o garoto que tinha vitórias para se colecionar, poderia estar a admirando? parecia uma piada infame.
—— Lotte, pode ir pegar mais marshmallows na cozinha? Acho que os que trouxemos não serão suficientes. — Malcolm Pace, um dos irmãos da garota, pede.
—— Claro que não serão suficientes, só você comeu mais da metade deles. — A garota implica enquanto se levanta.
—— Você ainda 'tá falando? vai logo garota. — Ele faz sinal que iria atirar o graveto que estava usando para assar os doces, o que fez Charlotte sair correndo enquanto ria.
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Chegando na velha cozinha do acampamento, a Lykaios chamou por algum responsável da área, já que os campistas não tinham permissão para entrar no local. Como não obteve resposta, estava pronta para voltar para trás, mas avistou um pacote dos doces em cima de uma bancada.
Assim que esticou a mão para pega-lo, alguém foi mais rápido.
—— Ei, eu vi isso primeiro! — Charlotte se virou com raiva, mas parou rapidamente quando percebeu quem estava lá.
—— Você pode ter visto primeiro, mas quem pegou foi eu. — Percy falou, chacoalhando o pacote.
—— Isso é falta de cavalheirismo sabia, Perseu? — Ela cruzou os braços.
O garoto arqueou a sobrancelha, o que fez Charlotte ter certeza de que ele se sentiu ofendido pelo uso do seu nome verdadeiro.
—— Ah por favor, nem minha mãe me chama assim.
—— Assim como? — Lotte questionou.
—— "Perseu". Pelos deuses.
—— Não acredito que você está querendo me privar de usar seu verdadeiro nome.
—— Não estou querendo te privar, apenas acho estranho.
A filha de Atena soltou uma risada. Depois disso, um breve silêncio pairou sobre eles por dez ou talvez quinze segundos e então, ela se lembrou o que estava fazendo ali.
—— Então...eu posso levar isso, Percy? — A garota apontou para o pacote azul na mão do loiro.
—— Hum, não. Isso fica pra mim. — Ele fala e simplesmente anda rumo a saída.
—— Volte aqui! isso é meu, garoto!
Ela estava pronta para ir atrás dele, mas achou que não valeria a pena o esforço de precisar lavar todos os banheiros por ter agredido um campista fora do campo de batalha.
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—— Você demorou. — Malcolm reclamou. — Seu TDAH está atacado, não é? cadê o doce que eu pedi para trazer?
—— Não tem mais. — Ela se senta ao lado do irmão, com os braços cruzados. — Eu achei que aquele Percy era um pouco mais gentil. Você acredita que ele...
—— Falando de mim, Lykaios?
Ela olhou para o lado e sentiu suas bochechas queimarem de imediato.
—— Ah, acho que vou ali. Até mais. — Malcolm se retira enquanto segurava o riso.
—— Ah...— Ela procurava palavras argumentativas que não a fizessem parecer uma idiota. — Eu estava apenas compartilhando a minha nada agradável interação com o filho de poseidon.
—— Como você é falsa. — Ele joga o pacote aberto nela. — Enquanto você falava mal de mim, eu guardei metade para você.
Nesse momento, ela se sentiu mal por ter destinado xingamentos horríveis para ele. Apesar do mal encontro, ele foi até que generoso.
—— Me desculpe, senhor sensível. Não foi minha intenção ferir seus sentimentos. O que posso fazer para que me perdoe?
—— Eu não sou sensível, foi você quem ficou ressentida por não conseguir pegar um pacote de marshmallow! — Percy retruca, enquanto se abaixa para sentar ao lado da cacheada. —— Quero metade disso aí.
—— Eu não fiquei ressentida. Por acaso foi eu quem me senti atacada por ser chamada pelo nome verdadeiro? e outra...— Ele enfiou um dos doces azuis na boca dela, o que a fez parar de falar no mesmo instante.
—— Apenas coma e fique quieta, Lykaios.
A garota estava pronta para retrucado, mas a vontade de rir superou sua raiva. Talvez, se ignorar a falta de educação e cavalheirismo, o filho do deus dos mares não seja um garoto tão mal assim.
——
e é com esse capítulo que venho anunciar o fim desse livro de imagines.
eu adorei a experiência de compartilhar minhas histórias com vocês.
