Cinque

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Vincenzo Torricelli

Horas antes


―Estaremos pousando em breve senhor_ Matteo avisa pilotando o jatinho

Estava indo para o meu lugar de paz, ninguém da família nunca tinha pisado nem os pés aqui, apenas eu sei desse lugar. Aqui é a onde eu renovo minhas forças para depois voltar a luta novamente.

A cosa nostra estava passando por uma situação delicada, os inimigos estavam querendo bater de frente pois um dos meus “queridos” bambini acabou fazendo merda, e o conselho da famiglia estava caindo em cima querendo uma solução de minha parte. Então antes de qualquer inimigo atacar eu preciso de um curto tempo para saber como vamos resolver toda essa merda.

Já em terra observo o maravilhoso horizonte que tem a frente, mais sou interrompido de meus pensamentos por Matteo 

―Torricelli nunca se cansa de vir aqui não é mesmo! 

Não o respondo com palavras apenas assinto com a cabeça

―o que pensas em fazer com Giovanne! o conselho está irado com ele pela situação que causou… eles também não estão satisfeitos que a cosa nostra esteja sem uma primeira dama.

―questi avvoltoi… Domenico é mulherengo, Dante não quer saber da máfia e Giovanne só traz problemas atrás de problemas, tenho coisas mais importantes para fazer do que está atrás de  mulher só porque o conselho quer, elas só servem para nós fode-las e nada mais, então ter mais uma não irá agregar em nada.

Vontade não me falta de querer matar cada um por querer se intrometer a onde não deve.

Eu faço as regras nesse cazzo.

―Talvez você esteja se precipitando Vincenzo...

―não, não estou Matteo_ me retiro dali o deixando sozinho, entro dentro da casa é sigo direto para meu quarto retiro minhas roupas é vou para o banheiro tomar um banho, logo depois que termino vou para o closet é visto apenas uma calça moletom e desço para o escritório.

Passando-se alguns minutos Matteo entra de repente no escritório

―Vincenzo precisamos voltar imediatamente, os russos estão começando a atacar.

CAZZO


Agora


Ao abrir meus olhos sinto uma luz branca muito forte então os fecho de novo e depois começo a abri-los devagar novamente. Observo o local a minha volta e percebo estar em um quarto de hospital, tento me mecher mais sinto uma pontada no peito, abaixo o olhar e vejo uma faixa consideravelmente grande em volta de meu tórax ,e em meu braço tinha um acesso e ao olhar pra cima percebo ter uma bolsa de sangue.

Havia também um aparelho que fazia um barulho insuportável de bip.

Que merda aconteceu!

Tento me levantar novamente, mais enquanto mais me mexo mais a dor aumentava. Quero falar algo mais minha boca está seca, então já estressado arranco o acesso que estava em meu braço e mesmo com dor me levanto, mais ao por meus pés pra fora da cama vou direto ao chão. Estava me sentindo estranho, meu corpo tremendo, boca seca... Eu estava ali á dias!

Quando vou me levantar a porta é aberta e ali está uma mulher, acho que é a enfermeira. Ao me ver no chão ela logo se aproxima rápido.

― Senhor o que está fazendo! Não pode se levantar... 'Rafa me ajuda aqui na ala  vip'_ fala ela em um aparelho.

― Na.. Não me toq...- tento falar mais a porra da garganta não ajuda.

― por favor se acalme, não se esforça muito, vou te ajudar.

Logo a porta é aberta novamente e por ela passa outro enfermeiro.

― Oi Carter!

― me ajuda a colocar ele de volta na cama, acho que estava querendo sair

Os dois me levantam pelos braços é me colocam de volta na cama, aponto para minha boca pedindo por água.

―Rafa ele quer água, pega por favor, vou colocar os acessos de novo... Por favor senhor Torricelli não se movimenta muito.

Logo o rapaz me traz um copo de água e a moça começa a furar meu braço novamente.

Quando termino de beber a água sinto minha garganta melhor é tento falar novamente.

― Eu quero um médico, quero ver o médico que está cuidando disso daqui.

― senhor Torricelli eu sou a Dr.Carter, eu que estou cuidando do seu caso e...

Dou um riso sarcástico mais logo a olho sério

― está brincando com a minha cara menina, eu quero falar com o médico e não com uma enfermeira_ dito com o semblante sério

― tal pai tal filho..._ a ouço resmungar mais quando vou revidar ela volta a falar alternando um pouco a voz_ Olha só SENHOR Torricelli eu sou a Dr.Carter que estou cuidando do seu caso desde o começo, amo os enfermeiros mais eu sou uma médica diplomada ,então por favor não faça igual a seu filho e me respeite .

A observo melhor e ao encarar seu rosto um pouco mais sinto que já á vi em algum lugar, e pra ser sincero era uma bela menina mulher de olhos castanhos escuro, cabelos médio com uma coloração preta, tinha a estatura pequena.. talvez uns 1,57 de altura. Mesmo com as roupas um pouco largas notavasse que seu corpo era moderadamente curvilíneo.

Ela era muito linda.

Que droga pensas que está fazendo Vicenzo.

― que tal recomeçar novamente né! .Boa tarde sou a Dr.Carter e a três dois dias atrás o senhor deu entrada aqui no hospital com uma bala alojada no peito ,não pegou nenhum órgão ou tecido comprometedor, fizemos imediatamente uma cirurgia de retirada, mais como o senhor perdeu muito sangue tivemos que fazer algumas transfusão de sangue, por isso está sentindo tremedeira, garganta seca e talvez a visão turva.

―estou desacordo a dois dias!... Alguém apareceu por aqui?

― sim o homem que vei te trazer no dia do acontecimento é logo depois seus filhos que não foram nada respeitosos com o hospital.

De repente vem uma lembrança em minha mente, é estou aqui porque estava no meio de um confronto com os malditos russos.

―Eu preciso sair daqui agora_ não dei espaço para ela falar alguma coisa é já fui me levantando da cama, mais sinto o enfermeiro me segurando por trás e ela está em minha frente segurando em meus braços

― eu acho que não fui clara, o senhor não pode sair daqui até estar cem por cento melhor, perdeu muito sangue, está fraco... O senhor não irá sair daqui é ponto final.

Ela só pode estar brincando com minha cara achando que pode mandar em mim.

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Vocabulário:

questi avvoltoi= estes abutres

bambini= filhos/crianças

DIAS DE POSTAGEM DOS CAPÍTULOS:
TERÇA E SEXTA

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