9. Soobin entendeu tudo errado

244 26 96
                                    

#NerdnaQuadra🏐

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

#NerdnaQuadra🏐

Depois de chorar toda a água do corpo, dormi feito uma pedra.

Quando acordei, o quarto estava escuro e silencioso, a sensação de solidão ainda era muito presente. Sunghoon não tinha dado as caras, nem mesmo para pegar alguma coisa e depois ir embora novamente.

Sozinho e sem vontade de interagir com ninguém, apenas levantei para tomar banho e depois voltei para a cama, pegando no sono mais uma vez.

Não teve despertador na manhã seguinte, de novo, então fui acordado pelo som característico de batidas na porta.

Totalmente grogue e ainda sem conseguir distinguir sonho de realidade, levantei para atender quem quer que fosse e quase abri a porta na minha cara, o que com certeza seria um recorde pessoal. A maior quantidade de vezes que um ser humano consegue acertar a própria cara em apenas um ano.

— Finalmente, Boo — era Chaewon, é claro. — Fiquei te esperando esse tempo todo e você não atendia nenhuma ligação, já estava preocupada. Tá tudo bem? Tá doente?

— Não — murmurei, me arrastando de volta para a cama e deitando como um gato, totalmente encolhido.

— Não tá tudo bem ou não tá doente?

— Os dois.

— O que aconteceu? — ela entrou no quarto e fechou a porta antes de se aproximar da cama e sentar perto de mim.

Suspirei pesadamente e comecei a falar os acontecimentos do dia anterior, me sentindo pior a cada palavra e com medo de que minha melhor amiga me julgasse também.

Um grande silêncio se instalou entre nós quando terminei de falar e não tive coragem de encará-la, então mantive os olhos fechados, desejando cair no sono num passe de mágica.

— Por que não me ligou? — Chaewon perguntou devagar, sua mão tocou meu braço com cuidado e meu corpo inteiro se arrepiou. — Acho que você se sobrecarregou bastante, Soobin.

— Não queria falar com ninguém — admiti, temendo ter soado meio grosseiro quando sua mão se afastou. — Depois disso, eu só queria sumir e chorar. E fiz isso mesmo.

— O que está feito, está feito — ela disse sem julgamentos. — Agora tudo que você pode fazer é conversar com o seu pai e seu irmão. E com o seu colega de quarto, é claro.

— Todos eles me odeiam.

— Dois deles são da sua família e o outro nem te conhece. Eles não te odeiam, Boo — abri os olhos quando a senti acariciar meu cabelo, só então me dando conta de que estava prestes a chorar de novo. Uma verdadeira manteiga derretida. — Você só precisa conversar com eles, explicar a situação e pedir desculpas.

Concordei em silêncio, me encolhendo um pouco mais na cama e abraçando meus joelhos, fungando para controlar a nova onda de choro.

Ela continuou com o carinho por um tempo, o que me ajudou a me acalmar um pouco.

Match PointOnde histórias criam vida. Descubra agora