Capítulo 28

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Para distrair Any, resolvi levá-la para sair. Passei bem cedo na casa dela e, juntos, partimos rumo à casa da minha tia Lilly. Minha tia é como uma segunda mãe para mim, sempre cheia de amor e sabedoria. Ela mora em uma casa no alto de uma colina em outra cidade, um lugar que sempre trouxe paz ao meu coração.

Dirigimos em silêncio por um tempo, ouvindo a música suave que tocava no rádio. Eu podia ver a tensão no rosto de Any, mas também uma leve curiosidade sobre o que a esperava. A paisagem ao nosso redor mudava gradualmente, os prédios dando lugar a colinas verdes e ao céu aberto. A cada quilômetro que percorríamos, sentia que estávamos deixando para trás um pouco do peso que Any carregava.

Quando finalmente chegamos à casa de minha tia, o sol estava brilhando no alto, e a vista da colina era deslumbrante. A casa era acolhedora e cercada por jardins floridos, com o som dos pássaros preenchendo o ar. Tia Lilly nos recebeu com um abraço caloroso e um sorriso que podia iluminar qualquer dia sombrio.

Lilly: Bem-vindos! - exclamou ela, sua voz cheia de alegria - Estava esperando por vocês. Vamos, entrem e façam como se estivessem em casa.

Eu sabia que estar ali faria bem a Any. A atmosfera tranquila e o carinho de minha tia eram exatamente o que ela precisava para começar a se curar. Tia Lilly tinha uma habilidade especial para fazer as pessoas se sentirem amadas e valorizadas, e eu tinha certeza de que Any sentiria isso também.

A casa de tia Lilly era um refúgio acolhedor, envolvida pelo calor da madeira rústica que a compunha. Desde o momento em que chegamos, o aroma reconfortante da madeira permeava o ar, criando uma atmosfera de tranquilidade e serenidade.

Seus traços eram simples, mas cheios de charme. As paredes de madeira desgastada pelo tempo contavam histórias de décadas de vida e amor compartilhados. A varanda convidava a sentar e contemplar a paisagem serena que se estendia diante de nós, enquanto os móveis de madeira maciça proporcionavam conforto e acolhimento.

À medida que explorávamos os diferentes cômodos, cada cantinho revelava um toque especial de tia Lilly, desde os pequenos detalhes decorativos até os móveis cuidadosamente escolhidos. Era evidente que cada elemento da casa tinha sido escolhido com amor e cuidado, criando um ambiente que irradiava calor humano e hospitalidade. Desde pequeno sempre amei a casa da tia Lilly.

Enquanto nos acomodávamos na cozinha aconchegante da casa de tia Lilly, ela nos ofereceu chá fresco e biscoitos caseiros. A mesa de madeira rústica estava adornada com um vaso de flores do campo, colhidas do jardim que circundava a casa. O aroma de ervas frescas e especiarias enchia o ar, criando uma atmosfera acolhedora e reconfortante.

Any: Tia Lilly, sua casa é tão maravilhosa - seus olhos brilhando com admiração - É como um refúgio de paz

Tia Lilly sorriu, seus olhos cheios de sabedoria e carinho.

Lilly: Fico feliz que se sinta assim, querida. Esta casa tem sido um lar para muitos corações que precisavam de um pouco de tranquilidade. Espero que encontre aqui o que precisa.

Any assentiu, tomando um gole do chá.

Any: Já sinto isso. Obrigada por nos receber.

Lilly: Não precisa agradecer, querida. É um prazer ter vocês aqui - respondeu tia Lilly, sua voz suave e reconfortante - Alfonso me falou um pouco sobre você e o que tem passado. Quero que saiba que estou aqui para ouvir, se você quiser conversar.

Any olhou para mim, hesitante, mas encontrou encorajamento no meu olhar. "

Any: Obrigada, tia Lilly. É difícil falar sobre isso, mas já me sinto um pouco mais leve estando aqui.

Tia Lilly assentiu compreensivamente.

Lilly: Às vezes, apenas estar em um lugar onde nos sentimos seguros pode fazer uma grande diferença. E lembre-se, cada passo que você dá é importante, não importa o quão pequeno pareça.

