𝐓𝐇𝐄 𝐇𝐈𝐋𝐋𝐒 - 𝐓𝐇𝐄 𝐖𝐄𝐄𝐊𝐍𝐃 who are you to judge, who are you to judge? hide your lies, girl hide your lies only you to trust
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𝐋𝐈𝐋𝐈𝐓𝐇 𝐅𝐀𝐍𝐄 '𝘱𝘰𝘪𝘯𝘵 𝘰𝘧 𝘷𝘪𝘦𝘸.
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TODOS TEMOS SEGREDOS. Todos temos coisas que não queremos que ninguém descubra, algo tão importante para nós que ninguém pode saber. Mas algumas pessoas tem mais segredos que outras, segredos mais sombrios, mais profundos e mais perigosos.
Eu sei demais, descobri coisas demais. E quando você tem muitos segredos, não consegue controlar todos. Segredos são armas, porém armas que podem ser usadas contra você. E eu estou muito fudida.
—- Meu amor, você está bem? —- Meu namorado me pergunta novamente e noto que me perdi em meus pensamentos, de novo.
—- Sim, só estava pensando na minha mãe. —- Digo e ele não responde. Eu sei, minha mãe é um assunto delicado para ele, ela perdeu a cabeça com a morte do meu pai, e atualmente está em um hospital psiquiátrico. Não acho que ela seja louca, apenas tem uma ferida que não consegue curar, mas Hunter discorda, meu namorado acredita que ela é maluca e teme que eu enlouqueça também.
—- Você tem certeza que vai se mudar? A antiga casa de sua mãe pode te trazer péssimas memórias. — Hunter passa seu dedo pelos meus cabelos enquanto fala.
Desde quando meu pai morreu, há 15 anos atrás, me mudei para a casa da familia Hacker. Que sempre foram muito próximos de minha família. Mas tenho me sentido muito sufocada pela expectativa deles, sobre me casar com Hunter e dividir minha fortuna com ele, e obvio, cumprir o papel de uma esposa perfeita. Mas só tenho 19 anos, não sei se Hun é o cara que quero casar.
—- Aquela casa me trás boas memórias.—- Digo fechando os olhos cansada.
—- Hunter, meu filho querido —- A Camille, mãe de Hunter se aproxima com algumas mulheres, puxando meu namorado para longe.
Estamos em um daqueles eventos beneficentes de sua família. E tudo que eu queria era ir para casa. Me movo no sofá onde estou sentada. Me afastando um pouco daquela conversa fiada. Meus olhos rolam pelo grande salão e meu coração congela quando vejo um rosto familiar me encarando.
Vinnie Hacker. Ele está aqui.
Tenho certeza que estou petrificada, pois ele da um sorriso de lado. Vestido todo de preto com um copo de whiskey próximo aos seus lábios. Ele não devia estar aqui. Ele tinha se mudado, por conta da faculdade. O irmão de meu namorado estava morando em outra cidade, mas ele está aqui agora. E eu temo descobrir o porquê.
—- Por que Vicent está aqui? —- Pergunto alto chamando atenção do Hunter e as amigas de sua mãe ao lado.
—- Por que importa? —- Hunter diz em um tom arrogante. Ninguém odeia mais o irmão do que Hunter.
—- Ele voltou para casa. Meu filho mais velho vai trabalhar com os negócios da família agora —- Camille responde gentilmente para mim. —- Estou feliz de ter a família unida novamente.
Meu estômago embrulha. Ele voltou para ficar.
—- Eu não estou me sentindo muito bem. —- Respondo me levantando. —- Sinto muito, mas vou ter que ir para casa mais cedo.
—- Eu te levo —- Hunter responde com uma mão em minhas costas. Me despeço de Camille e suas amigas e logo saio do salão, mas não antes de olhar para trás para ver Vinnie uma ultima vez. Mas ele já não está mais lá.
O caminho foi um total silencio, minha casa é longe da de Hunter, mais ou menos 40 minutos. No lado oposto da cidade. Quando chego em casa me despeço de meu namorado e entro me jogando no sofá.
Minutos se passam até a luz piscar. Eu me levanto confusa enquanto a luz volta ao normal.
Respiro fundo. é coisa da minha cabeça.
Vou até a cozinha pegar alguma coisa para comer, mas paro imediatamente quando vejo uma caixa de madeira em minha bancada. O que. . .
Me aproximo e abro a antiga caixinha, uma bailarina gira enquanto uma canção toca. Junto a caixinha de musica tem um papel com um bilhete: "o inferno está vazio, todos seus demônios estão aqui"
Franzo o cenho confusa, e quando levanto o olhar eu congelo. Um homem com uma máscara preta e branca, com um corte em vermelho. Com um capuz que impossibilita eu ver seu rosto. Isso faz eu estremecer dando um passo para trás.
Minha mão abre a gaveta pegando uma faca sem tirar os olhos do mascarado em minha janela.
Mas solto a faca em um pulo quando um barulho de "toc-toc" soa em outra janela a minha lateral. Assustada eu me viro dando de cara com outros dois mascarados, um com a máscara totalmente negra e o outro com uma vermelha, que estava acenando para mim. Quando volto o olhar a frente, o antigo mascarado não está mais lá, ele foi substituído por outro, com a mascara prateada.
Minhas mãos correm pelos meus bolsos em busca de meu telefone. Ligando rapidamente para o porteiro do condomínio.
—- Senhorita Fane? —- Uma voz soa na linha.
—- Você poderia enviar um carro para. . .
Meus olhos piscam, para onde eles foram? não tem mais ninguém em minha janela.
—- Senhorita Fane? Está tudo bem?
Desligo o telefone em choque, engolindo a seco. A musica da caixinha termina. E sinto uma lágrima escorrer em minha bochecha.
O que eles querem? Por que voltaram? Eu sei quem esses mascarados são. E pior de tudo, eu tenho medo de saber porque estão aqui.
Keith Tyree Powers, com a mascara vermelha sangue. Filho de um banqueiro famoso.
Aaron Fane Banks, com a máscara preta. Filho de um famoso magnata da tecnologia.
Jordan Rowland Powell, com a máscara cinza. Neto de um senador corrupto.
E Vicent Cole Hacker, com a máscara tricolor. Filho de um empreendedor nos meios de comunicação.
