Você gosta de sonhar? Procura um lugarzinho onde possa se imaginar nas mais diversas situações com um dos irmãos? Ou talvez um anjinho travesso? Quem sabe ainda, nas perversões mais insanas, com algum ser do submundo?
Os imagines serão divididos por...
Estávamos no quarto sujo de hotel, tentando descobrir mais sobre esse maldito navio. S/N estava deitada de bruços na cama, em um notebook; Sam estava na mesa, logo à minha frente, com outro notebook, e eu estava lendo o diário de papai.
- O que você descobriu? - Perguntou Sam, curioso, erguendo o olhar.
- Não é muita coisa, mas... Eu descobri a ligação entre as vítimas, aparentemente. Buscando no histórico de cada uma delas, elas tiveram casos de familicídio. - Disse ela empolgada, sem tirar os olhos da tela de seu notebook. - Todos, sem exceção, estão ligados a um caso de morte na família. Parece que nossa criatura segue esse padrão para escolher as vítimas.
- Invadiu o site da polícia? - Brinquei, repousando o livro sobre as pernas.
- Sim! - Replicou simplista, dando de ombros.
- Isso casa com a lenda. Escutem só: há rumores de que, em 1908, um navio pirata ancorou nos portos aqui da cidade. Esse navio era capitaneado por August Fletcher, um pirata muito justo. Ele acabou enforcando seu próprio irmão, Roderick, após acusações de furto. Na época, era muito comum os navios terem um amuleto, chamado "mão da glória" que, nada mais é do que a mão cortada do enforcado para dar sorte. - Completou Sam, virando seu notebook para a gente.
- Faz muito sentido, visto que o pessoal está vendo um navio em plena terra firme. Acho que vale a pena conferir... - Resmungou S/N, animando-se cada vez mais.
- Certo... E, por algum acaso, vocês sabem onde está essa "mão da glória"? - Resmunguei, levantando-me apressado.
- Óbvio que sim! - Convencida, a menor apenas sorriu de canto.
- Museu nacional! - Responderam ela e meu irmão, juntos.
- Ótimo, temos algo que está com a proteção além do nosso alcance. Alguma sugestão, gênios? - Ironizei, cruzando os braços enquanto largava o diário de papai, que segurava entre as mãos, em meu colo.
- Claro que sim! Acho que tenho o plano perfeito! - Sibilou a pequena, fechando o notebook rapidamente. - A senhora Walsh comentou de um baile que vai ter no museu, creio que seja a oportunidade perfeita. Sam pode acompanhar a senhora e tentar descobrir algumas coisas, enquanto nós nos separamos e procuramos por essa bendita mão.
- Ei, por quê eu tenho que ficar com a velhota? - Reclamou Sam, indignado.
- Porque ela amou você! - Respondeu ela, prontamente.
- Eu gostei dessa ideia, gostei mesmo! - Sorri malicioso para Sam. Seria engraçado vê-lo sendo apalpado novamente por aquela velha safada.
Chegamos à conclusão de que era um espírito vingativo, visto as aparições e a maneira que ele se portava. Tendo isso em mente, já sabíamos o que precisaríamos fazer.
