Princípio - Parte 3

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     Era madrugada, estava frio, porém não tão sombria, tudo estava calmo, quando um som de choro ecoou pela casa que estava em tremendo silêncio, Tsunade acorda-se, seu olhos fitam exatamente no relógio no criado mudo ao lado da cama, são exatamente 03:00 da madrugada, ela coça seus olhos e solta um leve bocejo, enquanto preguiçosamente levanta-se, seus passos são calmos e silenciosos até o quarto da pequena, quando ela coloca a mão na maçaneta e vai abrindo a porta com certa cautela, ela vê uma sombra enorme na parede, "o que é isso?"  Seu subconsciente bradou.
A pequena ainda chorava, mas o medo tomava conta de Tsunade, e novamente o subconsciente lembrou-a que ela tinha uma missão de proteger sua pequena, ela corajosamente empurrou a porta de vez e já foi apontado o dedo e percebeu que a janela estava aberta com suas cortinas longas voando, a janela ringia, e certamente, não havia ninguém ali, ou se alguém esteve ali naquele momento conseguiu fugir. Com certo alívio ela respirou fundo e acendeu a luz pegando sua pequena no colo e sentando na poltrona de amamentar.

─ Por um segundo eu pensei na hipótese de te perder, eu.. eu, não suportaria. ─ Sussurrou ela com um tom aliviado.

A pequena aninhou-se no colo da mãe e logo pegou no sono novamente. A casa retornou ao silêncio, as 04:00 da madrugada já se aproximavam, e Tsunade ainda acordada, em um certo tipo de vigília, escutou ruídos vindos da cozinha, panelas batiam em um tom de melodia, um ranger de passos pesados na madeira mal colocada, e o vento soprou um pouco mas forte, novamente o medo cercou-a e ficando atemorizada ela fechou seu olhos respirou fundo e levantou-se para ver o que tinha, ao sair pela porta sem ter uma visão ampla das coisas por conta da escuridão, ouviu passos leves e cautelosos vindo em sua direção, ela agarrou ainda mas sua pequena deixando-a protegida em seu colo, e seu passos tornaram-se um tanto rápidos, quando preparou-se para atacar seu suposto inimigo percebeu que era seu marido, porém era tarde, ela já tinha dado um chute em seus testículos; Ele inclinou-se com a dor.

─ Argh. Esse barulho todo ecoando pela casa veio de você mulher? ─ Falou entre gemidos.
─ Eu é que pergunto, isso não é hora de alimentar-se na cozinha e fazer uma barulheira dessa. ─ Ela fala em um tom serio.

Com a discussão a pequena acordava e começará a chorar, Tsunade a balançava com agilidade, enquanto conversava com seu esposo, como se não acreditasse no que ele falava, como se estivesse arrumando uma desculpa esfarrapada, para justificar o barulho na cozinha.


─ Mas não fui eu, você sabe, eu estava dormindo. ─ Falava Hayato
─ Não venha com essa querido, tenho certeza que você estava comendo e está com medo de assumir. ─ Falou em um tom sarcástico.
─ Juro que não fui eu! ─ Ele cruzou os braços dessa vez falando um pouco mais serio.
─ Querido, chega de desculpas, preciso leva-la pra dormir, agora sim mas descansada, já que sei que minha pequena não corre perigo.

Ele franziu a testa e a palavra ecoou em sua mente "perigo", ele recordou-se do barulho e percebeu que esse mistério não foi desvendado, ele estava levando culpa de uma bagunça na cozinha, e a falta de atenção nos passos pesados pela casa, mas era sua obrigação descobrir se sua pequena princesa estava correndo perigo. Enquanto sua esposa colocava sua filha pra dormir ele retornou a cama, e pensou em algo.

