Capítulo 24

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Quando Nelson estava em um posto de gasolina, abastecendo seu carro, recebeu uma mensagem de Prata:

Quando Nelson estava em um posto de gasolina, abastecendo seu carro, recebeu uma mensagem de Prata:

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Após receber a mensagem, Nelson agiu rapidamente. Estacionou do outro lado da delegacia e esperou pacientemente. Às 18h15, testemunhou uma mulher deixando a delegacia na moto idêntica à de Verônica. Movido pela intuição, Nelson seguiu a moto até que ela estacionou. Ele estacionou a uma distância segura e observou atentamente.

Ao testemunhar a mulher retirando algo do compartimento da moto, Nelson notou uma transformação surpreendente quando ela tirou o capacete: Verônica, agora loira com raízes pretas. Com uma mistura de surpresa e emoção, Nelson se aproximou e pronunciou um simples "Verô?".

Verônica, visivelmente surpresa, engoliu em seco e ficou muda, uma reação fora do comum para alguém tão expressivo. Nelson, sem hesitar, a abraçou, e Verônica permaneceu imóvel, processando a inesperada reunião.

"Mas como?" - a quebra do silêncio veio com a pergunta de Verônica.

"Eu nunca desisti de você." - Nelson, igualmente surpreso, respondeu. Os dois se abraçaram, compartilhando um momento de reencontro há muito esperado.

Entre as palavras trocadas, Verônica finalmente se manifestou: "Que saudade que eu estava de você, meu amigo." Um sorriso iluminou seu rosto, e Nelson, apreciando a nova aparência dela, elogiou: "Tá gatona com o cabelo assim, hein."

"Gostou?" - Verônica provocou, exibindo o recém-cortado e pintado cabelo. "Mas me diz, o que você está fazendo aqui?"

 "Eu vim falar com Glória sobre o caso da Deusa..." - Nelson revelou.

"Você não sabia que eu estava aqui?" - Verônica perguntou, seus olhos expressando uma mistura de surpresa e curiosidade.

"Não." - Nelson negou, sua voz carregada de sinceridade. "Prata me avisou há pouquíssimos minutos que ouviu Carvana no telefone dizendo que você estava na DP com Glória. Eu estava voltando para a capital porque eu tinha um date hoje, mas decidi voltar para cá, pra ver se te via." - Nelson explicou, revelando o turbilhão de eventos que o levaram até aquele momento.

"E como estão as coisas na DHPP?" - Verônica perguntou, ansiosa por atualizações.

"Quer saber do DHPP ou de uma pessoa específica que é delegada do DHPP?" - Nelson brincou, recebendo um empurrão leve de Verônica.

"Está tudo daquele jeito... Casos sendo arquivados, Carvana na contagem regressiva para a aposentadoria, Prata morrendo de saudades de você, Lima com o jeitão mala dele, eu sem minha companheira de comer salgadinho no terraço, e Anita voltou a ser ranzinza e soberba, menos comigo e com Prata que somos parceiros de terraço dela." - Verônica riu, compartilhando as nuances da vida na delegacia.

"Bastou 5 meses para vocês me substituírem pela Berlinger..." - Verônica expressou surpresa, percebendo as mudanças que ocorreram na sua ausência.

"Ela não demonstra, mas sente a sua falta..." - Nelson revelou, provocando uma bufada de Verônica.

"Agora ela tem a Olga toda pra ela..." - Verônica respondeu rispidamente, revelando mágoa em sua voz.

"Verô, não foi isso que aconteceu aquela noite..." - Nelson respondeu, engolindo seco diante da lembrança delicada.

"Não foi? Foi o que então? Olga entrou no apartamento e Ops Anita escorregou pelada no colo dela." - Verônica debochou, trazendo à tona uma situação desconfortável.

"Vocês duas precisam conversar..." - Nelson sugeriu, seu semblante refletindo uma tristeza compreensiva.

