I. Jantar

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Estava com saudades de escrever aqui!! Dei um tempinho na escrita mas estou de volta ❤️
Resolvi escrever um típico plot clichê que provavelmente alguns de vcs já viu por aí que é o "tal do romance com o melhor amigo do irmão" mas com o meu jeitinho

Espero que curtam e não esqueçam de votar e comentar o que estão achando viu? Isso ajuda bastante!!
Boa leitura ❤️

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Segunda feira

Ele me tinha mais que qualquer um.
Quem era eu na verdade? Eu realmente era uma boa pessoa?

Provavelmente não, e não iria conseguir ser se continuasse retribuindo o olhar malicioso que o melhor amigo do meu irmão me dava naquele maldito jantar.

Se continuasse abrindo o espaço entre as minhas pernas para que um de seus pés tocasse minha intimidade debaixo da mesa de jantar.

"E então, filho?" Meu pai me chamou e eu olhei assustado pra ele me ajeitando na cadeira fazendo com que meu corpo se afastasse um pouco de um dos pés de Amaury

"Oi? Não estava prestando atenção, desculpa"  Respondo meio sem jeito vendo que todos sentados na mesa olhavam pra mim

"Perguntei como está indo a faculdade" ele repete a pergunta sorridente enquanto corta mais um pedaço do frango grelhado que minha mãe fez

"Está tudo correndo bem" Respondo sentindo o pé dele subindo novamente por uma de minhas pernas e engulo em seco olhando pra ele com desespero

Enquanto recebo aquele maldito sorriso como resposta

"Não sente falta de casa, Diego?" finalmente alguma voz naquele jantar que não fosse do meu pai e do meu irmão, finalmente a razão daquele jantar havia aberto a boca

"Sinto, claro. Mas preciso pensar no meu futuro...já que quero ter alguma chance no ramo do jornalismo" Respondo Letícia, namorada do meu irmão que sorri e afirma com a cabeça depois da minha fala

"Está certo, filhote" Minha mãe concorda enquanto olha orgulhosa pra mim "Fico tão feliz que seguiu um caminho bom, é um menino de ouro"

"Realmente" A voz grossa de Amaury foi ouvida fazendo todos se calarem "Um menino de ouro"

Ele me olha e levanta da mesa pegando seu prato e indo até a cozinha
Merda, ele me deixa tímido toda vez.

💋

Gostaria de saber o que eu fiz pra merecer isso. Fui um menino tão ruim assim para ter que ficar ouvindo os gemidos nada baixos vindos do quarto do meu irmão?

De verdade, hoje tá sendo uma merda.
Sentei na cama coçando os olhos levemente em uma tentativa falha de afastar o sono, o que resultou em uma cara mal humorada e olhos parcialmente fechados.

"Não é possível" sussurro pra mim mesmo continuando a ouvir aqueles sons desnecessários

Levanto da cama colocando os chinelos nos meus pés e ando até a porta do quarto, abro e saio indo em direção a cozinha escura.

Tropeço no chão algumas vezes por conta da escuridão e bufo com raiva por ter esquecido meu celular no quarto.

Quando chego na cozinha, ando desengonçadamente até a geladeira abrindo trazendo um pouco de luz para aquele ambiente, pego uma garrafa de água e coloco em cima da mesa no centro da cozinha, ando até uma das paredes e acendo a luz.

"Sem sono?" Ouço a voz de Amaury próxima de mim e viro rapidamente vendo ele encostado na entrada da cozinha

"Que susto" sussurro olhando pra ele com raiva e ele solta um risinho baixo

"Perdão pequetito" ele diz se aproximando enquanto eu dou passos pra trás tentando me afastar dele

"Não me chama assim" digo falsamente irritado enquanto ele ainda anda lentamente até mim, e ando até bater com as costas em uma das paredes do cômodo

"Por que?" Ele sussurra sorrindo passando o indicador levemente na minha bochecha "você não gosta?"

Eu adorava. Mas aquilo não era certo.

Cresci vendo ele andar com meu irmão, cresci jogando videogame com ele, andando de bicicleta com ele, ouvindo música, saindo a noite escondido dos meus pais.

Até eu completar dezesseis anos e voltando de uma dessas nossas saídas noturnas, ele me beijar.
Naquela época eu namorava uma garota que era um ano mais nova que eu mas estava beijando o melhor amigo do meu irmão de dezenove anos que segurava minha coxa me empurrando na porta do meu quarto.

Aquele beijo me fez suspirar, me fez ficar distraído por dias e consequentemente foi um dos motivos do meu relacionamento acabar.
Depois do término, me descobri bissexual e me afastei de Amaury, o máximo que pude.

Até agora.

"Você sabe a resposta" respondo mantendo meu rosto sério tentando passar a impressão que minhas pernas não estavam ao ponto de enfraquecer só com aquela presença a minha frente

"Por que me evitou esse tempo todo?" Ele pergunta me prensando na parede e colocando seus braços na parede me encurralando

"Não quero falar sobre isso"

"Mas eu quero, cansei de te esperar falar...o que eu fiz?" Seu rosto se aproximava cada vez mais do meu me fazendo pensar se realmente valia a pena toda aquela cena e se eu não deveria avançar em cima dele e deixar meu desejo me dominar

"Você me beijou" respondo com os olhos fechados e respirando fundo depois "você me beijou, Amaury"

"E isso é algo ruim?" Ele aproxima a boca do meu ouvido e sussurra enquanto com uma das mãos aperta minha cintura "Você não gostou, Diego?"

"Por que faz isso, em? Por que insiste?" Tento me afastar dele mas sua mão na minha cintura impossibilita que eu me mova muito "Tem tantas garotas e garotos bonitos atrás de você...por que logo eu?"

"Porque eu gosto de você, pequetito...nenhuma garota ou garoto é você, tem esse seu jeito..." Ele se aproxima novamente cheirando meu pescoço me fazendo fechar os olhos instantaneamente "Tem esse seu cheiro"

Quando me vejo estou ali, quase a mercê dele depois de tanto tempo relutante

Me agarro ao último fio de sanidade que me resta e me desvencilho de sua mão e o empurro no balcão da mesa

"Me solta" eu digo baixo mantendo o semblante sério até um pouco irritado

Na verdade, não estava irritado com ele. Estava irritado comigo mesmo por não conseguir resistir a ele

"Não quero mais ouvir sua voz" me aproximo lentamente do corpo dele que estava parado encostado no balcão "se possível, gostaria de não ter sua presença perto de mim"

"Por que tudo isso? Você não era assim" ele coloca uma das mãos no coração e faz o típico drama ridículo dele "Você era mais gentil"

"E você era menos cafajeste" respondo sorrindo "Não se aproxima de mim com essas intenções erradas, Amaury. Porque se não, não respondo por mim"

"É justamente isso que eu quero"

"Você não presta" dou um risinho baixo e me aproximo dele olhando em seus olhos

"E você menos ainda, gatinho" ele me responde inclinando o rosto um pouco para baixo olhando para minha boca

CAFAJESTE - dimaury Onde histórias criam vida. Descubra agora