War Gods

Princípio

     Em uma cidade no norte do Japão chamada Gifu, a família Humanako se preparava para receber a maior dádiva, assim chamava o filho primogênito independente do sexo.  Era uma noite tempestiva, uma chuva forte, acompanhada de trovões, raios e uma ventania indescritível, a noite era sombria e escura, não era possível ver nada, o nevoeiro reinava pelas ruas, e em meio a toda essa confusão Tsunade entrava em trabalho de parto, de repente um liquido escorreu pro sua intimidade e acompanhado de várias dores ela não suportou e acordou seu esposo.

─ Querido, eu.. eu, acho que a bolsa estourou. ─ Fala a mulher ofegando.
─ O que? ─ Responde Hayato seu esposo, em um tom sonolento  coçando os olhos.

─ Amor, o bebê vai nascer, pega o carro, aliás, me pega e leva pro carro. ─ Ordenava Tsunade.
─ Tudo bem... Tudo bem. 

Ele pegou-a no braço  e levou-a até o carro e conduziu o mesmo até o hospital, e exatamente a meia noite o bebê nasceu, na verdade "a bebê", era uma garotinha. Era forte e saudável, mas existia apenas um problema, ela nasceu com os olhos fechados e em nenhum instante ela os abriu, os pais da garota achavam que isso era normal, existia casos de recém nascidos nascerem com os olhos fechados e depois de alguns dias abrirem. 

Alguns minutos após o parto Hayato foi ver sua esposa, que provavelmente estaria exausta, mas a curiosidade tomou conta dele.

─ Amor? ─ Falou sussurrando para verificar se ela estava acordada.
─ Estou acordada, venha ver nossa princesinha.

─ Esperei tanto por esse momento. ─ Falou ele com um sorriso esboçado no rosto.
─ Ela é linda, só não abriu os olhos até agora isso é um problema?
─ Não sei! ─ Falou ele com um tom preocupado.
─ Amor, nossa pequena não merece sofrer tão nova.

─ Tsunade, nós cuidaremos dela, nós a amaremos. ─ Falava num tom  consolador e esperançoso.
─ Então esse é o momento certo para escolhermos o nome dela. 
─ Tem algum em mente?

─ Kyo Humanako. ─ Ela falava com um sorriso esboçado no rosto, demonstrando satisfação.

─ Porque esse? ─ Hayato a indagou.
─ Em homenagem a minha mãe, que morreu heroicamente para salvar a vida de meu pai em um ataque terrorista.

─ Perfeito, então assim se chamará nossa garotinha.

     Para estragar o prazer e a felicidade de todos a enfermeira entra e pede o bebê para levar para o berçário.

─ Muito bem pai e mãe, o momento de amamentar já acabou, preciso levar a pequena para o berçário, e você Sra. Humanako precisa descansar. Dê a ela um Descanso Sr. Humanako. ─ Fala a enfermeira  com um sorriso no rosto.

─ Tudo bem! ─ Fala Tsunade despedindo-se do bebê com um beijo no topo da cabeça, entregando-o para a enfermeira.
─ Tchau pequenina do papai. ─ Despede-se Hayato.
─ tchau mamãe e papai. ─ Fala a enfermeira sussurrando, e sai do quarto.

─ Querido, preciso descansar. ─ Falava em meio  a um bocejo.

─ Descanse, vou tomar um  café, amanhã veremos nossa princesa, e iremos para casa. Tchau meu rubi.

                                                                                     ✠✠✠

     No Hawaii, nascia um garoto, com os mesmo sintomas da "doença" de Kyo. Na noite que o garoto nascia, era uma noite estrelada, com a lua cheia, os lobos uivavam, as corujas rasgavam o céu, e os corvos rondavam a casa cantando a melodia da morte. A casa dos pais do pequeno era situada no alto de uma colina, ao redor de uma floresta morta.
Os pais dele era uma família satânica, perseguidos por várias gerações, eles sabiam que a tirania Valentine eram os mensageiros do Diabo pelos rituais que faziam em cemitérios. Na noite do nascimento, os moradores da pequena cidade que eles moravam, se reuniram a meia noite em marcha com tochas e armas, eles sabiam que algo iria acontecer, pois era Sexta-Feira 13, com lua cheia vermelha. O pai de Jimmy, Seth, olhou pela janela e viu algo na cidade, e disse pra sua esposa.

─ Maxine, eles estão vindo. ─ Disse Seth com um tom de preocupação.
─ Quem Seth? ─ Diz Maxine assustada.
─ A cidade inteira está a vir ao nosso encontro, com tochas, acho que vão nos matar, eles sabem. ─ Seth pronunciou as palavras com determinada frieza.
─ Como Seth? Agente nunca foi a cidade.
─ Eles sabem do Clã Valentine.
─ O diabo não poupou recursos pra anunciar a vinda de Jimmy. ─ Ela se contorce de dor ─ Seth... Seth, é agora Seth. ─ Clamava Maxine sentindo dores de parto.

     O jovem casal, tinha apenas alguns minutos para ter a criança, depois de 58 minutos, o bebê nasce, só que era tarde demais, a multidão enfurecida já estava pondo fogo na pequena casa, algo começa a brilhar próximo a porta dos fundos, o brilho enorme toma a casa, e uma mulher alta de cabelos escuros, com uma capa vermelha e armadura prateada com detalhes em dourado, da alguns passos em direção a Maxine e diz:

─ Maxine, você sabe que vai morrer aqui, então salve o guerreiro, esta escrito e decretado por Lúcifer a sua morte, ah e mandou dizer, obrigado pela lealdade de tantas gerações.
─ Quem é você? ─ Fala Maxine abraçando Jimmy .
─ Não importa, você tem apenas 40 segundos para me entregar a criança, aquela porta de carvalho não vai aguentar muito tempo. ─ Falava a mulher misteriosa com um tom alterado.

Maxine, sem saída, se despende do bebê com um doce beijo na testa, e entrega nas mãos da desconhecida o seu filho.

─ Tudo bem, se é pra morrer, vamos morrer como nossos antepassados, lutando. ─ Fala Seth ao entregar uma espada a Maxine.

A Desconhecida, se vira e com a mão direita, abre um portal brilhante, um último olhar e uma simples frase.

─ Com honra Valentine's.