"Eu não tenho mais nada para falar com ela, Nelson." - Verônica respondeu friamente. "Eu estou feliz aqui, sem precisar me preocupar em ver a mulher que eu amo se agarrando com outra no sofá do apartamento em que morávamos."

"Você a ama?" - Nelson perguntou, seus olhos brilhando com uma mistura de curiosidade e cumplicidade, enquanto um sorriso travesso se formava em seus lábios.

"Vá se foder!" - Verônica riu, dando um tapa brincalhão no ombro de Nelson, desviando habilmente para não precisar responder à pergunta direta sobre seus sentimentos.


Minutos depois, os dois ainda estavam na frente do prédio de Glória, envolvidos em uma conversa animada, quando Glória, a delegada, estava entrando com seu carro e notou a cena descontraída entre eles.

"Mentiu pra mim, dra. Glória..." - Nelson falou, lançando um olhar divertido para Glória.

"Foi ela quem pediu para não revelar o paradeiro..." - Glória se defendeu, sorrindo diante da situação reveladora.

"É verdade, pedi para Carvana não revelar para ninguém onde eu estava indo." - Verônica justificou.

"Bom, já que estamos todos aqui, vamos tomar uma cerveja juntos?" - Glória sugeriu ainda de dentro do carro, capturando o espírito descontraído daquele momento peculiar, e os dois assentiram entusiasticamente.

"Eu aceito, mas antes vou cancelar o meu date com a agente Carol." - Nelson respondeu, sacando o celular com agilidade e digitando a mensagem. "Prontinho." - anunciou.

"Vem, vamos subir!" - Verônica disse abraçando Nelson e indo em direção ao portão de entrada do prédio.



Era 20:30 quando chegaram ao animado bar no centro de São Bernardo do Campo, as luzes criando um ambiente acolhedor enquanto todos desfrutavam de suas cervejas, imersos em conversas descontraídas.

"Eu, Prata e Anita infernizamos a vida de Carvana na primeira semana para ele nos revelar onde você estava." - Nelson compartilhou, reproduzindo a voz descontraída de Carvana com um toque de humor. "Ele sempre dizia com aquele jeito 'E eu lá vou saber onde a Verô se meteu.'" Isso desencadeou risos espontâneos de Verônica e Glória, envolvidas na nostalgia daquele momento peculiar.

"Quem diria que a delegada Bolsonara iria se juntar com os plebeus do DHPP, hein." - Glória comentou, provocando gargalhadas nos dois amigos.

"Apesar dela ter voltado a ser ranzinza, eu, Prata e Lima estávamos livres das patadas dela." - Nelson respondeu, acrescentando um toque de leveza à conversa.

"Será que tem como vocês pararem de falar dela?" - Verônica pediu, mostrando uma pontinha de irritação.

"Eu acho que seria interessante você conversar com ela." - Glória sugeriu, lançando um olhar sutil para Nelson, que concordou com um aceno discreto.

"Até você, Glória?" - Verônica questionou, surpresa pela unanimidade na sugestão.

"Eu concordo com a Glorinha." - Nelson respondeu, compartilhando a mesma opinião.

"Gente, ela traiu a minha confiança." - Verônica respondeu com um tom de frustração.

"Não foi bem assim." - Nelson e Glória falaram juntos, gerando um olhar de estranhamento de Verônica.

"Vocês estão sabendo de alguma coisa que eu não sei?" - Verônica os fuzilou com o olhar.

Os dois ergueram as mãos em rendição e resmungaram algumas coisas.

"Pra você saber, terá que falar diretamente com a Anita." - Nelson revelou, enfatizando que nenhuma informação sairia da boca dele, enquanto Glória assentiu em acordo com a sugestão.





NOTAS DA AUTORA:

CAPÍTULO CURTINDO, PORÉM NECESSÁRIO!

ESPERO QUE ESTEJAM GOSTANDO DA HISTÓRIA.


Sombra da Verdade - VeronitaOnde histórias criam vida. Descubra agora