Todos se mostraram surpresos com Kenzo na casa, em especial Jonathan, que coçava a nuca e lutava para manter contato visual enquanto tremia. Jenny era a mais estarrecida, se aproximava com certa ansiedade.— Você... você não era aquele cara da FTAA que estava no hospital? — O jovem se vira para ela.
— Ah, então você era aquela mulher, que surpresa em te ver aqui — Ele se vira para Petra — Que bom que a sua filha melhorou.
Ele dá um sorriso enquanto todos se mostram com certo choque, olhando uns para os outros.
— Ally, você não comentou que ele era da FTAA — Jonathan comenta ao ouvido de sua amiga.
— Eu não achava que seria importante.
Yoshida olha aos arredores, observando um pouco da casa e das pessoas, ainda com uma feição despreocupada. Então, se aproxima de Jenny.
— Bem, eu não sei muito o que falar — Coça a parte de trás de sua cabeça, a mulher bufa.
— Não precisa dizer nada — Ela cruza seus braços e olha para o lado — Só... só não precisa dizer nada. Olha, me desculpe por ficar tão brava com você e o seu amigo, vocês não tem culpa do que aconteceu, quem deveria ter visto eram seus superiores.
Yoshida fica aliviado.
— Ainda bem, então, o importante é que a sua filha está bem pelo menos.
— Você pode me fazer um favor depois?
— Mas é claro, o que precisa?
— Bem, aquele seu companheiro que estava lá — Kenzo expressa mais seriedade — Eu também acho que fui grossa com ele e, eu sei como é você estar fazendo o seu trabalho e uma pessoa ser idiota com você, poderia se desculpar com ele por mim?
Yoshida engole seco, ele respira um pouco com certa dificuldade e olha para a mulher.
— Tudo bem, eu faço — Responde meio seco.
— Muito obrigado — Ela se vira para Rose e Becky — Eu e as meninas vamos ficar conversando um pouco na cozinha, se precisarem de algo durante sua jogatina é só falar.
As três, com sorrisos gentis, deixam o local enquanto as crianças se arrumam para começar.
— Então, você é mesmo da FTAA? — Arthur questiona.
— É, eu entrei mais ou menos com a idade do seu irmão — Ele olha para Jonathan, que coça a cabeça e se vira para outra direção.
— Como que é trabalhar lá? — Jessica olhava com muita empolgação enquanto ficava perto — Eu já ouvi muitas histórias sobre, criaturas do mundo todo, diferentes, como que é?
— É... é complicado falar sobre — O jovem com o coque samurai sorri.
As duas crianças, maravilhadas, ficavam perto do jovem conversando, o cercando enquanto os outros três apenas se entre olhavam. Petra, então, se levanta e vai para perto.
— Jessica, Arthur, eu acho que ele precisa de um pouco de espaço — Pega na mão das duas crianças, afastando-os em pequena medida.
O jovem respira um pouco aliviado, se sentando em uma cadeira e olhando para o tabuleiro acima da mesa.
— Você joga RPG há muito tempo? — A garota de rosa questiona.
— Essa é uma pergunta mais fácil de responder. Eu jogava bastante com alguns amigos quando era criança, estava pensando em volta esses tempos. Essa deve ser a primeira mesa que jogo já faz um ano.
VOCÊ ESTÁ LENDO
De encontro ao Desconhecido
HorrorAgonia e sofrimento, desde muitos anos o mundo é destruído e dizimado por seres atormentadores que desolam a humanidade, banhando os chãos de todo planeta de sangue. O sofrimento se materializa ao ar e modifica as estruturas do mundo. Jonathan, um j...