Estava na esquina da casa dos meus pais quando vi o carro do Kajima parado na frente, dei um tapa automático no meio da testa, tudo o que eu consegui pensar era por que diabos ele não estava na empresa, porque ele trabalha para o meu pai.
Estacionei na frente do carro dele e desci, bati na porta e rapiamente minha mãe atendeu, me deu um abraço tão forte que senti todo o ar deixar meus pulmões. Eu evitava de vir por causa do Kajima, então entendo toda essa saudade.
Retribui o abraço e me curvei diante dela, não pense que se curvar é se ajoelhar no chão igual se fazia com reis, não é apenas a parte superior do corpo. Se curvar demonstra um sinal de respeito e educação.
- Eu senti tanta saudade minha filha - ela segurava meus ombros e olhava pro meu corpo inteiro, como se não tivesse me visto há anos.
- Eu também senti sua falta mãe.
- Ora, ora - ouvi a voz dele e meu sorriso se fechou - olha quem voltou pra casa, o que veio fazer aqui inútil? - ele perguntou e eu fiquei fingindo procurar algo. - Ta com algum problema?
- Oppa, não amigo - sorri pra ele- tava procurando o inutil, ah achei - sorri - que eu saiba quem tem 23 anos e mora com os pais não sou eu ein Kajima!
- Vai deixar sua filha me chamar de inutil? - ele olhou pra mim mãe com raiva e ela começou a rir.
- Mas kajima - respirou fundo - você é mesmo meu filho.
Ele revirou os olhos e subiu a escada com ódio, ouvimos a porta bater com força.
- Quantos anos ele tem 7? - perguntei e ela riu, segurou em meu ombro e fomos para a cozinha.
Me preparou o milk shake especial da mama, sim mama, embora fossemos coreanas minha mãe tinha uma certa paixão pela Italia. Ela me deu alguns cookies e enquanto comíamos eu fui contando como estava indo na faculdade, das atividades que tinham que eram super legais, ela me perguntou sobre como o Chan estava e o Suho, Chan por ser filho da melhor amiga dela e muito amigo dela também e Suho porque ele era o genro perfeito pra ela embora eu fosse só amiga dele ela vivia me dizeno que eu devia me casar com ele, mas não mãe.
Conforme a conversa ia indo eu decidi que estava na hora de falar sobre o D.o.
- Que bonitinhos! - ela sorria toda boba.
- Mãe - comecei a estalar os dedos perto do rosto dela - acorda bicha, o menino é um Do!
- E dai?
- E dai que se descobrem matam a gente - uma interrogação tomou o lugar do meu rosto.
- Vocês se beijaram duas vezes já, não é? - franziu a testa - Isso ja é quase namoro.
- Que? - meus olhos arregalaram até quase sairem de órbita.
- Você acha que vai ficar saindo por aí e beijando varios garotos igual aquelas sem mãe? - me encarou séria.
- Não mãe.
- Acho bom - me serviu msis cookie - Você gosta dele?
- Sim.
- Ele gosta de você?
Quando eu ia responder a campainha tocou, fomos até lá ver quem era e eu caí pra tras. De verdade. Me levantei e fiquei olhando sem acreditar no que estava vendo.
- Pois não? - minha mãe atendeu sorrindo e ele levantou um dedo para que ela esperasse, tinha uma mão no joelho e estava sem ar e suando.
- O que você ta fazendo aqui? - fui um pouco mais grossa do que o normal, mas eu estava surpresa.
- Eu vim te ver - ele disse como se fosse normal - Fiquei com saudade.
- O quê? - eu fiquei de cara com ele - Você não tem amor a vida?
- Tenho - recuperou a postura - por isso mesmo eu vim aqui ver ela - ele olhou pra minha mãe com cara de assustado - Oi senhora Haruniga - se curvou.
- Entra meu filho - ela deu risada e ele entrou - vamos até a cozinha eu vou te dar agua.
- Por que você ta suando Kyungsoo? - achei mais estranho ainda.
- Ah - deu risada - eu vim correndo - sorriu.
- Onde você estava? - minha mãe perguntou.
- No shopping. - sentou-se em uma das cadeiras em frente ao balcão.
- São uns 15 quilometros de lá até aqui - eu disse sem expressão.
- São 19 filha - minha mãe disse séria enquanto ele tomava um grande copo de agua - Acho que você nem precisa mais responder minha pergunta - deu risada e sentou de frente pra ele e então os dois começaram a conversar como se fossem velho amigos.
