Capítulo 23

537 52 24
                                    

OIÊ GENTE

MAIS UM CAPÍTULO PRA VOCÊS, ESPERO QUE GOSTEM!




5 MESES DEPOIS

Passaram-se meses de Nelson analisando cuidadosamente a rotina e as medidas de proteção na mansão de Olga, monitorando meticulosamente as idas e vindas da lobista, as visitas que ela recebia e os dias em que a empregada comparecia. Com isso, em colaboração com Anita, Lima e Prata, eles definiram a data exata para invadir a mansão.

Em uma tarde de movimento menor do que o normal nas ruas adjacentes à mansão de Olga, Anita, junto a Nelson e Lima, preparava-se para uma operação arriscada mas necessária. A ausência confirmada de Olga, graças à vigilância persistente de Nelson, oferecia a eles uma janela de oportunidade perfeita.

Nelson, com sua habilidade em tecnologia, concentrava-se em seu laptop. "Câmeras desativadas e a cerca elétrica está fora de jogo." - anunciou, com um misto de tensão e satisfação na voz. Lima, por outro lado, manuseava um dispositivo próximo ao portão, que logo se abriu silenciosamente, sem qualquer sinal de arrombamento.

"Sem seguranças, sem empregados. Estamos livres para entrar."- sussurrou Nelson, após sobrevoar rapidamente o drone pela área. Anita confirmou através de um comunicador, determinada, enquanto ela e Lima adentravam o terreno vasto em direção à imponente mansão.

À porta dos fundos, Lima trabalhava a fechadura com uma destreza que deixava claro não ser essa sua primeira incursão do tipo. Do lado de fora, Anita mantinha uma conversa sussurrada com Lima. "Se algo der errado, saímos imediatamente. Nenhum herói." - ela instruiu, a voz baixa mas firme e Lima apenas assentiu.

A mansão era um espetáculo de luxo e ordem, quase demasiado perfeita. "Nada fora do lugar." - Lima murmurou, enquanto vasculhava os cômodos com Anita seguindo de perto. Para ela, a ausência de qualquer evidência incriminatória parecia quase uma provocação de Olga.

Contudo, a calmaria foi quebrada por um som abafado — uma tosse — emanando de onde menos esperavam: um acesso discreto ao porão localizado na garagem. Anita congelou ao vislumbre de uma figura conhecida pela fresta da porta do porão: Júlio. Seu corpo todo tremeu, tomado por uma mistura de medo e adrenalina.

Lima notou a súbita mudança em Anita e a segurou pelos ombros. "Respire, precisamos manter a calma. Ele não pode saber que estamos aqui." - ele sussurrou, tentando transmitir alguma segurança.

Quando a oportunidade se apresentou, com Júlio adentrando a mansão sem perceber a presença dos dois, ambos desceram silenciosamente ao porão. O que encontraram lá superou todas as expectativas: uma sala repleta de evidências, documentos, e objetos que claramente não eram para olhos não autorizados.

Rapidamente, mas com cuidado para não perturbar a ordem do lugar, fotografaram cada detalhe, cada papel, cada objeto suspeito. A tensão era palpável, mas também a sensação de estarem prestes a descobrir algo maior do que imaginavam.

Lima, com a foto ainda em mãos, percebeu o impacto que as informações tinham sobre Anita. "Isso muda completamente o jogo." - ele murmurou, guardando o telefone no bolso e olhando ao redor, cauteloso.

"Deusa tinha ligação com eles..." - Anita, tentando recompor-se após o choque, sussurrou, a perplexidade em sua voz era palpável.

"Vamos precisar de mais informações para entender o porquê e o como." - Lima respondeu, a mente já trabalhando nas possíveis conexões.

Foi então que a voz de Júlio ecoou pelo porão, seu retorno marcado por uma conversa ao telefone que eles não puderam ignorar. "Fique aí quanto tempo precisar querida, por aqui continuamos trabalhando e logo Matias vai estar em liberdade." - a voz de Júlio era tranquila, mas as palavras que se seguiram congelaram Anita e Lima no lugar. "Olga, meu amor, está tudo sob controle."

Sombra da Verdade - VeronitaOnde histórias criam vida. Descubra agora