Nascido em uma família de atletas, era de se esperar que o último filho da família Choi fosse como seus pais e irmãos.
Sendo um clichê nerd ambulante, Soobin era péssimo em qualquer tipo de esportes ou exercícios físicos, mas isso nunca impediu seu...
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#NerdNaQuadra🏐
Beomgyu me achava uma gracinha!
Tudo bem, talvez ele só fosse um cara legal, mas meu lado iludido preferia mil vezes acreditar que Beomgyu tinha topado me ajudar por me achar uma gracinha.
Ele até piscou pra mim! Tinha que significar alguma coisa — na minha mente fértil significava muito.
Depois que nos despedimos, tentei agir normalmente o máximo que pude, só deixando para ter um breve surto quando já estava no aconchego do meu quarto, onde afundei a cara no travesseiro e bati os pezinhos sobre o colchão igual um adolescente depois de ter seus sentimentos correspondidos.
Nunca me aconteceu, mas com certeza a sensação seria a mesma.
Sei que deveria dizer que tive um final de semana educativo, onde fui atrás de conhecer mais sobre o esporte onde "trabalhava" como assistente, mas ao invés disso dormi a maior parte do tempo e assisti alguns filmes ruins da Netflix.
Esse era o meu gás para lembrar o motivo de querer me tornar diretor e roteirista um dia. O mundo não precisa de mais Barracas do Beijo.
No domingo a noite, quando já tinha tomado banho e tido uma conversa produtiva com Sunghoon:
— O que fez no final de semana? — perguntei.
— Saí com alguns amigos — ele respondeu, distante como sempre.
— Legal — e acabou.
Recebi uma foto de Chaewon com outras garotas, reconheci quase todas do dia da festa, as meninas com quem minha amiga tinha ficado.
Logo embaixo tinha um convite para que me juntasse à elas na cafeteria do campus.
Até pensei em negar, mas não poderia viver pra sempre trancado no meu quarto e tendo o total de quatro amigos — se é que eu poderia considerar Beomgyu e Kai meus amigos.
Saí depois de me despedir brevemente de Sunghoon, que tirou os olhos de seu iPad para me desejar uma boa noite e um "até mais tarde". Talvez estivesse muito perto de ter cinco amigos.
Para minha sorte, a previsão do tempo tinha dado neve para aquela noite e eu estava mesmo ansioso para usar minha toca do Elmo. Me encolhi dentro do meu casaco de inverno e andei a passos apressados até lá.
A cafeteria do campus era enorme, dois andares de puro luxo e cheiro de café, e sem qualquer privacidade também, já que as paredes eram de vidro. Nem tinha entrado no estabelecimento ainda e já tinha visto Chaewon no segundo andar, ao lado da janela, rindo com suas novas amigas.
Parei para comprar um chocolate quente e subi a escada a passos lentos, fingindo ser apenas para não derrubar a bebida.
Chaewon percebeu minha presença antes mesmo de eu chegar ao último degrau. Devia ser o sexto sentido dela ou nossa conexão inexplicável.
