Nem um pouco problematico[TRADUÇÃO]

Capítulo 11 ao 15

11.

Shikamaru piscou ao acordar. Ele sentiu o calor vindo do seu lado e virou um pouco a cabeça. Ele piscou pela segunda vez naquele dia quando encontrou a forma adormecida de Harry deitada bem ao lado dele. Ele se mexeu com cuidado e virou de lado, observando o garoto magro dormindo. Ele parecia ainda menor assim. O cabelo escuro e a pele clara o faziam parecer tanto com um Uchiha, ainda mais com Sasuke, mas seu rosto era mais suave, mais infantil e de alguma forma igualmente atormentado com o do último sobrevivente. Ele se preocupou com o que Harry tinha visto, com o que ele havia vivido.

Aparentemente ele estava olhando por muito tempo porque Harry se mexeu, olhos verdes sonolentos encarando Nara com os olhos arregalados.

"Bom dia", disse Shikamaru.

Harry assentiu. "Bom dia", ele respondeu.

"Vamos, é melhor levantarmos, Asuma disse que iríamos treinar hoje e a mãe já terá o café da manhã pronto, você não quer que ela venha nos acordar."

Harry levantou-se num piscar de olhos, tão rápido que Shikamaru distraidamente pensou que com algum aperfeiçoamento, as habilidades de Harry em velocidade poderiam se tornar as melhores. Pena que ele não se tornaria um shinobi. Ele balançou a cabeça e se levantou também, bocejando e se espreguiçando enquanto fazia isso e amaldiçoando o fato de que ele era um genin agora, com responsabilidades e Ino importunando-o para treinar.

Harry parou na porta, olhando de cima a baixo.

"O banheiro fica à esquerda", disse Shikamaru, adivinhando corretamente o que o outro garoto queria.

"Obrigado," Harry disparou para ele e saiu correndo.

Shikamaru balançou a cabeça, sentindo o rabo de cavalo no qual ele normalmente prendia seu cabelo se soltar. Ele estava prestes a se mover quando sua mãe bateu uma vez na porta e entrou.

"Oh! Você acordou. Onde está Harry?" ela perguntou ao filho ansiosamente. "O café da manhã está pronto. É melhor você vir também."

Shikamaru suspirou. "Eu sei, e Harry está no banheiro."

Ela assentiu e saiu e seu filho suspirou novamente e se levantou. "As manhãs são problemáticas", ele murmurou enquanto começava a se preparar para o dia.

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12.

Harry lavou o rosto, ainda se sentindo desequilibrado. Um mês. Esse foi o tempo que ele esteve neste lugar estranho. Tinha um toque asiático, tudo isso. Uma mistura entre o mundo trouxa e o mundo mágico ou o que poderia ter sido, mas nunca foi possível em casa. Porque Harry suspeitava que ele não estava mais em casa. Quando o maldito Espelho de Ojesed quebrou quando o mago de olhos verdes se chocou contra ele devido à reação do poder.

Ele ainda estremecia ao lembrar de Quirrell, com Voldemort carregando em sua cabeça, os desafios que ele teve que superar para chegar àquela sala infernal. Ele esperava Snape, mas nunca o homem que assassinou seus pais. Seu sangue gelava sempre que ele pensava naquele monstro, o mago cujo nome seus amigos nem conseguiam pronunciar, o monstro que ainda não tinha corpo ainda era capaz de fazer o mal acontecer.

De certa forma, colidir com o Espelho e acabar no meio do nada não foi tão ruim assim. Ele não conseguia se lembrar de muita coisa, mas se lembrava de ter visto o rosto de Shikamaru quando teve um raro momento de lucidez enquanto era atormentado pela dor dos cacos de vidro cravados em sua pele e pelo fogo que o queimou e pela exaustão mágica que sentiu enquanto ele estava lutando para sobreviver. Ele achava que essa era uma das razões pelas quais se sentia tão seguro perto do garoto da sua idade. Ele nunca se sentiu seguro, nem mesmo em Hogwarts, com as escadas móveis e os milhares de retratos e a floresta proibida e os corredores sombrios com os fantasmas e os trolls e os ovos de dragão e os monstros bebendo sangue de unicórnio... Harry ainda sentiu um arrepio. Ele havia pensado, esperado desesperadamente, que Hogwarts seria um abrigo longe dos Dursley. Ele sabia que, logicamente, o castelo era uma escola, mas ele tinha sido ingênuo e desesperado. Ele não estava pronto para a fama e o Menino-Que-Sobreviveu e tantos olhos voltados para ele, isso era pior do que os olhares negativos que ele recebeu na Rua dos Alfeneiros.