Eu fiquei olhando aquela cena como se fosse um dos meus sonhos sem pé nem cabeça e então tirei uma foto. Logo me juntei a eles antes que acabassem com todos meus cookies.
- Mãe onde está meu...- meu coração parou na boca - o que esse garoto tá fazendo aqui?
- Comendo uns cookies e tomando milk shake, pode ver - estendeu o cookie e o copo de milk shake - O que deseja? - definitivamente Do Kyungsoo não tinha amor a vida.
- Ele é um Do mãe - ele disse e minha mãe deu de ombros - Eu não vou deixar você desonrar a familia Yako - subiu correndo com raiva, eu segurei na mão do d.o
- Fujam. - minha mãe levantou correndo e nos ajudou a sair se casa.
Fomos para o meu carro e eu desci o pé no acelerador, eu estava na velocidade maxima com muito medo de bater mas meu medo maior era Kajima fazer algo contra o Kyungsoo. Paramos na droga de um sinal vermelho que demorava mil anos para abrir e pelo retrovisor eu vi o carro do Kajima e os carros não paravam de passar, e o sinal não abria e ele se aproximava.
O sinal abriu e eu comecei a correr de novo.
- Para o carro - ele disse mais calmo que um monje e eu quase estapeei ele - Eu vou resolver, confia em mim. - não sei o que me deu que eu parei o carro.
Descemos e eu estava tremendo, o meu irmão era perigoso, literalmente, ele mexia com facas e espadas e eu tinha medo dele usar isso contra o Kyngsoo, muito medo.
Ele desceu do carro dele com duas facas, uma em cada mão, e eu comecei a lamentar eu ter parado o carro, lamentei mais ainda quando percebi que ali naquela rua não havia movimento. Era um marasmo.
- Eu tenho nojo de você Yako - ele disse me olhando com ódio.
- É reciproco, não se preocupe.
Ele veio correndo até mim com um dos braços prontos pra me dar uma facada, kyungsoo emtrou na frente e deu um chute em seu peito e ele literalmente voou pra tras por conta da velocidade que ele corria.
- Se você quiser pegar ela vai ter que passar por mim - ele disse e Kajima levantou.
- Então vai ser bem facil - disse com aquele sorriso perverso que ele tinha. Kyungsoo deu de ombros e os dois começaram a se bater, eu fiquei sem reação. Ele desviava cada golpe que Kajima investia contra ele e me retornou me mente que ele lutava e bem por sinal, ele derrubou meu irmão no chão e foi aí que Kajima deu uma facada na coxa dele e ele caiu gritando de dor. Eu estava paralisada e quando vi ele chutando Kyungsoo no chão lembrei que eu era campeã mundial de Taekwondo e o ódio me subiu. Dei um chute na cabeça dele e ele caiu desmaiado.
- Vamos sair daqui - eu ajudei Kyungsoo a levanter e ele estava calado, andava com dificuldade por conta da perna, entramos no carro e fomos correndo pra casa, eu ia levar ele pra Yumi fazer um curativo naquele corte, sangrava muito - O QUE DEU NA MINHA CABEÇA? "EU RESOLVO ISSO" EU SOU MUITO BURRA.
- Não se estressa - ele disse calmo, estava pálido - Por favor?Ficamos em silêncio até chegar em casa, a perna dele não parava de sangrar de jeito nenhum. Chegamos e eu levei ele direto para o quarto da Yumi, ela e o resto dos meninos ficaram assustados com o tamanho do corte e a quantidade sangue. Yumi pediu que saissem, limpou, e fez um interminavel curativo.
- Espera - ela pareceu ter um toque de realidade - Você quem fez isso Yako?
- Eu?
- Não! - ele disse rapidamente - Yako me ajudou, eu estava sendo assaltado e reagi mas eram muitos.
- E ela te salvou? - ela disse sem acreditar.
- Ei eu luto taekwondo - protestei.
- Tudo bem, eu vou te dar uns remedios pra dor e anti inflamatorios.
Ela deu os remédios pra ele e pediu que eu o ajudasse a ir se deitar no quarto dele.
Deixei ele descansar e fui atras de Kai para ir pro treino, eu preciso treinar muito mais e se algo pior acontecer? Como vou proteger o Kyunsoo? Definitivamente eu precisava mais que tudo voltar a treinar no momento.

VOCÊ ESTÁ LENDO
Playboy
Fiksi Penggemar"Vocês me lembram Romeu e Julieta" Uma paixão proibida, um ódio que vem mantido de gerações a gerações entre a família Haruniga e Do, mas será que é ódio mesmo? Um grupo de adolescentes, morando juntos em uma república, segredos, paixões e principa...