Um Amor Inesperado (CANCELADA)

Capítulo 24

O calor estava insuportável, como se tivéssemos sido transportados para o meio de um deserto escaldante. Eu estava prestes a derreter. Optei por um look simples: um short jeans e uma camiseta rosa, uma tentativa desesperada de escapar do calor. Meus cabelos, que normalmente caíam soltos pelos ombros, foram puxados para um rabo de cavalo despojado.

Quando saí da faculdade, Alfonso estava lá, parado em cima da moto, com um sorriso que parecia iluminar até mesmo o dia mais quente. A visão dele era como um oásis em meio ao calor abrasador, e eu me senti instantaneamente aliviada ao vê-lo. Com um sorriso de volta, me aproximei, pronta para enfrentar o calor do dia ao lado dele.

Alfonso: Surpresa!

Any: Pensei que estivesse trabalhando.

Alfonso: Saí mais cedo e resolvi fazer uma surpresa. - Sorriu.

Nos cumprimentamos com um selinho demorado.

Alfonso: Vim te buscar.

Ele me entregou um capacete.

Alfonso: Vamos até a casa da sua tia e do meu irmão?

Any: Tá bom.

Enquanto subia na moto e sentia o vento quente do verão batendo em meu rosto, uma sensação de liberdade tomava conta de mim. Coloquei o capacete e segurei Alfonso firmemente pela cintura, me sentindo protegida e ao mesmo tempo emocionada pela aventura que estava prestes a começar. Ele ligou a moto e partimos, deixando para trás o calor escaldante.

Enquanto estávamos na metade do caminho, Alfonso parou a moto no acostamento.

Alfonso: A moto quebrou.

Any: Oi?

Alfonso: A verdinha quebrou.

Desci da moto e ele desceu logo em seguida. Ele examinou a moto com uma expressão de frustração e desgosto antes de me encarar.

Alfonso: Travou o motor!

Me sentei debaixo de uma árvore enquanto ele ligava para um amigo nos socorrer.

Quase uma hora depois, após quase morrer queimada no calor escaldante, os amigos dele chegaram. Derick chegou pilotando a moto dele, enquanto Rodrigo dirigia a caminhonete.

Rodrigo: O que aconteceu, cara?

Alfonso: Travou o motor.

Derick: Vamos colocar a moto na caminhonete, eu e Rodrigo vamos nela, e você e a Any vão com a minha moto.

Eles colocaram a moto na caminhonete, e seguimos para a casa de Alfonso.

Quando chegamos na casa de Alfonso, percebemos que ela estava lotada. Todos ajudaram a tirar a moto da carroceria da caminhonete e a deixaram na garagem. Dona Felicia havia preparado um belo café da tarde, com uma mesa farta e acolhedora. Após desfrutarmos desse momento, Alfonso me convidou para darmos uma volta.

Ao lado da casa dele, havia um sítio onde dona Felicia cuidava com muito carinho. Ele me levou até lá. O sítio era encantador, com gramados bem aparados, bancos estrategicamente espalhados e um lindo lago. Próximo ao lago, havia uma pequena casinha cercada por flores, criando uma atmosfera serena e pitoresca.

Com as mãos entrelaçadas, nos aproximamos da casa. Alfonso tirou a chave do bolso e abriu a porta, convidando-me a entrar. A casinha era encantadora, parecendo saída de um conto de fadas. Os móveis eram pequenos e delicados, dando um ar de aconchego ao ambiente. Na cozinha, vi várias miniaturas de jogos de porcelana, cada detalhe cuidadosamente disposto.

O quarto era espaçoso e aconchegante, com uma bela cama king-size que dominava o espaço central. As cores suaves das paredes e dos tecidos criavam uma atmosfera tranquila e convidativa. Ao redor da cama, havia pequenos detalhes decorativos que adicionavam charme ao ambiente. A maciez e o conforto da cama eram irresistíveis, convidando-me a relaxar e desfrutar daquele momento de tranquilidade. Sentada ali, pude sentir o peso do dia se dissipando, enquanto a sensação de conforto envolvia todo o meu corpo. Era como se a cama me abraçasse, acolhendo-me em um refúgio de paz e serenidade.