Um Amor Inesperado (CANCELADA)

Capítulo 11

Aquela noite ficou gravada em minha mente como um capítulo inesquecível. Ao sair do café com Any, as ruas ganharam uma atmosfera diferente, como se o destino nos presenteasse com algo especial. Caminhávamos juntos, trocando risadas e descobrindo que, por trás das diferenças, havia uma conexão surpreendente.

No decorrer da conversa, compartilhamos detalhes sobre nossas vidas, revelando paixões e sonhos. Any, com sua aura misteriosa, abriu-se sobre sua dedicação à escrita, criando mundos imaginários que me fascinaram. Em contrapartida, compartilhei histórias de minhas aventuras sobre duas rodas, revelando a paixão que me impulsiona.

O beijo aconteceu de forma espontânea, como se o universo conspirasse a nosso favor naquele instante. Seus lábios eram suaves, e a troca de carinho selou uma conexão que transcendeu as palavras. Foi um momento mágico, onde o mundo ao nosso redor desapareceu, e ficamos entregues à intensidade do sentimento compartilhado.

Ao pagar a conta, desejei que aquele encontro fosse eternizado na memória de ambos. Nos despedimos na porta do café, mas o brilho em seus olhos era um reflexo do que vivemos naquela noite. Era o começo de uma jornada intrigante, cheia de possibilidades e promessas de descobertas mais profundas entre nós.

A noite avançava enquanto trocávamos mais alguns beijos. Cada toque, cada gesto, era como uma melodia única que compúnhamos juntos. A atmosfera estava impregnada de emoções intensas, e eu não queria que aquele momento especial chegasse ao fim.

Finalmente, o momento de deixá-la em casa chegou. Acompanhei Any até a porta, onde o brilho em seus olhos revelava a intensidade dos sentimentos compartilhados. A despedida foi suave, mas a promessa de novos encontros pairava no ar, como um convite para explorar o que o futuro reservava para nós.

Ao vê-la entrar em sua casa, fiquei ali, por um instante, absorvendo a magia da noite. Cada passo daquele encontro permaneceria marcado em minha memória, e a expectativa do que viria a seguir gerava uma sensação de entusiasmo. A conexão estabelecida naquela noite abria portas para um capítulo promissor em nossas vidas.

Ao cruzar a porta de casa, deparei-me com a figura de minha irmã, Barbara, ocupando o espaço como se fosse a própria dona da residência. Seus olhos carregavam um olhar de desdém enquanto me fitava, como se questionasse minha presença ali. Não era a primeira vez que me via em tal situação, e a sensação de irritação se misturava com uma dose de resignação diante de sua presença constante. Para ela, parecia não haver limites, invadindo o espaço alheio como se fosse um direito adquirido. O confronto iminente era apenas uma questão de tempo, mas por ora, respirei fundo e preparei-me para mais um embate com minha adorável irmã.

Barbara: Em casa essas horas? Que milagre

Revirei os olhos, essa branquela azeda não faz nada da vida além de me encher o saco

Barbara: Deixa eu adivinhar, estava com mais uma de suas conquistas! E a vítima da vez foi a Any né

Alfonso: Isso não é da sua conta Barbara

Barbara: Já até sei o final dessa história, assim que conseguir oque quer, vai jogar a Any pra escanteio, como fez com todas as outras....porque você querido irmãozinho não faz nada além de usar as pessoas

Alfonso: Cala a boca Barbara

Barbara: Calar a boca porque, se eu só estou falando a verdade? Sabe Alfonso, eu ainda vou ver encontrar uma mulher que vai fazer você sofrer muito

Alfonso: Você não tem ideia do que está falando, Bárbara. Eu me importo com a Any, de verdade.

Barbara: É o que todos dizem antes de magoar alguém. Any é apenas um capricho seu

Alfonso: Eu não sou todos, ok? E eu não sou você. Não vou me tornar o tipo de pessoa que usa e descarta os outros.

Barbara: Imagina....logo você, que usa as mulheres e depois as descarta, você não está nem aí para oque os outros sentem, pensa só em si mesmo

Alfonso: Isso não é verdade, porque ao invez de ficar se preocupando com quem eu saio ou deixo de sair, não vai cuidar da sua vida, vai trepar e me deixa em paz

Barbara: Quando a Any estiver chorando por sua causa, todos vão dizer que eu avisei, eu te conheço o suficiente pra saber que você não vale nada!

Após a discussão acalorada com minha irmã, decidi deixá-la para trás, imersa em sua própria amargura. Com passos firmes, dirijo-me ao meu quarto, determinado a não permitir que suas palavras tóxicas contaminem minha noite. Ao fechar a porta, isolando-me do veneno que ela tentou espalhar, uma sensação de alívio toma conta de mim. Nada será capaz de estragar a harmonia que os beijos trocados com Any criaram em minha mente. A doce lembrança desses momentos paira no ar, dissipando qualquer nuvem negra que minha irmã tenha tentado criar. Estou no controle da minha noite, e as lembranças agradáveis são as protagonistas deste capítulo.

Os dias que se seguiram foram marcados por uma angústia crescente, conforme a comunicação entre Any e eu se tornava escassa. Minhas mensagens eram visualizadas sem resposta, e as tentativas de ligação eram silenciadas. A incerteza pairava no ar, enquanto eu buscava entender o motivo desse afastamento repentino.

Cada momento de silêncio era acompanhado por uma crescente inquietação. As memórias dos beijos trocados e da atmosfera especial do nosso encontro pairavam na minha mente, contrastando com a incerteza do presente. A ausência de explicação tornava a situação ainda mais desconcertante, deixando-me ansioso por respostas que pareciam escapar ao meu alcance.

Enquanto isso, tentava focar em outras áreas da minha vida, mas a sombra da incerteza pairava sobre cada pensamento. A relação com Bárbara também não ajudava, suas palavras ainda ecoavam, provocando um turbilhão de sentimentos.

A expectativa de entender o que acontecia se tornava uma busca incessante, repleta de reflexões e questionamentos. O que teria desencadeado esse distanciamento abrupto? As dúvidas persistiam, moldando meus dias em uma espera ansiosa por uma explicação que, até então, se mantinha elusiva.