Legado.

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À medida que o sol começava a se pôr, lançando um brilho dourado sobre o haras, os convidados se reuniram sob uma antiga árvore de carvalho, cujos galhos estavam delicadamente adornados com luzes e flores silvestres. Cadeiras de madeira rústica estavam dispostas em semi-círculo, criando uma atmosfera acolhedora e íntima para os presentes.



Cassandra, com um brilho emocionado nos olhos, iniciou sua caminhada até o altar de braços dados com seu pai, Hugo. O ambiente era tocado por um silêncio respeitoso, quebrado apenas pelo som suave dos passos sobre a grama e o acompanhamento melódico do quarteto de cordas. A cada passo, a emoção de Hugo era palpável, misturando orgulho e nostalgia, enquanto conduzia sua filha até o novo capítulo de sua vida. Seu vestido esvoaçante, capturando a luz do entardecer, complementava a expressão de pura felicidade em seu rosto.



No altar, Fabinho esperava. A antecipação era visível em sua postura. Ele estava cercado por seus pais, Germano e Lili, cujos olhares transbordavam orgulho e alegria. O suporte familiar próximo a ele não era apenas uma questão de protocolo, mas um símbolo da força e do amor que fluíam dentro de suas veias, fundamentos esses que ele levaria para seu novo lar com Cassandra.



Quando a noiva chegou ao altar e seu pai a entregou ao jovem, houve um momento de pura conexão, um silêncio carregado de significado, antes que as palavras da cerimônia começassem a fluir. O celebrante, um juíz de paz, iniciou a cerimônia destacando a união não apenas de duas pessoas, mas de duas famílias, entrelaçadas pelo destino e pelo amor compartilhado entre Fábio e Cassandra.



Os votos, trocados sob o olhar atento dos carvalhos ancestrais, eram promessas de futuro, entrelaçadas com a simplicidade e a profundidade do amor verdadeiro. Eles falaram de desafios superados, de sonhos compartilhados, e do compromisso de caminhar lado a lado, seja na alegria ou na adversidade.



Ao serem declarados marido e mulher, o beijo que selou a união foi celebrado com uma salva de palmas calorosa dos convidados, enquanto as famílias de ambos, agora unidas, compartilhavam olhares de aprovação e felicidade.



Naquele momento mágico, enquanto o sol se punha, Fabinho não pôde deixar de sentir uma onda de emoções. Em meio à beleza do cenário e ao amor palpável no ar, seu coração estava repleto de lembranças da mãe, cujo sonho sempre fora vê-lo feliz e casado. Laura, embora ausente fisicamente, estava presente em espírito, envolvendo o momento com sua bênção silenciosa.



O rapaz olhou para Lili, que ao lado de Germano, irradiava uma mistura de orgulho e alegria. Lili, que havia entrado na vida de Fabinho como uma madrasta, tinha se tornado muito mais. Ela havia preenchido um espaço com amor, compreensão e um cuidado que transcenderam as expectativas. Para Fabinho, a empresária era uma figura materna em todos os aspectos, alguém que o havia apoiado incondicionalmente e o ajudado a curar a ausência de sua mãe biológica.



No altar, Fabinho sentiu o peso daquele momento, uma mistura de alegria pela presença de Cassandra ao seu lado e um toque de saudade por aqueles que não podiam estar fisicamente presentes, incluindo seus avós, Olívia e Bernardo. Mas sabia que, de alguma forma, eles estavam lá, observando-o com orgulho e amor.



O noivo, com a voz embargada pela emoção, compartilhou um breve olhar com a esposa antes de voltar-se para a multidão.



— Quero dedicar este momento não apenas ao nosso amor, mas também à minha mãe, Laura, aos meus avós, Olívia e Bernardo, que sonhavam em me ver neste dia. E à tia Lili, que me ensinou que o amor não conhece fronteiras e que a família vai muito além do sangue. Obrigado, tia, por tudo. Sei que minha mãe está tão grata quanto eu por ter você em nossas vidas.



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⏰ Última atualização: Mar 16 ⏰

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