Um novo começo. - Dramione

CAPÍTULO 14

DRACO

Saí desnorteado daquele apartamento. Meu filho não me queria por perto.

Scorpius preferiu ficar com Granger. Ele a preferiu a mim. E sua escolha me cortou por dentro.

Saí batendo a porta e fui seguido por Theodore e Harry.

- Espera, Draco. – Theo me segurou pelo braço.

- O que foi, porra? Vai defender ela também?

- Calma, cara. Você precisa respirar. Hermione não faria nada que pudesse machucar o Scor. Ela o ama. – Harry ajeitou os óculos.

- Já viu como ela olha e como ela cuida do seu filho? – Nott me soltou.

- Ela faz com Scorpius, o mesmo que faz com Rose. Cuida dele como se fosse filho dela. – Potter cruzou os braços. – Eu tenho certeza de que ela ficou mal depois que saímos.

Passei a mão pelos cabelos. A frustração estava começando a tomar conta de mim.

- Merda! – A raiva era tanta que acabei socando a parede.

- Vem, vamos esfriar a cabeça. – Theo segurou em mim e em Potter e então aparatamos.

Senti o vento frio bater no meu rosto e estávamos em Hogsmeade.

Entramos no Três Vassouras e fizemos os pedidos. Bebidas, desabafos, contei a eles sobre Luiza e sobre como apaguei depois do chá que ela havia deixado na cozinha. Os meninos cogitaram a ideia de que ela pudesse ter me dopado e ido embora, mas claro que a defendi.

Luiza era uma boa mulher. Não faria algo do tipo.

As horas foram se passando e voltei para casa mais calmo. Mas ainda estava triste por Scorpius.

Acordei com um barulho incessante. Bicadas no vidro. Era uma coruja. Abri a janela e peguei o jornal que ela carregava na pata, e a ave voou de volta.

Desenrolei o jornal e vi toda aquela confusão.

PUTA QUE PARIU.

Eu não conseguia acreditar que Granger seria tão baixa a ponto de fazer algo tão imbecil.

Desci até o apartamento dela assim que deixei o jornal sobre o balcão, mas fui recebido por um soco vindo de Pansy e um olhar de desgosto vindo de Hermione, seguido de palavras ríspidas.

Hermione saiu, me deixando sozinho com Pansy.

- Você é um imbecil, Draco. Hermione não fez isso.

Pansy parecia decepcionada.

- Como tem certeza, Pansy?

- Ela não te prejudicaria. Deixa de ser burro e vai embora. Preciso levar as crianças. – Minha amiga se aproximou das crianças que brincavam no tapete, completamente alheias ao que tinha acontecido.

- Eu vou levar Scorpius comigo.

- Ah, mas não vai mesmo. Eles estão sob minha responsabilidade. Você não vai levar ele. – Pansy me olhou daquela forma de novo. Achei melhor não confrontar.

Scorpius estava em boas mãos.

Fui embora junto de Pansy.

Procurei por Luiza no hotel onde ela dizia estar hospedada, e ela não estava lá. Liguei para ela, e nada. Mandei um e-mail, e nada de novo.

Luiza Carvalho havia desaparecido do mapa.

Fui para a empresa e olhares tortos me seguiam. As pessoas mais cochichavam do que trabalhavam, e aquilo me incomodava. Entrando na sala, avistei outro exemplar do maldito Profeta Diário. Resolvi folhear o jornal e o que encontrei me deixou ainda mais puto que antes.