Agente Nana em ação.

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AGENTE NANA EM AÇÃO

CAPÍTULO 5

NA JAEMIN

Hoje é quarta-feira. Meu alarme está tocando muito alto no quarto e eu me arrependo com todas as minhas forças de ter colocado minha música favorita como alarme, porque estou começando a odiá-la.

Sério, estudante não tem um dia de paz.

Quando vi que seria impossível continuar ignorando, pego meu celular e desligo a bomba.

Não estranho o fato do meu colega de quarto não desligar ele pra mim porque ouço o som do chuveiro. O mesmo está tomando banho.

Suspiro e vou me levantando devagar até parar sentado na cama. Olho para o nada enquanto sinto minha alma voltar ao corpo aos pouquinhos e solto outro suspiro.

Fazem dois dias que eu e Jun estamos estranhos.

Nós continuamos conversando, mas somente o necessário, nós continuamos cuidando um do outro, mas somente quando realmente precisa.

Fazem dois dias desde que vi ele beijando Jaehoon, do terceirão.

Quer dizer, não foi bem um beijo. Pela cara do Jun era meio muito óbvio que aquilo ali tinha sido forçado pelo Kang.

Porém, mesmo sabendo que aquilo não iria ter acontecido pela parte do Jun, estamos estranhos porque eu estou estranho comigo mesmo. Ver aquela cena me fez sentir... Horrível.

Eu corri para o tirar dos braços daquele canalha e o fiz pagar pelo que fez arrastando ele para a diretoria, mas o que tudo aquilo causou dentro de mim não está escrito.

Eu fiquei com uma coisa que não é de mim, um sentimento que nunca senti antes, algo ruim. Fiquei possesso de raiva e de... Ciúme. Eu não sei nem de onde tirei tamanha força para arrancar aquele garoto de lá e muito menos sei como consegui o arrastar até a diretoria sozinho com ele relutando.

Me senti um caçador de recompensas quando o larguei na diretoria. Estava puto, triste e com ciúme.

E pior de tudo; me sinto culpado porque Renjun parece estar se sentindo culpado também! Eu queria muito chegar nele e voltar a falar do jeito que éramos antes, mas pra isso acontecer eu preciso me resolver comigo mesmo... E enquanto eu não me resolvo, é capaz de ele ficar se culpando ainda mais nesse meio tempo.

Mas... Se culpando pelo quê, exatamente?? E o que exatamente eu estou sentindo de tão estranho que me faz ficar estranho?

Eu não sei e estou começando a ficar com dor de cabeça por ter tantas perguntas que não consigo responder agora, por isso eu balanço a cabeça e me levanto, cego de sono.

Visto meu uniforme totalmente sonolento e espero ele sair do banheiro para ir fazer minhas necessidades.

Quando ele sai, já está quase pronto. Nós nos olhamos e em seguida desviamos o olhar. Eu vou ao banheiro e fecho a porta atrás de mim, soltando o que deve ser o quinto suspiro do dia (e eu acabei de acordar).

Que vida bosta.

Escovo meus dentes, lavo o rosto, arrumo meu cabelo, passo perfume e saio do cômodo. O quarto se encontra vazio e eu suspiro novamente. Pego minha mochila que estava pendurada na porta, visto meus tênis e então saio.

Quando fecho a porta e tranco, sinto que meu mundo está prestes a cair sob meus ombros. De alguma forma posso sentir que o dia vai ser intenso.

[...]

– Já parou para pensar um pouco? Assim, só um pouco mesmo, sabe? Já parou para pensar que você precisa colocar sua cabeça para funcionar de vez em quando? - Jeno está me olhando e proferindo essas palavras cheias de ironia e sarcasmo para mim.

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⏰ Última atualização: Mar 08 ⏰

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