CAPÍTULO 6

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DRACO

Havia me mudado há pouco tempo, e depois de dias de mudança, trabalho, divórcio e fortes dores de cabeça. Tudo o que eu queria naquela noite de sábado era aproveitar meu filho e dormir.

Me sentei na sala e liguei a TV num desenho qualquer enquanto tentava alimentar Scorpius, que por sinal estava agitado que o normal. Demorou, mas ele comeu. Me deitei no sofá com ele por cima de mim, e quando ele pegou no sono, uma gritaria no andar de baixo o assustou e ele começou a chorar.

- Oh, meu amor! – Me levantei com ele no colo e comecei a fazer carinho em suas costas.

A gritaria continuou lá embaixo, enquanto isso, meu filho não parava de chorar.

A raiva subiu à cabeça e desci até o 801. Toquei a campainha uma, duas, três vezes. Quando ia tocar de novo abriram a porta.

E ali estava ela, a heroína do mundo bruxo, e a vaca que acordou meu filho.

Depois de uma pequena discussão ela tomou Scorpius dos meus braços, e aos poucos o choro foi parando.

Ver meu filho com a cabeça deitada no ombro daquela, como fazia comigo, se acomodando e brincando com outras crianças me fez sentir um calor no peito, que nunca havia sentido antes.

Astória fazia o papel de esposa, uma esposa quase perfeita. Mas como mãe, ela era horrível. Scorpius chorava, e ela nem ao menos se mexia.

Os primeiros passos, Plinky e eu que vimos.

Ele corria na direção de Astória e ela simplesmente fazia carinho na cabeça do garoto, como se ele fosse um animal.

E ver ele ali, daquela maneira, dando e recebendo carinho de uma completa desconhecida mexeu com a minha cabeça.

Ela voltou pra perto, trocamos algumas palavras e me convidaram pra ficar. Os Longbottom estavam grávidos.

- Draco, não sabia que cunhada era curandeira. – Ana se aproximou. Todos se envolveram na conversa.

- Ela se formou um pouco depois de sair de Hogwarts. – Bebi um pouco do whisky que havia pegado com Potter. – Ela se especializou em obstetrícia e pediatria. Ainda fez alguns cursos rápidos numa universidade trouxa, aprendeu bastante coisa com eles.

- Eu fui até o St. Mungus para a consulta e ela quem me atendeu. – A loira sorriu. – Ela é um amor.

- Realmente, Daphne é realmente uma boa pessoa. Tem um grande coração. Não sei como foi parar na Slytherin. – Sorri brincando com o líquido no copo.

- Ela é uma ótima médica. Você está em boas mãos. Ela fez meus dois partos e é a médica dos meninos até hoje. – A ruiva rodeou a cintura do marido com o braço.

- Me consulto com Daphne desde o dia em que descobri a gravidez, Blásio foi comigo e ficou todo bobo quando ouviu os corações dos bebês naquela máquina que os trouxas usam. – Luna Zabini acariciou a enorme barriga.

- Ela cuida de Rose também. Imagine a minha surpresa quando vi um ultrassom no St. Mungus. – Granger deu uma risadinha. – Acredite, você e seu bebê estão em ótimas mãos. – Granger sorriu. Nunca reparei no sorriso dela, não depois que ela arrumou os dentes.

Me permiti analisar minimamente a castanha. O tempo fez bem pra ela.

- Ela ficou muito bonita. – Zabini sussurrou se aproximando.

- Porra Zabini! – Ele riu.

- Mas é verdade. Ela ficou muito bonita. – O restante do pessoal continuou conversando enquanto eu me afastei um pouco junto a Blás.

Um novo começo. - DramioneOnde histórias criam vida. Descubra agora