Capítulo 2 - O encontro De Jéssica E o Seu pai

85 1 0
                                    

Amigo Vanu, as condições aqui estão a detorar-se, o ensino universitário é dos piores, por este motivo estou a enviar o meu filho aí para continuar os seus estudos, por favor, arranje só naquelas paragens um bom bairro para o miúdo viver, visto que ele não vem sozinho, vem também com mais duas jovens, suas primas. Só não sabia que uma daquelas primas por afinidade do filho do meu amigo, era minha filha, já grandinha e bonitinha.

Pela maldição do destino, meu olhar de apaixonado e mulherengo virou-se logo a ela, em minha consciência, disse ao meu coração: tem a idade da minha querida e única filha!

Peguei nas suas bagagens e levei-os até a minha casa, visto que era noite e os perigos do dia são sempre materializados a madrugada, para que no dia seguinte fossemos então, conhecer a casa onde eles estariam alojados, para continuarem os seus estudos.

A noite abraçou a madrugada, e o dia seguinte chegou, a consideração ao meu amigo era tanta que lhes deixei ficar na minha vivenda de praia. Instalaram-se aí e convidaram-me para a sua primeira ceia de jantar nas terras de Tira Dentes.

Entre garfos e facas saboreando a boa feijoada da banda, olhei para miúda já crescida e jovem. Muito linda! Passou-me no pensamento que ela talvez seja a minha filha, abanei a cabeça num sinal de alucinação, pisquei o olho a ela e correspondeu. Fomos os dois já com sintomas de apaixonados, até aos fundos da vivenda. Como te chamas querida? Jéssica! Vanu da Silva é o meu nome.

Quando tinha partido a avô e a mãe da miúda nunca falaram do seu pai, nem o nome deste. Nome lindo, o seu! Com a voz suave, tive a certeza naquele momento que não estava perante a minha filhota, cujo rosto não conhecia. Meu sentido de mulherengo estava redondamente enganado, o amor é cego e estava-me a cegar, o meu amor ou paixão por mulheres jovens e negras estava agora a levar-me para o maior erro da minha vida. Um erro inocente que me custaria muito caro, o preço pago por paixões contínuas, com mulheres mais jovens.

Convidei-lhe para conhecer Copacabana bairro pequeno, lindo e maravilhoso, andávamos a beira-mar com as ondas do mar a bater-nos, molhávamos nossos pés, naquelas águas cristalinas limpinhas era intenso o sussurro das ondas até parecia que o som das ondas queria avisar-nos de algum perigo que corríamos.

Pois, naquele mesmo momento, senti que a lua estava no seu afélio, rifando no silêncio nocturno.

Saímos da praia quase a noitinha, direito ao meu apartamento, eu morrendo de felicidade e ela morrendo de medo, afinal era muito jovem quase miúda, dava pra ver no olhar dela, na maneira mega de ser, alguma pintadela de susto.

Subimos as escadas do prédio escuro sem trocas de palavras, até parecíamos duas pessoas estranhas e, de repente, a energia restabeleceu entramos no elevador dos fundos, mudos mais felizes.

Olhava para mim de cara baixa sorrindo para o chão, gestos próprios das miúdas da banda que estão na fronteira entre a fase adulta e a puberdade.

Chegamos ao andar do meu apartamento, tomei a dianteira, mas não conseguia tirar a chave do apartamento que estava no bolso da minha calça apertada uma squiny.

Pedi favor a ela para tirar a chave porque a minha mão grosa não conseguia faze-lo, espetou a mão dela no meu bolso e tirou-a.

Abri o apartamento e como manda a regra dei prioridade que ela tomasse à dianteira. Entre, por favor, não tenhas medo o único pit que morde esta aqui consigo. Ela sorriu por curto instante, entrou e entrei também, fechei a porta e esfreguei as mãos como se o dia tivesse sido ganho.

Sentamos no cadeirão cujo norte, dá a marginal de Copacabana dava também vista das margens do mar. Servi-lhe um pouco de vinho tinto do porto, provou e começou a sentir uma profunda irritação na garganta.

Amor proibido   E      IncestuosoOnde histórias criam vida. Descubra agora