JULIANA:
— Precisa chorar não, minha filha. Vem, vamos entrar. — minha vó secou meu rosto como dava e eu respirei fundo. Liz já estava correndo na nossa frente e eu só segui minha vó, enquanto um moço levava minhas malas pra outro lado nada casa que eu não fazia idéia de onde era. — O Francisco é o jardineiro. Ele vai deixar as malas lá trás, na minha casa.
— Ah, tudo bem... — eu respondi devagar, impactada com o tamanho da casa e o tanto de quadros que tinha por ali. Flamengo, Santos, um casal, duas crianças, um menino de uns treze anos com as sobrancelhas quase juntas. E vários quadros enorme daquele jogador do Flamengo. — Gabigol...?
— É filha, mas da porta para dentro, ele é só o menino Gabriel.
— Porquê você nunca contou sobre ele, vó? — nos já estávamos na cozinha, minha vó dava um pedaço de bolo para a Liz que se sentou no chão e comia tranquilamente. — Ele é o Gabigol.
— Não tinha necessidade, filha. Gabriel também gosta de privacidade, entende? Mas o assunto é você... Minha neta, porquê você fez essa loucura?
— Eu só queria o que é de direito da menina, vó! Não é justo eu me matar pra dar tudo para ela e ele nada.
— Ele nunca quis ela, Juliana. Nem registrou a Liz. E ela não precisa de nada disso, não é, minha Bis?? — minha vó perguntou a Liz e só assim tomamos noção que ela não estava mas por ali.
— LIZ!!!! — chamei mais alto. Puta que me pariu, aonde que essa criança pode ter se enfiado.
— Vê pelo jardim, Juli. Vou olhar pela sala. — minha vó sugeriu e eu passei pela porta que dava acesso a essa área externa de casa.
GABRIEL:
Estava esperando na piscina como Fabinho, pelo lanche que a vó ficou de trazer mas de repente o que passa pela porta que dá acesso a essa área gourmet, é um pedacinho de gente. Tão pequena e arteira, estava correndo desesperadamente até me vê e travar no lugar.— Oi, princesa! — eu ri da cara dela de quem estava morrendo de vergonha. Sai de dentro da piscina e me aproximei dela, me agachando em sua frente. — Se perdeu?
— Mamain!!!
— Cadê sua mamãe, gatinha?
— Liz!!! — escutei alguém chamar e a neném olhou. Era por isso que ela me era familiar, era a bisneta da Vó. Eu já tinha visto algumas fotos. — Vem com a bisa, Liz! Que coisa feia, sua fugitiva.
JULIANA:
Eu estava praticamente paralisada, minha vó quem tomou iniciativa de ir até a Liz e a pegar, enquanto eu? Eu estava distraída. Observando o quão gostoso podem ser os jogadores de futebol. Todas essas tatuagens, o corpo moreno, a barba cheia e perfeitamente desenhada.— Juliana, vem cá! — Minha vó chamou e eu me aproximei devagar, desviando o olhar do jogador por alguns instantes. — Essa é a minha neta...
— Prazer. — o jogador disse estendendo a mão e eu senti todo seu olhar subi do meus pés a cabeça.
— Prazer, jogador. Obrigada pela hospedagem. — eu respondi colocando minhas mãos no bolso da minha roupa e ele vacilou o olhar para ao meu decote.
— Não é nenhum esforço.
Que safado. Ele tava dando descaradamente em cima de mim. Qualquer enxergaria isso. Eu só fiz sorrir de lado e manear a cabeça em negação.
— Vó e aquele lanchão? — Um outro apareceu e eu o olhei também, gatinho. — Oi, Juliana né? Sou o Fábio. Fabinho, assessor aqui desse Zé.
— Oi, Fabinho. — sorri. E tomei a Liz para o meu colo. — Você não pode sair correndo assim, tá ouvindo? Você nem conhece aqui direito, menina.
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Cigana | GB10
Fiksi PenggemarAlgumas coisas o tempo não cura Você não mensura o bem que você me faz Cigana, você me olha Sempre pede pra eu assumir o controle do leme Me chama pelo nome, prestes a chegar lá Sempre tem fome, eu tento acompanhar Na abstinência, eu digo: Paciência...