Houve um momento de silêncio confortável enquanto todos tomávamos nosso chá. A serenidade do lugar parecia acalmar os ânimos e criar um ambiente propício para a cura.

Any: Alfonso sempre falou com muito carinho da senhora, tia Lilly - quebrando o silêncio - É evidente que ele te adora.

Tia Lilly riu suavemente, olhando para mim com um brilho nos olhos.

Lilly: Ah, esse rapaz é como um filho para mim. Sempre foi muito especial, com um coração enorme. E fico feliz em ver que ele encontrou alguém tão especial quanto você, Any.

Senti meu rosto esquentar com o elogio e retribuí o sorriso da tia Lilly.

Alfonso: Você sempre soube como fazer as pessoas se sentirem bem, tia. E estou feliz em poder compartilhar este lugar com Any.

Lilly: É isso que o amor faz - com um sorriso suave - Ele nos ajuda a encontrar a luz, mesmo nos momentos mais sombrios. E, Any, saiba que você é muito amada aqui.

Any sorriu timidamente, seus olhos brilhando com lágrimas não derramadas.

Any: Obrigada, tia Lilly.

Lilly: Agora, que tal aproveitarmos este dia lindo? - sugeriu, levantando-se com energia renovada - Vamos dar um passeio pelo jardim. As flores estão especialmente bonitas esta manhã

Enquanto seguíamos, tia Lilly para fora, senti uma onda de gratidão me inundar. Estar naquele lugar, com duas pessoas tão especiais, era um presente. E eu sabia que, juntos, poderíamos enfrentar qualquer coisa que a vida nos trouxesse.

Passamos o dia explorando os jardins, conversando e rindo. A cada momento, eu podia ver Any relaxando mais, deixando de lado as preocupações e aproveitando a simplicidade da vida na colina. Minha tia, com sua sabedoria e bondade, conversava com Any, ouvindo atentamente e oferecendo palavras de conforto.

Enquanto o sol começava a se pôr, nos sentamos na varanda, observando as cores do crepúsculo pintarem o céu. Any parecia mais leve, seu sorriso mais frequente e genuíno. Eu sabia que essa era apenas uma pequena pausa em sua jornada de cura, mas também sabia que esses momentos de paz eram essenciais.

Any: Obrigado por me trazer aqui - sua voz suave e cheia de gratidão - Esse lugar é realmente especial.

Sorri para ela, sentindo uma onda de felicidade me inundar.

Alfonso: Você merece todos os momentos de paz e felicidade, Any. Estou aqui para te ajudar a encontrar isso, sempre.

À noite, quando nos reunimos ao redor da lareira crepitante, a casa parecia ainda mais acolhedora, iluminada pelo brilho suave das chamas dançantes. O som reconfortante do crepitar do fogo nos envolvia, criando uma sensação de paz e tranquilidade que era difícil de encontrar em outro lugar.

Enquanto nos aconchegávamos nos sofás confortáveis, cercados pela serenidade da noite, eu sentia uma gratidão profunda por estar ali, compartilhando aquele momento especial com Any e tia Lilly. Era como se o tempo tivesse desacelerado, permitindo-nos saborear cada momento e apreciar a beleza simples da vida.

E naquela casa de madeira rústica, sob o teto acolhedor de tia Lilly, encontrei um verdadeiro santuário de paz e amor, um lugar onde as preocupações do mundo exterior desapareciam e apenas o momento presente importava. Era um refúgio que sempre guardaria em meu coração, um símbolo de tudo o que é verdadeiramente importante na vida: amor, família e momentos compartilhados de alegria e serenidade.

Enquanto voltávamos para casa, eu sentia que tínhamos dado um grande passo. A casa de tia Lilly, com sua tranquilidade e amor, havia começado a abrir um caminho para a cura de Any. E eu estaria ao seu lado, em cada passo dessa jornada, pronto para apoiá-la e guiá-la para onde quer que a estrada nos levasse.

Um Amor Inesperado (CANCELADA)Onde histórias criam vida. Descubra agora