 

                                                                                          ✠✠✠

     17:00 da tarde, a chuva castigava tudo lá fora, podia-se ouvir trovões fortes, e a ventania gritando. Dincley se abrigou em uma grande árvore morta, cheia de musgo e insetos, logo ela resolveu, ascendeu uma fogueira a moda antiga, algumas madeiras estavam molhadas, mas ela encontrou algumas secas, deixou as molhadas perto do fogo para secarem, e com sua capa vermelha e aconchegante, forrou o chão para o bebê descansar. No dia seguinte, Dincley acorda um pouco tarde, a chuva já tinha parado e o bebê estava acordado, ela olha fixamente pra ele e diz:

 —Como pode ser tão frágil? Esse corpo humano é tão insignificante, enfim, o que deve esta acontecendo la em cima? Será que o nosso amigo já mandou o Anael? Vamos bebê.
Ela pega o bebê o coloca nos braços, caminhando lentamente até o vilarejo mais próximo, a criança precisava se alimentar. Ao longe, abaixo de uma grande colina havia um pequeno vilarejo semelhante ao que passou no dia anterior, ela decide ir até lá a procura de uma jovem mãe pra amamentar o jovem guerreiro. Metros antes da chegada ao Vilarejo, Dincley decide tirar a bela armadura brilhante, ela novamente forra a capa ao chão e deixa delicadamente o bebê sobre ela. Dincley se afasta, e abre os braços, respira fundo, e como um raio de sol ao abraçar um espelho, Dincley começa a brilhar, um brilho ofuscante e divino, podendo ser visto de muito longe, ela flutua alguns centímetros do chão e como uma dança, ela volta ao chão girando devagar, ela já não estava mais com a armadura, ela agora estava com um vestido azul até os joelhos, com uma sandálias feita de couro, com várias cordas que elevavam-se até seu joelho, seu cabelo estava solto ao vento, ela decide mantê-lo assim, pois estava bonito e confortável. Ao chega ao vilarejo, como se era de se esperar, todos os cidadãos pararam para admirar sua beleza surreal.

—Tá de brincadeira né?—sussurra Dincley pra ela mesma.


Carregando o bebê com sua capa vermelha, ela chega a uma jovem moça, ela percebe seus seios avantajados e levemente caídos, sinal de que ela estava ou está há amamentar. A moça era bonita, loira de cabelos longos e cacheados, alta de olhos azuis, Dincley olha fixamente pra ela.

—Como você se parece com Atena. — Como? —Diz a moça
—"Am",nada nada,enfim,como é seu nome jovem?—questiona Dincley.
—Jasmine—Responde baixinho.
—Lindo nome,Dincley é o meu.
—Essa criança linda é sua?—Pergunta ao pedi-la.
—Por enquanto—Sussurra ao entregar.
—Ha—Fala sorridente para o bebê.
—Então? Você é mãe?—  Dincley questiona.

A expressão da jovem muda de imediato — Meu filho morreu horas após o parto.
—Sinto muito Jasmine, você gostaria de me ajudar com ele?
—Como?—Jasmine confusa.
—Eu não sou a mãe desse bebê, eu não produzi leite materno, pode amamenta-lo por algum tempo—fala Dincley "esperançosa".
—Oh, Claro, seria um grande prazer—Jasmine feliz.
—Você sabe de algum canto onde eu possa ficar? Que seja longe daqui?—Pergunta Dincley.
—"Am"...sim, sim, No alto daquela grande rocha tem um pequeno vale verde, perfeito para construir uma casa, providenciarei alguns homens...—é interrompida.
—Não,não,não precisa,eu cuido disso.
—Mas...

—Sem mas,eu faço isso,agora amamente por favor.

                                                                                         ✠✠✠
  
📌 Hello, está ai mas uma parte para vocês. Para organizar melhor as coisas,  decidimos postar as partes na Terça-Feira e no Domingo, ao menos por enquanto temos certeza disso. Qualquer coisa avisaremos. E não posso esquecer de agradecer a vocês, as visualizações, os votos, e peço que não esqueçam de comentar e votar, expressar a opinião e demonstrar se estão gostando. Espero que estejam ansiosos para o próximo. Beijos, cuidem-se. 

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