2. A aventura começa

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#NerdNaQuadra🏐

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#NerdNaQuadra🏐

Me fazer de morto parecia a melhor solução naquela situação deplorável.

Tentei me lembrar de algum outro momento na minha vida em que me senti tão humilhado, mas aquilo estava anos luz à frente da incrível ideia de Chaewon de pintar meu cabelo antes de entrarmos pra faculdade. Então, além de um cabelo loiro que parecia grama queimada, a vida resolveu me dar uma vergonha que jamais esqueceria.

Fiquei estatelado no piso, sentindo o cheiro de sola de sapato e madeira, torcendo para que os outros pensassem que eu tinha desmaiado para pararem de rir de mim.

Naquele momento eu não sabia o que doía mais: meu peito ou meu orgulho.

— Ei, você tá bem? — o primeiro a chegar a cena do crime foi o responsável por ela, o idiota que tinha achado uma grande ideia largar uma bolsa do meio do caminho.

— Não posso responder, tô morto — murmurei contra o chão.

Foi bem nesse instante que duas mãos grandes e fortes me seguraram pelas axilas e me levantaram sem problema algum, como se eu não fosse um cara de 1,86 pesando 70kg.

— Tudo bem, Soobin? Se machucou? — a voz do meu pai estava alarmada e assustada, exatamente a mesma de quando pisei num rinque de patinação pela primeira vez e saí de lá sem metade de um dente.

Aquela voz grave e tremida que só significava uma coisa: não conta pra sua mãe senão ela me mata.

— Eu tô ótimo! Nenhum arranhãozinho — já que o plano de fingir desmaio tinha entrado pelo cano, a melhor estratégia era fingir normalidade.

— Lenço — meu irmão, que tinha sido o único jogador a se aproximar de nós, soltou a palavra mais aleatória que eu poderia ouvir naquele momento, me fazendo encará-lo confuso. — Me dá um lenço, uma toalha, qualquer coisa. Anda, Beomgyu!

Sejun estava um pouco impaciente, mas aquilo já era tão normal que nem fiquei tão surpreso.

Tentei olhar para o causador do meu problema, mas só consegui ver o topo de sua cabeça, uma vez que ele estava agachado perto da bolsa, a revirando desesperadamente.

Pensei em ficar encarando até que se levantasse para poder mostrar minha cara de bravo, mas nem tive tempo de pensar muito, porque logo meu pai me puxou até a arquibancada de três degraus da quadra e me obrigou a sentar, deixando a mão em minha cabeça para que eu não a levantasse.

— Respire pela boca — mandou delicado, o afago em meu cabelo ressecado devia ser uma tentativa de não me deixar nervoso. Mas não funcionou.

A única conclusão: eu estava morrendo.

Ouvi passos apressados em nossa direção e reconheci o tênis sujo do tal Beomgyu, provavelmente o único tênis colorido presente, tentei levantar a cabeça para lhe mostrar um olhar furioso, mas fui impedido. Logo em seguida me senti em pânico mais uma vez, porque meu alguém aproximou um pano da minha cara e pressionou contra o meu nariz.

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