Os dias cinzas passavam lentamente, o tempo era uma gaiola, os relógios a tortura e cada segundo era seu purgatório.
Apesar da ansiedade embrulhar seu estômago, era melhor do que o estado depressivo de alguns dias atrás.Com muita força Satoru conseguia se levantar da cama, se arrumar como sempre fazia e tentava viver seu dia, por mais que a parte "viver" estava sendo difícil.
Ter se acostumado a conviver com Suguru lhe tirou o costume de viver sozinho, como sempre fez antes dele chegar, e agora Satoru teria que conviver consigo mesmo, com suas dores e pensamentos. Era mais assustador do que parecia.Em 1 mês parecia que ocorrera um furacão de escala 5 em sua mente, tudo mudou de repente e ele estava se recusando a lidar com isso, mas teria que acordar em algum momento.
Era estranho, mas Satoru precisava viver, ele queria viver, apesar das dores sua força de vontade não havia sumido. Tentava manter em sua mente que seus dias apenas ficaram tristes, como se a sua série favorita estivesse em um momento chato de tensão, você quer pular para a parte alegre mas não entenderia o restante da história, era esta a sua vida. Era importante para ele se entender, crescer e se perdoar.A melancolia era sufocante mas não chegava a ser agoniante, Satoru conseguia respirar, era apenas dolorido. Sua saudade continha nome e sobrenome e isso não sumiria facilmente, a dor ainda estava presente, mas dessa vez ela não o consumiu, e nem iria. Esse pequeno esforço já resultara em uma ótima melhora, o albino estava se alimentando e tomando cuidado com sua higiene, já era uma evolução maravilhosa.
Tentando focar em sua saúde, após varias idas ao médico Satoru estabeleceu uma pequena meta em sua mente: Em menos de 1 mês ele voltaria a treinar e voltaria com sua vida acadêmica. Não podia continuar parado, não podia mudar o passado, então aprenderia a conviver e a aprender com ele.
Entretanto, a vontade de ter Suguru de volta ainda existia. Não entendia os seus motivos, não queria saber de seus ideais e muito menos de suas crenças. Queria apenas vê-lo novamente, o abraçar e matar a saudade que queima em seu peito.
A dor da saudade ainda ardia, Suguru fazia falta e a ferida ainda estava aberta, mas Satoru aprenderia a viver com tragédias.
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Aquário - Satosugu
FanfictionO que o amor vira quando chega ao fim? Ele se transforma em angústia, ou ainda bate de forma calorosa no peito? A dor do abandono te sufoca, como peixes em um aquário sujo e claustrofóbico. Gojo ainda estava lá, ainda estava em frente aos enormes an...